Adaptação da escala Brian para uso em crianças e adolescentes: um estudo preliminar

Introdução: Alterações nos ritmos circadianos tem sido frequentemente observadas entre pacientes com Transtorno do Humor Bipolar (THB). No entanto, existem poucos instrumentos para medi-las e a maioria deles mede exclusivamente distúrbios do sono. A escala BRIAN, validada para adultos com THB, avali...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ana Claudia Mércio Loredo Souza, Letícia Sanguinetti Czepielewski, Kelen Patrícia Burke, Natália Soncini Kapczinski, Juliana Basso Brun, Cristian Patrick Zeni, Silzá Tramontina, Flávio Pereira Kapczinski, Keila Maria Mendes Ceresér
Format: Article
Language:English
Published: Hospital de Clinicas de Porto Alegre ; Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 2013-01-01
Series:Clinical and Biomedical Research
Subjects:
Online Access:http://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/view/36772
Description
Summary:Introdução: Alterações nos ritmos circadianos tem sido frequentemente observadas entre pacientes com Transtorno do Humor Bipolar (THB). No entanto, existem poucos instrumentos para medi-las e a maioria deles mede exclusivamente distúrbios do sono. A escala BRIAN, validada para adultos com THB, avalia a regularidade dos ritmos biológicos em quatro diferentes aspectos: sono, atividades, social e padrão de alimentação. O objetivo deste estudo piloto foi adaptar a escala BRIAN para uma população de crianças e adolescentes (BRIAN-K) e avaliar se o novo instrumento é capaz de detectar diferenças entre pacientes e controles saudáveis. Métodos: Foram avaliados 20 pacientes com THB entre 8-16 anos e 32 controles pareados por sexo e idade. Os sujeitos foram avaliados através de entrevista clínica, K-SADS-PL e testagem cognitiva. A BRIAN-K foi aplicada em ambos os grupos. Resultados: O grupo de pacientes com THB apresentou escores mais altos de alterações em seus ritmos circadianos pelo escore total da BRIAN-K, quando comparados com o grupo controle (p=0,022). Particularmente, maior irregularidade foi observada no domínio “atividades” no grupo de pacientes (p=0,001). Nossos resultados também mostraram uma correlação positiva entre a idade de diagnóstico e o domínio “sono” da BRIAN-K (r = 0,485; p = 0,03). Conclusões: Estes dados preliminares sugerem que a versão BRIAN-K, recentemente adaptada para crianças e adolescentes, é capaz de discriminar pacientes com THB e controles. Futuros estudos com maior tamanho amostral são necessários para determinar a confiabilidade, validade interna e externa do presente instrumento.
ISSN:0101-5575
2357-9730