Summary: | === This research has as main objective to study the toponyms of the region concerning the cities of Pitangui, Pompéu and Papagaios, an old area under the control of Dona Joaquina de Pompéu, who was an important farmer from the Alto do São Francisco region and was also known as a great colaborator in the development of animal husbandry in Minas Gerais state in the 18th and 19th centuries. We contribute, with this proposition, to give a greater visibility to a sociocultural analysis of the region, once the linguistic study of the place names opens to thepossibility of recovering a part of the local history and culture from a comunity. As the theoretical and methodological reference, we adopted the toponymic models of Dauzat (1926), Dick (1990a) and Dick (1990b), and the environment and culture concepts of Diégues Junior (1960), Sapir (1969) and Lyons (1981). Beneath the labovian sociolinguistic model, we started from the present to the past and came back through oral interviews, old documents and geographic letters from old and contemporaneous times. Using these documents, we wereable to observe cases of linguistic variability, change and retention. The analysis of the data reflected the historical and cultural environment of the agricultural region of the 17th-century Minas, which was mainly occupied by paulistas, right after the episode known as the Emboabas. The predominance of the physical nature elements, with a special highlight for the names of plants (or fitotoponyms), shows the name-calling attachment between the man and the nature. === Esta pesquisa objetiva o estudo de topônimos da região dos municípios de Pitangui, Pompéu e Papagaios, antiga área de domínio de Dona Joaquina do Pompéu - fazendeira do Alto São Francisco reconhecida como grande colaboradora no desenvolvimento da pecuária em Minas Gerais, nos séculos XVIII e XIX. Com essa proposta, contribuímos para dar uma maior visibilidade à leitura sociocultural da região, uma vez que o estudo lingüístico dos nomes de lugares possibilita a recuperação de parte da história e da cultura local de uma comunidade. Como referencial teórico-metodólogico, adotamos modelos toponímicos de Dauzat (1926), Dick (1990a) e Dick (1990b), conceitos de ambiente e cultura segundo Diégues Junior (1960), Sapir (1969) e Lyons (1981). Sob a luz da sociolingüística, segundo modelo laboviano, partimos do presente para o passado e voltamos ao presente, valendo-nos de entrevistas orais, documentos antigos e cartas geográficas de períodos antigos e atuais; com isso, pudemos observar casos de variação, mudança e retenção lingüísticos. A análise dos dados refletiu o ambiente histórico-cultural dessa região agrícola das minas setecentistas, ocupada, principalmente por paulistas, após o episódio conhecido como emboabas. A predominância dos elementos de natureza física, com destaque para os nomes de plantas (fitotopônimos), bem mostra o vínculo denominativo natureza-homem no espaço estudado.
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