O ESTRESSE COMO FATOR DE RISCO PARA A SAÚDE: UMA CONCEPÇÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM.

INTRODUÇÃO: O trabalho é uma atividade necessária a todas as nações, pois é através dele que podemos atingir satisfação e realização profissional. Algumas situações no cotidiano de trabalho da enfermagem conferem grandes demandas ao trabalhador. Portanto, é imprescindível atentarmos para os riscos a...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Francisca Selma Vasconcelos da Silva, Bruna de Souza Garcez, Luiza Helena Andrade de Paula
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro 2010-12-01
Series:Revista de Pesquisa : Cuidado é Fundamental Online
Subjects:
CTI
Online Access:http://www.seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1084
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publisher Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
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2175-5361
publishDate 2010-12-01
description INTRODUÇÃO: O trabalho é uma atividade necessária a todas as nações, pois é através dele que podemos atingir satisfação e realização profissional. Algumas situações no cotidiano de trabalho da enfermagem conferem grandes demandas ao trabalhador. Portanto, é imprescindível atentarmos para os riscos aos quais os profissionais de enfermagem estão expostos no seu exercício do cuidar de pessoas doentes, com vistas à melhoria da qualidade do cuidado que presta à sua clientela e à sua própria saúde. OBJETIVOS: Este estudo teve por objetivo geral analisar como os fatores de estresse afetam a saúde dos profissionais de enfermagem do Centro de Tratamento Intensivo e como objetivos específicos  identificar os principais fatores de estresse dos profissionais de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva realizada com nove técnicos de enfermagem em exercício no Centro de Tratamento Intensivo de um Hospital da rede privada de Niterói. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento do tipo questionário estruturado com cinco questões, sendo duas questões fechadas e três abertas sobre o tema do estudo. A entrevista foi conduzida individualmente no próprio local de serviço, isto é, no CTI, durante os horários de trabalho dos profissionais, em seu turno noturno, com duração de 10 a 20 minutos, cada entrevista. RESULTADOS: Os resultados foram analisados conforme as respostas aos questionamentos e transcritas na íntegra. Os entrevistados possuem idade entre 20 e 40 anos. Em relação ao número de empregos, 100% dos entrevistados dedicam-se profissionalmente a apenas um emprego. Com isso, os resultados obtidos foram agrupados segundo a caracterização dos participantes da pesquisa em categorias: Fatores estressantes, Relacionamento entre os membros da equipe, Jornada de trabalho x qualidade de vida e Enfrentamento diante do estresse no trabalho. Para 89% dos entrevistados, o convívio com a dor, o sofrimento e a morte não se apresentam como fatores estressantes no trabalho. 67% da equipe não pensa que a relação com os demais profissionais da equipe interfere no seu nível de estresse, enquanto que 33% acham que interfere no seu nível de estresse. Esse convívio intergrupal sob os quais os profissionais de enfermagem se adaptam continuamente, pode propiciar desentendimentos com seus colegas de equipe, gerando tensão no trabalho, devido a formação, cultura e características singulares. Contudo, 80% dos entrevistados relataram sentir alívio ao final da jornada de trabalho. foi verificado que grande parte dos profissionais cerca de 56% preferem descansar, dormir e relaxar, e 22% preferem convívio com a família e 11% preferem ficar em casa, praticar exercício e esquecer o trabalho. Para estes profissionais ocupantes, é quase impossível conciliar trabalho e lazer, a fim de manter a qualidade de vida, em busca de equilíbrio e da paz interior. Constatamos, dessa forma que, assim seria possível diminuir a probabilidade de comprometimento a saúde dos trabalhadores de enfermagem. CONCLUSÕES: Com isso, é possível concluir que certas medidas como a valorização da equipe, aumento de salário, redução da carga horária e a relação dialógica entre a chefia e os profissionais de enfermagem seriam medidas eficazes para um bom começo do funcionamento psíquico do trabalhador de enfermagem. Haja vista que torna-se necessário refletir sobre a temática em questão, considerando a importância que é dada a saúde dos profissionais de enfermagem, já que o estresse constitui um fator que interfere no seu modo de viver, logo, na sua qualidade de vida. Este estudo deve ser considerado uma aproximação ao tema proposto, em especial no trabalho da enfermagem, pois seu intuito é contribuir para a maior compreensão, conscientização e reflexão sobre o estresse. Mesmo com essas dificuldades discutidas, os profissionais levam consigo sentimentos de amor, dedicação e cuidado ao próximo onde dinheiro nenhum consegue pagar o sorriso, o obrigado e o carinho devolvidos pelos pacientes. REFERÊNCIAS: BENEVIDES-PEREIRA, Ana Maria. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador . São Paulo: Casa do Psicológo, 2002. BAGGIO, Maria Aparecida ; Formaggio Filomena Maria. Trabalho, cotidiano e o profissional de enfermagem: o significado do descuidado de si Cogitare enferm; 13(1):67-74, jan.-mar. 2008. CORONETTI, Adriana; Nascimento Eliane Regina Pereira do; Barra, Daniela Couto Carvalho; Martins, Josiane de Jesus. O estresse da equipe de enfermagem na unidade de terapia intensiva: o enfermeiro como mediador ACM arq.catarin.med; 35(4), out.-dez.2006. ELIAS MA, Navarro VL. A relação entre o trabalho, a saúde e as condições de vida: negatividade e positividade no trabalho das profissionais de enfermagem de um hospital escola. Rev. Latino-am Enfermagem. 2006 Jul-Ago; 14(4):517-25.
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OBJETIVOS: Este estudo teve por objetivo geral analisar como os fatores de estresse afetam a saúde dos profissionais de enfermagem do Centro de Tratamento Intensivo e como objetivos específicos  identificar os principais fatores de estresse dos profissionais de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva realizada com nove técnicos de enfermagem em exercício no Centro de Tratamento Intensivo de um Hospital da rede privada de Niterói. A coleta de dados foi realizada por meio de um instrumento do tipo questionário estruturado com cinco questões, sendo duas questões fechadas e três abertas sobre o tema do estudo. A entrevista foi conduzida individualmente no próprio local de serviço, isto é, no CTI, durante os horários de trabalho dos profissionais, em seu turno noturno, com duração de 10 a 20 minutos, cada entrevista. RESULTADOS: Os resultados foram analisados conforme as respostas aos questionamentos e transcritas na íntegra. Os entrevistados possuem idade entre 20 e 40 anos. Em relação ao número de empregos, 100% dos entrevistados dedicam-se profissionalmente a apenas um emprego. Com isso, os resultados obtidos foram agrupados segundo a caracterização dos participantes da pesquisa em categorias: Fatores estressantes, Relacionamento entre os membros da equipe, Jornada de trabalho x qualidade de vida e Enfrentamento diante do estresse no trabalho. Para 89% dos entrevistados, o convívio com a dor, o sofrimento e a morte não se apresentam como fatores estressantes no trabalho. 67% da equipe não pensa que a relação com os demais profissionais da equipe interfere no seu nível de estresse, enquanto que 33% acham que interfere no seu nível de estresse. Esse convívio intergrupal sob os quais os profissionais de enfermagem se adaptam continuamente, pode propiciar desentendimentos com seus colegas de equipe, gerando tensão no trabalho, devido a formação, cultura e características singulares. Contudo, 80% dos entrevistados relataram sentir alívio ao final da jornada de trabalho. foi verificado que grande parte dos profissionais cerca de 56% preferem descansar, dormir e relaxar, e 22% preferem convívio com a família e 11% preferem ficar em casa, praticar exercício e esquecer o trabalho. Para estes profissionais ocupantes, é quase impossível conciliar trabalho e lazer, a fim de manter a qualidade de vida, em busca de equilíbrio e da paz interior. Constatamos, dessa forma que, assim seria possível diminuir a probabilidade de comprometimento a saúde dos trabalhadores de enfermagem. CONCLUSÕES: Com isso, é possível concluir que certas medidas como a valorização da equipe, aumento de salário, redução da carga horária e a relação dialógica entre a chefia e os profissionais de enfermagem seriam medidas eficazes para um bom começo do funcionamento psíquico do trabalhador de enfermagem. Haja vista que torna-se necessário refletir sobre a temática em questão, considerando a importância que é dada a saúde dos profissionais de enfermagem, já que o estresse constitui um fator que interfere no seu modo de viver, logo, na sua qualidade de vida. Este estudo deve ser considerado uma aproximação ao tema proposto, em especial no trabalho da enfermagem, pois seu intuito é contribuir para a maior compreensão, conscientização e reflexão sobre o estresse. Mesmo com essas dificuldades discutidas, os profissionais levam consigo sentimentos de amor, dedicação e cuidado ao próximo onde dinheiro nenhum consegue pagar o sorriso, o obrigado e o carinho devolvidos pelos pacientes. REFERÊNCIAS: BENEVIDES-PEREIRA, Ana Maria. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador . São Paulo: Casa do Psicológo, 2002. BAGGIO, Maria Aparecida ; Formaggio Filomena Maria. Trabalho, cotidiano e o profissional de enfermagem: o significado do descuidado de si Cogitare enferm; 13(1):67-74, jan.-mar. 2008. CORONETTI, Adriana; Nascimento Eliane Regina Pereira do; Barra, Daniela Couto Carvalho; Martins, Josiane de Jesus. O estresse da equipe de enfermagem na unidade de terapia intensiva: o enfermeiro como mediador ACM arq.catarin.med; 35(4), out.-dez.2006. ELIAS MA, Navarro VL. A relação entre o trabalho, a saúde e as condições de vida: negatividade e positividade no trabalho das profissionais de enfermagem de um hospital escola. Rev. Latino-am Enfermagem. 2006 Jul-Ago; 14(4):517-25. http://www.seer.unirio.br/cuidadofundamental/article/view/1084Saúde do trabalhadorCarga de trabalhoEstresseCTI