A Questão da Direção Automotiva após a Ingestão de Bebida Alcoólica: Considerações sobre Ações Estatais de Enfrentamento

Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4500_A_questao_da_direcao_automotiva_apos_ingestao_de_bebida_alcoolica_02.04.2014.pdf: 2903130 bytes, checksum: 3bd2fbb718628f797d2b8073d7e65a31 (MD5) Previous issue date: 2013-08-30 === No campo do conhecimento psic...

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Bibliographic Details
Main Author: NASCIMENTO, A. S.
Other Authors: CIARALLO, C. R. C. A.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2016
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/3154
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-08-29T14:10:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_4500_A_questao_da_direcao_automotiva_apos_ingestao_de_bebida_alcoolica_02.04.2014.pdf: 2903130 bytes, checksum: 3bd2fbb718628f797d2b8073d7e65a31 (MD5) Previous issue date: 2013-08-30 === No campo do conhecimento psicológico a Psicologia do Trânsito é área de especialização profissional e de pesquisa reconhecida. Desenvolveu-se com foco inicial na avaliação psicológica de motoristas, em processo que envolve justificativas científicas, sociais e mercadológicas. Questões suscitadas pela complexidade crescente das condições nas quais as pessoas transitam geraram novas demandas a serem compreendidas e enfrentadas, nos campos da saúde, educação, cultura, relações sociais e segurança. Uma dessas questões diz respeito aos acidentes de trânsito, que envolvem condutores de veículos de todos os tipos, assim como adultos e crianças que sejam passageiros ou pedestres. Há evidências expressivas de que a prática de dirigir após ingestão de bebida alcoólica é fator associado a muitos acidentes, o que contribuiu para que tal problema fosse incorporado à agenda política brasileira. Desde 2003 o Estado do Espírito Santo realiza um conjunto de ações fiscalizadoras e educativas com objetivo de coibir tal prática, com foco em motoristas jovens. O presente trabalho buscou conhecer e analisar o contexto de realizações e dificuldades em que essas ações estatais se desenvolveram, de acordo com a percepção de entrevistados a elas relacionados. São eles: formuladores do programa de ação, executores das ações (policiais militares, técnicos do Detran-ES, e um delegado); e motoristas jovens. Foram entrevistados vinte e cinco policiais militares e dez técnicos do Detran-ES que atuam no programa, sessenta motoristas com idade máxima de trinta anos, três gestores que participaram da formulação das ações, e um delegado de polícia. Os resultados foram organizados e interpretados a partir de análise de conteúdo, exceto as narrativas dos policiais militares, para as quais foi utilizado software de análise textual Alceste. Os resultados mostraram que policiais, educadores e motoristas percebem os resultados das ações, assim como as dificuldades enfrentadas, a partir de perspectivas distintas. Policiais criticaram aspectos operacionais na fiscalização e falhas na legislação. Educadores criticaram as condições de trabalho e o fato de suas ações serem pouco prestigiadas. Jovens motoristas apontaram exigência excessiva da legislação, fatores atuantes que deveriam ter sido considerados, e forneceram poucos indícios de compreensão de estar em jogo um contexto no qual a relação entre interesse público e privado é aspecto essencial. Há conformidade de tal quadro com o tipo de inserção de cada um desses grupos na questão, mas ainda assim foram promissoras as muitas convergências. Houve concordância a respeito da proposta ser bem aceita pela população. Ficou evidenciado que todos admitem ser irresponsabilidade dirigir alcoolizado e compreendem os riscos envolvidos. Participantes dos três grupos mencionaram ocorrências positivas em termos de redução de danos. Palavras-chave: acidente de trânsito; blitz; educação para o trânsito; avaliação psicológica de motorista; programa madrugada viva.