Avaliação neuropsicológica breve na esquizofrenia: do desempenho cognitivo à ação dos antipsicóticos
Submitted by Barroso Patrícia (barroso.p2010@gmail.com) on 2013-03-21T21:16:37Z No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Arão_Nogueira.pdf: 3676292 bytes, checksum: aab9b238e39778efdd80ac8102050d15 (MD5) === Made available in DSpace on 2013-03-21T21:16:37Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DISSERTAÇÃO_Arão_No...
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Previous issue date: 2012 === Contexto: Déficits cognitivos são aspectos centrais da esquizofrenia que influenciam no
funcionamento social, ocupacional e da vida diária de pacientes com esta doença. Em relação à população geral, esses pacientes frequentemente apresentam um desempenho abaixo de 1,5 a 2,0 desvios-padrão (DP) em várias dimensões cognitivas. Antipsicóticos atípicos (AA) quando comparados a antipsicóticos típicos (AT) parecem favorecer alguma melhora no desempenho destes pacientes, mas o impacto específico dos AA sob as funções cognitivas ainda carece de substanciais evidências. Objetivo: Avaliar, mediante bateria neuropsicológica breve, indivíduos estáveis com diagnóstico de esquizofrenia em uso de AT e reavaliá-los após a sua substituição por AA durante um período mínimo de três meses (doze semanas). Metodologia: Os desempenhos neuropsicológicos de sujeitos com esquizofrenia e controles saudáveis foram obtidos em dois tempos diferentes (t1 e t2). Os sujeitos com esquizofrenia foram avaliados quando em uso de AT no t1 e reavaliados após o uso de AA no t2. Os sujeitos controle foram avaliados e reavaliados, respectivamente nos t1 e t2, apenas para servir de grupo de comparação. Os seguintes testes foram aplicados para todos os participantes: a forma reduzida da Técnica Projetiva de Desenho da Casa-Árvore-Pessoa (HT-P); o Teste de Inteligência Geral Não-Verbal (TIG-NV); e a versão brasileira da Brief Assessment of Cognition in Schizophrenia (BACS). Os pacientes com esquizofrenia, em cada momento, foram examinados por psiquiatras credenciados que preencheram a versão em português da Escala de Impressão Global Clínica de Esquizofrenia (CGI-SCH) para pontuar a gravidade da doença desses pacientes. Resultados: Vinte e um sujeitos com esquizofrenia e vinte controles foram avaliados. Catorze sujeitos com esquizofrenia e dez controles foram reavaliados. Os sujeitos com esquizofrenia não demonstraram diferenças significativas quanto à avaliação e reavaliação de desempenho no TIG-NV e nos testes da BACS. No entanto, apresentaram diferenças quanto à avaliação e reavaliação do índice psicopatológico de omissões (p=0,011) do H-T-P e dos sintomas positivos (p=0,001), sintomas negativos (p=0,014), sintomas cognitivos (p=0,021) e gravidade total (p=0,007) da CGI-SCH. Discussão: Na amostra estudada, os AA quando comparados aos AT não promoveram um impacto significante sobre cognição, ainda que pudessem ter favorecido sensível melhora sobre os sintomas positivos e negativos da esquizofrenia. Conclusão: A polimedicação com antipsicóticos, o uso de benzodiazepínicos e a continua utilização de anticolinérgicos parecem repercutir adversamente sobre o desempenho neuropsicológico e os possíveis efeitos de AA sobre a cognição de sujeitos com esquizofrenia. Não obstante, a aplicação de uma bateria neuropsicológica breve como a BACS pode ser muito útil para apresentar perfis de comprometimento cognitivo que permitam balizar decisões de ajuste de doses de medicamentos ou subsidiar mudanças de planos de tratamento. === Universidade Federal da Bahia, Instituto de Ciências da Saúde |
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