UMBANDA, UMA RELIGIÃO SINCRÉTICA E BRASILEIRA.

Made available in DSpace on 2016-07-27T13:46:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 HULDA SILVA CEDRO DA COSTA.pdf: 2734160 bytes, checksum: a0146805d81523745399983125973f20 (MD5) Previous issue date: 2013-12-19 === This thesis analyzes the Umbanda religion and its consolidated training process through a...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Costa, Hulda Silva Cedro da
Other Authors: Cezne, Irene Dias de Oliveira
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de Goiás 2016
Subjects:
Online Access:http://localhost:8080/tede/handle/tede/758
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-07-27T13:46:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 HULDA SILVA CEDRO DA COSTA.pdf: 2734160 bytes, checksum: a0146805d81523745399983125973f20 (MD5) Previous issue date: 2013-12-19 === This thesis analyzes the Umbanda religion and its consolidated training process through a continuous syncretism that began in the late 17th Century, with the first black religious communities, mostly Bantu s origin. This formation process of Umbanda presented four phases. The first one began with the Calundu, in the 17th Century, advancing to Cabula, in the early 19th Century, the Macumba, in the middle of this same century, resulting in Umbanda, which emerged in the early 20th century, and has become the fourth phase of this syncretic religious and continuous process. The research is intended to open a discussion about the formation process of the structural basis of The Umbanda Religion, which origin comes from the fusion of several elements of African origin, the Spiritualism of Kardecista, the elements of indigenous origin and even the elements of Catholicism. This way, it characterizes a highly syncretic process, and because of its approach to Christianity, a significant separation from its African headquarters occurred. Nowadays, some theorists do not want to use the term syncretism, relating it to situations of domination, as something impure, and therefore, relegated as a negative term, considered a pejorative concept, such as bringing in its essence, a conception of the mixture, thus denying the originality and identity of the African s descent people. Thus, some researchers prefer to use the terms hybridity and bricolage(DIY), stating that these terms are different from the term syncretism. As a result of this debate, we can clearly identify in which parts of the discussion these authors either match or differ in their points of view, and how different and distant they are in their theories about these terms, in order to verify the applicability of the Umbanda Religion. We approach the search process of its legitimation as a Brazilian Umbanda religion, and to be accepted by the ruling class. Accordingly, we analyze its passage by the Vargas era, its relationship with the Catholic Church and the military dictatorship, when it reached its zenith. We analyzed its precipitous decline, from the 1980s on, with the growth of neo- Pentecostal movements. Since then, the Umbanda has been in decline, but revived in the 21st. century, represented by three major religious segments namely: Initiative Umbanda, Holy Umbanda and Cross Line Umbanda. === A presente tese analisa a religião Umbanda e seu processo de formação consolidado por meio de um sincretismo contínuo que teve início no final do século XVII, com as primeiras comunidades religiosas negras, em sua grande maioria de origem banto. Esse processo formador da Umbanda apresentou quatro fases. A primeira, se iniciou com o Calundu, no século XVII, perpassando pela Cabula, no início do século XIX, pela Macumba, em meados deste mesmo século, resultando na Umbanda, que surgiu no início do século XX, e se constituiu a quarta fase deste processo religioso sincrético e contínuo. A pesquisa tem a finalidade de abrir uma discussão acerca do processo formador da base estrutural da religião Umbanda, que nasceu da fusão de vários elementos de origem africana, do Espiritismo Kardecista, de elementos de origem indígena e ainda de elementos advindos do catolicismo, caracterizando dessa forma, um processo altamente sincrético, e por causa da sua aproximação com o cristianismo, ocorreu um afastamento significativo de suas matrizes africanas. Atualmente, alguns teóricos não querem utilizar o termo sincretismo, relacionando-o às situações de dominação, como se fosse algo impuro, sendo, portanto, relegado como um termo negativo, considerado um conceito pejorativo, no sentido de que ele poderia trazer em seu bojo uma concepção de mistura, negando assim a originalidade e a identidade dos povos afro descendentes. Assim, alguns pesquisadores preferem utilizar os termos hibridismo e bricolagem, afirmando que esses termos são diferentes do termo sincretismo. Diante desse debate, verificamos onde esses diferentes autores se encontram e onde se distanciam em suas teorizações acerca desses termos, para verificar a aplicabilidade na religião Umbanda. Abordamos o processo de busca de legitimação da Umbanda como uma religião brasileira, e para ser aceita pela classe dominante. Nesse sentido, analisamos a sua passagem pela era Vargas, sua relação com a igreja católica e com o regime militar, momento este último, que lhe proporcionou vivenciar o seu apogeu. E analisamos a sua queda vertiginosa, a partir dos anos de 1980, com o crescimento dos movimentos neopentecostais. A partir daí, a Umbanda entrou em declínio, mas ressurgiu no século XXI, representada por três grandes segmentos religiosos a saber: a Umbanda Iniciática, a Umbanda Sagrada e a Linha Cruzada.