Hidrografia e massas de água da plataforma continental sudeste brasileira em 26° 45' S
Resumo: A região sul da Plataforma Continetal Sudeste brasileira e a Plataforma Sul brasileira são as regiões de maior potencial pesqueiro ao longo da costa brasileira. Esta alta produtividade é em grande parte fomentada pela presença de diferentes massas de água de origens contrastantes que interag...
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ndltd-IBICT-oai-dspace.c3sl.ufpr.br-1884-273732018-05-23T18:21:55Z Hidrografia e massas de água da plataforma continental sudeste brasileira em 26° 45' S Netto Júnior, Joaquim Pereira Bento, 1981- Noernberg, Mauricio Almeida Universidade Federal do Paraná. Setor de Ciencias da Terra. Centro de Estudos do Mar. Programa de Pós-Graduaçao em Sistemas Costeiros e Oceânicos Teses Resumo: A região sul da Plataforma Continetal Sudeste brasileira e a Plataforma Sul brasileira são as regiões de maior potencial pesqueiro ao longo da costa brasileira. Esta alta produtividade é em grande parte fomentada pela presença de diferentes massas de água de origens contrastantes que interagem entre si e formam um ambiente complexo, dinâmico e, sob o ponto de vista biológico, muito produtivo. No verão, a presença da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) sob a plataforma continental disponibiliza na zona eufótica os nutrientes, induz a formação da termoclina sazonal, a frente térmica profunda e o estabelecimento dos máximos subsuperficiais de clorofila. No inverno, as advecções da pluma de baixa densidade do Rio da Plata para regiões ao norte de sua origem, e, em menor escala, da pluma da Lagoa dos Patos, têm sido consideradas as responsáveis pelo padrão de estratificação termohalina vertical e horizontal, níveis de nutrientes, circulação e formação de massas de águas costeiras. O presente estudo apresenta uma descrição da hidrografia e massas de água da plataforma continental interna e média adjacente à cidade de Itajaí. Para tanto, foram coletados medidas CTD ao longo de uma radial perpendicular a linha de costa, entre as isóbatas de 20 e 140 metros, em 14 estações hidrográficas amostradas nos meses de janeiro, março, abril, junho de 2005 e março de 2007. A identificação das massas de água na região foi efetuada a partir de diagramas T-S e dos sistemas lineares de mistura, sendo que, a distribuição de freqüência dos pares T-S e posterior cálculo das áreas das massas de água, foram analisado a partir do diagrama T-S-estatístico, uma adaptação do diagrama T-S-volumétrico. Os dados dos pares T-S demonstraram que a região esteve ocupada em todos os períodos pelas massas de Água Costeira (AC), Tropical (AT) e Central do Atlântico Sul (ACAS). A área de abrangência da ACAS foi maior no verão e reduzida no inverno, seguindo seu padrão de avanço e recuo sobre a plataforma continental. A área da AC foi a maior no período de inverno em resposta à influência das águas da pluma do Plata e do afastamento da ACAS para regiõe ao largo. Em virtude da diferença termohalina da AC de verão e inverno, sugere-se que a AC de inverno seja uma modificação da Água Subtropical de Plataforma (ASTP) mais quente e salina. Foram encontrados evidências halinas de que o Rio Itajaí-Açu influencia a hidrografia da porção interna da plataforma continental no período de verão, no entorno da isóbata de 20 metros. A estrutura hidrográfica no verão pode ser resumida em duas camadas, sendo a camada superior quente formada pela AC na zona costeira e AT nas regiões ao largo, e na camada de fundo, estão as águas frias da ACAS, espalhando-se por toda a plataforma continental. A ACAS foi a responsável pelo estabelecimento da termoclina sazonal no verão e da frente térmica profunda, sendo esta particularmente evidente em abril e junho de 2006. No inverno, a mistura das águas de plataforma com as águas da pluma do rio da Plata dominou as regiões costeiras com uma água fria e menos densa. Uma termoclina invertida foi constatada como sendo a feição dominante na região média e ao largo da plataforma continental no período de inverno, provocada pela capa de água menos salgada e fria da pluma do rio da Plata na superfície e pela água salina e quente da AT em subsuperfície. 2012-05-18T19:32:22Z 2012-05-18T19:32:22Z 2012-05-18 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/1884/27373 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Repositório Institucional da UFPR instname:Universidade Federal do Paraná instacron:UFPR |
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Resumo: A região sul da Plataforma Continetal Sudeste brasileira e a Plataforma Sul brasileira são as regiões de maior potencial pesqueiro ao longo da costa brasileira. Esta alta produtividade é em grande parte fomentada pela presença de diferentes massas de água de origens contrastantes que interagem entre si e formam um ambiente complexo, dinâmico e, sob o ponto de vista biológico, muito produtivo. No verão, a presença da Água Central do Atlântico Sul (ACAS) sob a plataforma continental disponibiliza na zona eufótica os nutrientes, induz a formação da termoclina sazonal, a frente térmica profunda e o estabelecimento dos máximos subsuperficiais de clorofila. No inverno, as advecções da pluma de baixa densidade do Rio da Plata para regiões ao norte de sua origem, e, em menor escala, da pluma da Lagoa dos Patos, têm sido consideradas as responsáveis pelo padrão de estratificação termohalina vertical e horizontal, níveis de nutrientes, circulação e formação de massas de águas costeiras. O presente estudo apresenta uma descrição da hidrografia e massas de água da plataforma continental interna e média adjacente à cidade de Itajaí. Para tanto, foram coletados medidas CTD ao longo de uma radial perpendicular a linha de costa, entre as isóbatas de 20 e 140 metros, em 14 estações hidrográficas amostradas nos meses de janeiro, março, abril, junho de 2005 e março de 2007. A identificação das massas de água na região foi efetuada a partir de diagramas T-S e dos sistemas lineares de mistura, sendo que, a distribuição de freqüência dos pares T-S e posterior cálculo das áreas das massas de água, foram analisado a partir do diagrama T-S-estatístico, uma adaptação do diagrama T-S-volumétrico. Os dados dos pares T-S demonstraram que a região esteve ocupada em todos os períodos pelas massas de Água Costeira (AC), Tropical (AT) e Central do Atlântico Sul (ACAS). A área de abrangência da ACAS foi maior no verão e reduzida no inverno, seguindo seu padrão de avanço e recuo sobre a plataforma continental. A área da AC foi a maior no período de inverno em resposta à influência das águas da pluma do Plata e do afastamento da ACAS para regiõe ao largo. Em virtude da diferença termohalina da AC de verão e inverno, sugere-se que a AC de inverno seja uma modificação da Água Subtropical de Plataforma (ASTP) mais quente e salina. Foram encontrados evidências halinas de que o Rio Itajaí-Açu influencia a hidrografia da porção interna da plataforma continental no período de verão, no entorno da isóbata de 20 metros. A estrutura hidrográfica no verão pode ser resumida em duas camadas, sendo a camada superior quente formada pela AC na zona costeira e AT nas regiões ao largo, e na camada de fundo, estão as águas frias da ACAS, espalhando-se por toda a plataforma continental. A ACAS foi a responsável pelo estabelecimento da termoclina sazonal no verão e da frente térmica profunda, sendo esta particularmente evidente em abril e junho de 2006. No inverno, a mistura das águas de plataforma com as águas da pluma do rio da Plata dominou as regiões costeiras com uma água fria e menos densa. Uma termoclina invertida foi constatada como sendo a feição dominante na região média e ao largo da plataforma continental no período de inverno, provocada pela capa de água menos salgada e fria da pluma do rio da Plata na superfície e pela água salina e quente da AT em subsuperfície. |
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