Utilização de argila residual recuperada como meio adsorvente de óleo de fritura para produção de biodiesel
Para que os óleos atinjam qualidade sensorial desejada, eles passam por etapas de refino. A clarificação é uma dessas etapas, em que são usadas argilas clarificantes as quais aderem pigmentos indesejados naturais do óleo, tornando-o visualmente mais atraente para os consumidores. O problema está no...
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Universidade do Oeste de Santa Catarina
2019-12-01
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doaj-fc802479521a417eaa0b55f80fb344e72020-11-25T03:07:22ZporUniversidade do Oeste de Santa CatarinaEvidência1519-52872236-60592019-12-0119210.18593/eba.v19i2.2142721427Utilização de argila residual recuperada como meio adsorvente de óleo de fritura para produção de biodieselBeatriz Fernanda Bonfim de Souza0Michel Rocha Baqueta1Bruno Cesar CircunvisPaulo Henrique MarçoAiley Aparecida Coelho TanamatiUniversidade Tecnológica Federal do ParanáUniversidade Estadual de Campinas Para que os óleos atinjam qualidade sensorial desejada, eles passam por etapas de refino. A clarificação é uma dessas etapas, em que são usadas argilas clarificantes as quais aderem pigmentos indesejados naturais do óleo, tornando-o visualmente mais atraente para os consumidores. O problema está no descarte incorreto destinado a essas argilas, que são dispostas em aterros sanitários causando danos ao meio ambiente. Da mesma forma, óleos residuais de fritura trazem problemas quando descartados em pias e ralos, comprometendo os lençóis freáticos. Assim, uma solução para esse inconveniente seria a produção de biodiesel, já que este é produzido mediante óleos e gorduras, mesmo em estado de deterioração desde que atingidos os padrões físico-químicos de qualidade. Os objetivos do trabalho foram ativar termicamente a argila residual, purificar o óleo residual nessa argila recuperada e produzir via transesterificação ácida o biodiesel do óleo residual e do óleo purificado. Todas as análises físico-químicas foram realizadas de acordo com metodologias oficiais, e os espectros obtidos por meio do infravermelho próximo (NIR) foram tratados mediante Análise dos Componentes Principais (PCA). Foram realizadas análises físico-químicas após a ativação térmica da argila, obtendo-se resultados de umidade de 1,07%, acidez de 0,16 g ácido oleico.100g-1 e peróxidos 19,01 meq.kg-1. Para os insolúveis em éter não foram obtidos valores significativos, além de, por meio da técnica de NIR, ficar nítida a diferença existente entre a argila residual recuperada e a argila virgem. De posse dos resultados, os valores de acidez no óleo purificado e no óleo residual se mantiveram dentro dos padrões estipulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém o índice de peróxidos ficou acima dos valores recomendados, evidenciando que o óleo se encontrava em processo de deterioração. Conclui-se que ativar termicamente a argila proveniente do processo industrial com o óleo residual é uma boa alternativa para a sua reutilização, pois contribui para que esse material não seja perdido e possivelmente descartado de forma incorreta, e, ainda, traz vantagens com relação à produção de biocombustível por meio de transesterificação ácida. https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/evidencia/article/view/21427Argila clarificanteClarificaçãoAtivação térmica |
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Para que os óleos atinjam qualidade sensorial desejada, eles passam por etapas de refino. A clarificação é uma dessas etapas, em que são usadas argilas clarificantes as quais aderem pigmentos indesejados naturais do óleo, tornando-o visualmente mais atraente para os consumidores. O problema está no descarte incorreto destinado a essas argilas, que são dispostas em aterros sanitários causando danos ao meio ambiente. Da mesma forma, óleos residuais de fritura trazem problemas quando descartados em pias e ralos, comprometendo os lençóis freáticos. Assim, uma solução para esse inconveniente seria a produção de biodiesel, já que este é produzido mediante óleos e gorduras, mesmo em estado de deterioração desde que atingidos os padrões físico-químicos de qualidade. Os objetivos do trabalho foram ativar termicamente a argila residual, purificar o óleo residual nessa argila recuperada e produzir via transesterificação ácida o biodiesel do óleo residual e do óleo purificado. Todas as análises físico-químicas foram realizadas de acordo com metodologias oficiais, e os espectros obtidos por meio do infravermelho próximo (NIR) foram tratados mediante Análise dos Componentes Principais (PCA). Foram realizadas análises físico-químicas após a ativação térmica da argila, obtendo-se resultados de umidade de 1,07%, acidez de 0,16 g ácido oleico.100g-1 e peróxidos 19,01 meq.kg-1. Para os insolúveis em éter não foram obtidos valores significativos, além de, por meio da técnica de NIR, ficar nítida a diferença existente entre a argila residual recuperada e a argila virgem. De posse dos resultados, os valores de acidez no óleo purificado e no óleo residual se mantiveram dentro dos padrões estipulados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém o índice de peróxidos ficou acima dos valores recomendados, evidenciando que o óleo se encontrava em processo de deterioração. Conclui-se que ativar termicamente a argila proveniente do processo industrial com o óleo residual é uma boa alternativa para a sua reutilização, pois contribui para que esse material não seja perdido e possivelmente descartado de forma incorreta, e, ainda, traz vantagens com relação à produção de biocombustível por meio de transesterificação ácida.
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