Argentina, Brasil e o conflito de Santo Domingo (1965)
O presente artigo tem por objetivo sintetizar os posicionamentos assumidos pelos governos brasileiro e argentino diante do Conflito de Santo Domingo, República Dominicana, em 1965. Vitorioso nas eleições de fevereiro de 1963, que puseram fim a três décadas da Ditadura Trujillo, o presidente dominic...
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Universidade Federal de Goiás
2014-07-01
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doaj-f53cd38170b04078b6990cae6420136e2020-11-25T00:35:30ZporUniversidade Federal de GoiásOPSIS : Revista do Departamento de História e Ciências Sociais1519-32762177-56482014-07-0114114015810.5216/o.v14i1.28288 Argentina, Brasil e o conflito de Santo Domingo (1965) Leonardo da Rocha Botega0Leandro Morgenfeld1UFSMUniversidad de Buenos AiresO presente artigo tem por objetivo sintetizar os posicionamentos assumidos pelos governos brasileiro e argentino diante do Conflito de Santo Domingo, República Dominicana, em 1965. Vitorioso nas eleições de fevereiro de 1963, que puseram fim a três décadas da Ditadura Trujillo, o presidente dominicano Juan Bosch, acusado de pró-comunista pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, foi derrubado em setembro de 1963. Em abril de 1965, militares “constitucionalistas” se levantaram em apoio ao retorno do presidente deposto, obtendo significativo apoio popular. Em resposta, o presidente norte-americano Lyndon Johnson, com a desculpa de evitar “outra Cuba” no Caribe, ordenou unilateralmente a invasão da ilha caribenha para esmagar as forças democráticas. Após esta ação unilateral, convocou, no âmbito da OEA, uma reunião de emergência dos ministros das Relações Exteriores dos países americanos, visando à formação de uma Força Interamericana de Paz (FIP), a fim de legitimar a invasão, tornando-a uma ação aparentemente multilateral. Diante desta situação, Brasil e Argentina tiveram posições divergentes quanto à criação da Força Interamericana de Paz. Enquanto que no Brasil o governo ditatorial de Castelo Branco não somente apoiou como liderou a ação militar em Santo Domingo, na Argentina o governo Arturo Illia, apesar de num primeiro momento apoiar a criação da Força Interamericana de Paz, num segundo momento se negou a enviar tropas a Santo Domingo. Este episódio demonstrou que diferentemente do que aconteceu no início da década, na segunda metade dos anos 1960, Brasil e Argentina passaram a distanciar-se no campo das relações internacionais. http://revistas.ufg.emnuvens.com.br/Opsis/article/view/28288/17889#.Vvlt6-IrLcsConflito de Santo Domingogoverno Arturo Illiagoverno Castelo Branc |
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O presente artigo tem por objetivo sintetizar os posicionamentos
assumidos pelos governos brasileiro e argentino diante do Conflito de Santo Domingo, República Dominicana, em 1965. Vitorioso nas eleições de fevereiro de 1963, que puseram fim a três décadas da Ditadura Trujillo, o presidente dominicano
Juan Bosch, acusado de pró-comunista pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos, foi derrubado em setembro de 1963. Em abril de 1965, militares “constitucionalistas” se levantaram em apoio ao retorno do presidente deposto, obtendo significativo apoio popular. Em resposta, o presidente norte-americano Lyndon Johnson, com a desculpa de evitar “outra Cuba” no Caribe, ordenou unilateralmente a invasão da ilha caribenha para esmagar as forças democráticas. Após esta ação unilateral, convocou, no âmbito da OEA, uma reunião de emergência dos ministros das Relações Exteriores dos países americanos, visando à formação de uma Força Interamericana de Paz (FIP), a fim de legitimar a invasão, tornando-a uma ação aparentemente multilateral. Diante
desta situação, Brasil e Argentina tiveram posições divergentes quanto à criação da Força Interamericana de Paz. Enquanto que no Brasil o governo ditatorial de Castelo Branco não somente apoiou como liderou a ação militar em Santo Domingo,
na Argentina o governo Arturo Illia, apesar de num primeiro momento apoiar a criação da Força Interamericana de Paz, num segundo momento se negou a enviar tropas a Santo Domingo. Este episódio demonstrou que diferentemente do que aconteceu no início da década, na segunda metade dos anos 1960,
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