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Previous issue date: 2010-06-18 === A gestão escolar tem sido abordada em parte das pesquisas e das produções acadêmicas, como um desdobramento das políticas públicas implantadas a partir dos princípios neoliberais. Suas bases advem das teorias da administração clássica da sociedade capitalista. No entanto, ainda são poucos os trabalhos sobre a construção da prática social do gestor escolar, compreendidas com o processo de tomada de decisões, enquanto mediador dos conflitos entre os aspectos legais e a realidade, tão controversa da instituição escolar. A partir da flexibilização do sistema produtivo e do aumento da pressão popular dos movimentos sociais na década de 1980, foram incorporados à gestão, através dos dispositivos legais, demandas antigas que, institucionalizaram os processos democráticos em nossa sociedade e, por conseguinte, na gestão escolar. No entanto, a institucionalização não promove práticas democráticas por si mesmas, sendo necessárias novas posturas por parte desses gestores. Devido à compreensão de grande parte dos envolvidos nos processos escolares, apontada pelo senso comum, os gestores de escola têm sido vistos como meros cumpridores de determinações legais emanadas pelos sistemas de ensino, fato esse, que lhes imprime uma imagem descompromissada e insensível em relação aos interesses da comunidade. Nesse sentido, através de uma abordagem etnográfica, o trabalho apresenta a análise do emaranhado polifônico das vozes de três gestoras de escolas públicas das regiões portuária e retroportuária da cidade de Santos (SP). Mediante a escuta sensível, o trabalho buscou captar as representações dessas gestoras sobre sua atuação. Através da análise dessas múltiplas vozes, desvela-se o confronto dessas visões com as percepções dos demais segmentos escolares e da comunidade local, de modo a evidenciar a existência de práticas sociais capazes de promover a democratização dos conhecimentos historicamente construídos, convergindo, dessa forma, para a flexibilização dos tempos e espaços escolares, o que resulta no sucesso da escola. No balizamento teórico do trabalho foram analisadas obras de Paro (1997; 2006; 2007), Silva Jr.(1990), Ferreira (2001; 2006; 2006), Sander (2005), Lück (2006; 2007), Lima (2003), Barroso in Ferreira (2006); Fazenda (2000), Ezpeleta e Rockwell (1999), Frigotto in Gentili (1994), Frigotto in Ciavatta (2001), Kuenzer (2001, 2007), Heloani (2007), Werle (2008), Bruno in Oliveira (1997) Löwy (2000). Os resultados obtidos demonstram a resignificação do perfil dos gestores, mais diretivos, cuja prática social desvela significativos indicadores do sucesso escolar.
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