“As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão

O texto do Górgias de Platão esta na seleta parte dos diálogos responsáveis pela discussão do Estado Ideal e o homem de Estado. Mesmo, que se defina a obra como um tratado acerca da retórica, este elemento principal se conecta a discussão do Estado Ideal, como o pode também ser observado na Repúblic...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Tiago Nascimento de Carvalho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2016-08-01
Series:Paranoá: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo
Subjects:
Online Access:http://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/view/11593
id doaj-fc10af6c62dc4366a747eb2c7ebac554
record_format Article
spelling doaj-fc10af6c62dc4366a747eb2c7ebac5542020-11-25T01:53:37ZengUniversidade de BrasíliaParanoá: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo1677-73951679-09442016-08-011610.18830/issn.1679-0944.n16.2016.0311593“As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de PlatãoTiago Nascimento de Carvalho0Universidade de Coimbra - PortugalO texto do Górgias de Platão esta na seleta parte dos diálogos responsáveis pela discussão do Estado Ideal e o homem de Estado. Mesmo, que se defina a obra como um tratado acerca da retórica, este elemento principal se conecta a discussão do Estado Ideal, como o pode também ser observado na República, Crítias, ou no Timeu. Afinal, o homem de Estado não é exatamente e tão somente o príncipe, ou o basileus, mas para Sócrates é o homem político, todo aquele cuja voz na pólis se faz ouvir por força ou direito. Há um grave problema no discurso socrático quando sua retórica se estimula pelo poder das palavras em oposição aà realidade das ações. Então aparece a verdadeira arte política que põe o poder em xeque por meio de reações adversas, quando para o filósofo é difícil convencer o ouvinte sobre a pedagogia essencial da formação do político (Dois exemplos em Plutarco, o de Demóstenes e Cícero, dialogam tão bem, com o discurso de Sócrates acerca deste embróglio). O mythos como narrativa passa a ser a última tentativa de explicação sobre o papel político do homem de Estado. Sócrates, por fim desenvolve uma fábula ou narrativa (Mythos) chamada a Ilha dos Abençoados.http://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/view/11593Estado idealRetóricaPolíticaArte políticaHomem de Estado
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author Tiago Nascimento de Carvalho
spellingShingle Tiago Nascimento de Carvalho
“As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão
Paranoá: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo
Estado ideal
Retórica
Política
Arte política
Homem de Estado
author_facet Tiago Nascimento de Carvalho
author_sort Tiago Nascimento de Carvalho
title “As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão
title_short “As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão
title_full “As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão
title_fullStr “As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão
title_full_unstemmed “As Ilhas dos Abençoados” - arte política e mito no Górgias de Platão
title_sort “as ilhas dos abençoados” - arte política e mito no górgias de platão
publisher Universidade de Brasília
series Paranoá: Cadernos de Arquitetura e Urbanismo
issn 1677-7395
1679-0944
publishDate 2016-08-01
description O texto do Górgias de Platão esta na seleta parte dos diálogos responsáveis pela discussão do Estado Ideal e o homem de Estado. Mesmo, que se defina a obra como um tratado acerca da retórica, este elemento principal se conecta a discussão do Estado Ideal, como o pode também ser observado na República, Crítias, ou no Timeu. Afinal, o homem de Estado não é exatamente e tão somente o príncipe, ou o basileus, mas para Sócrates é o homem político, todo aquele cuja voz na pólis se faz ouvir por força ou direito. Há um grave problema no discurso socrático quando sua retórica se estimula pelo poder das palavras em oposição aà realidade das ações. Então aparece a verdadeira arte política que põe o poder em xeque por meio de reações adversas, quando para o filósofo é difícil convencer o ouvinte sobre a pedagogia essencial da formação do político (Dois exemplos em Plutarco, o de Demóstenes e Cícero, dialogam tão bem, com o discurso de Sócrates acerca deste embróglio). O mythos como narrativa passa a ser a última tentativa de explicação sobre o papel político do homem de Estado. Sócrates, por fim desenvolve uma fábula ou narrativa (Mythos) chamada a Ilha dos Abençoados.
topic Estado ideal
Retórica
Política
Arte política
Homem de Estado
url http://periodicos.unb.br/index.php/paranoa/article/view/11593
work_keys_str_mv AT tiagonascimentodecarvalho asilhasdosabencoadosartepoliticaemitonogorgiasdeplatao
_version_ 1724990075647819776