HABIT, MEMORY AND EVENT: THE PROBLEM OF TIME IN DELEUZE

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === O objetivo desta pesquisa é investigar se a introdução do tempo no pensamento é o que permite Gilles Deleuze afirmar que...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: ANGELICA DE BRITTO PEREIRA PIZARRO
Other Authors: DEBORAH DANOWSKI
Language:Portuguese
Published: PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO 2012
Online Access:http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=21426@1
http://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/Busca_etds.php?strSecao=resultado&nrSeq=21426@2
Description
Summary:PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO DE JANEIRO === COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DO PESSOAL DE ENSINO SUPERIOR === PROGRAMA DE SUPORTE À PÓS-GRADUAÇÃO DE INSTS. DE ENSINO === O objetivo desta pesquisa é investigar se a introdução do tempo no pensamento é o que permite Gilles Deleuze afirmar que o pensamento produz o novo. Tal empreendimento envolve a constituição do tempo a partir de sínteses passivas que Deleuze, em Diferença e repetição, agencia com as noções de hábito em Hume, de memória pura em Bergson e com o pensamento do eterno retorno em Nietzsche. A primeira síntese do tempo, Habitus ou presente vivo, se refere a contemplações contraentes, constituindo a fundação do tempo. Mnemósina ou passado puro é a segunda síntese que se instaura como fundamento que permite a passagem dos presentes. Mas as repetições do Hábito e da Memória somente chegam ao seu acabamento em uma terceira síntese, única capaz de afetar o absolutamente novo, expressa pela intrigante concepção deleuziana do eterno retorno como repetição do futuro. Tendo a interpretação de Klossowski como aporte, Deleuze entende que há no eterno retorno um aspecto seletivo que deixa apenas a Diferença voltar. Tal é, conforme Deleuze lê (seguindo Hölderlin), o que sucede na tragédia de Sófocles: por ocasião da morte do herói, o presente como agente e o passado como condição desaparecem e o futuro se abre como forma pura e vazia no qual o eterno retorno produz somente o novo e o singular. Em outras palavras, Deleuze afirma que o que está em jogo no pensamento são as diferenças intensivas ou, como ele designa em Lógica do sentido, inspirado no antigo estoicismo, acontecimentos e não as essências ou as coisas. Estes se efetuam nas coisas, bem como se exprimem nas proposições. Porém tal efetuação não ocorre por semelhança, isto é, o Acontecimento puro ou Ideia jamais se reduz às coisas ou às proposições. Portanto, é impessoal, neutro, nem geral e nem particular, mas produtivo e genético. Um devir: sempre já passado e eternamente ainda por vir. === The objective of this research is to investigate whether the introduction of time into thinking is what allows Gilles Deleuze to affirm that thought produces the new. Such a task involves the constitution of time from passive synthesis, which Deleuze, in Difference and Repetition, associates with the notions of habit in Hume, of pure memory in Bergson and the thought of eternal return in Nietzsche. The first synthesis of time, Habitus, or living present, refers to contemplations and contractions, constituting the foundation of time. Mnemosyne or pure past is the second synthesis that establishes itself as basis that allows for the passing of the present. However, the repetitions of Habit and Memory only reach their end in a third synthesis, unique in its capacity to affect the absolute new, expressed by the intriguing Deleuzian conception of eternal return as repeat of the future. With the interpretation of Klossowski as support, Deleuze understands that there is in the eternal return a selective aspect that allows only the Difference to return. So much, according to how Deleuze reads (following Hölderlin), that it happens in Sophocles tragedy: by the death of the hero, the present as an agent and the past as a condition disappear and the future opens up as a pure and empty form in which the eternal return produces only the new and singular. In other words, Deleuze states that what is in play in thought are the intensive differences or, as he says in The Logic of Sense, inspired by the ancient Stoicism, events and not the essences or things. These are conveyed in things and express themselves as well in the propositions. But such effectuation does not happen by mere similarity, i.e., pure Event or Idea is never reduced to things or propositions. Therefore, it is impersonal, neutral, neither general nor particular, but productive and genetic. A becoming: always already past and eternally yet to come.