Stress no trabalho em enfermeiros: estudo comparativo Espanha/Portugal

Os enfermeiros confrontam-se constantemente com sofrimento e situações stressantes, que a longo prazo prejudicam o seu bem-estar psicológico, tendo implicações no cuidar. Pretende-se conhecer e comparar os níveis de stress de enfermeiros espanhóis e portugueses a exercer funç...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Maria Baldonedo, Pilar Mosteiro, Cristina Queirós, Elisabete Borges, Margarida Abreu
Format: Article
Language:English
Published: RICOT : Working Conditions Research Network 2018-06-01
Series:International Journal on Working Conditions
Subjects:
Online Access:http://ricot.com.pt/artigos/1/IJWC.15_Baldonedo.et.al_p.67.80.pdf
Description
Summary:Os enfermeiros confrontam-se constantemente com sofrimento e situações stressantes, que a longo prazo prejudicam o seu bem-estar psicológico, tendo implicações no cuidar. Pretende-se conhecer e comparar os níveis de stress de enfermeiros espanhóis e portugueses a exercer funções em Hospitais Centrais Universitários de Oviedo e do Porto, e sua relação com variáveis sociodemográficas e laborais. Foram inquiridos 474 enfermeiros, 52% em hospitais de Oviedo e 48% em hospitais do Porto, através de um questionário sociodemográfico e laboral e da Nursing Stress Scale (Gray-Toft & Anderson, 1981) adaptada para espanhol e português. Os resultados revelaram níveis baixos ou moderados de stress no trabalho nos seus vários fatores, sendo mais stressantes a sobrecarga do trabalho e dificuldade em lidar com a morte. Os dois países apresentam poucas diferenças significativas, embora em Portugal tenha sido considerado mais stressante a falta de suporte e a incerteza quanto aos tratamentos. Em Espanha a idade e antiguidade no serviço apresentam correlações negativas com as dimensões do stress, enquanto em Portugal existem correlações negativas com os anos de experiência profissional. Surgem associados a maior stress ser mulher, não ter filhos nem cônjuge, e ter contrato definitivo, sobretudo em enfermeiros espanhóis. Perante os atuais fluxos migratórios, estes resultados podem contribuir para estudos transculturais das fontes de stress comuns nos enfermeiros, possibilitando melhorar a saúde ocupacional destes profissionais.
ISSN:2182-9535