Participação rizomática: um modo de participação social no Sistema Único de Saúde
Made available in DSpace on 2016-08-30T10:50:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_5376_.pdf: 1592685 bytes, checksum: 47da4103fbb0e13096cbb736f88ba345 (MD5) Previous issue date: 2012-02-16 === A participação social no Sistema Único de Saúde (SUS) foi consolidada pela lei 8.142/90, que estabelece...
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Universidade Federal do Espírito Santo
2016
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ndltd-IBICT-oai-dspace2.ufes.br-10-54722019-01-21T18:28:48Z Participação rizomática: um modo de participação social no Sistema Único de Saúde QUINTANILHA, B. C. GUIZARDI, F. L. SODRE, F. ARAUJO, M. D. Made available in DSpace on 2016-08-30T10:50:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_5376_.pdf: 1592685 bytes, checksum: 47da4103fbb0e13096cbb736f88ba345 (MD5) Previous issue date: 2012-02-16 A participação social no Sistema Único de Saúde (SUS) foi consolidada pela lei 8.142/90, que estabelece os Conselhos e as Conferências de Saúde como espaços institucionalizados para sua efetivação. Com esta lei afirma-se que a interferência do usuário no SUS é fundamental para sua construção. Porém, percebem-se outras formas de manifestação da participação; como quando os usuários reclamam dos serviços, participam da solução dos problemas ou oferecem sugestões. Pode-se afirmar que estas formas de participação são movimentos de resistência. Resistir é criar, inventar, produzir novos modos de existência, novas normas para a vida. Dessa forma, esses movimentos engendram processos de ruptura no modo préestabelecido de organização e questionam as relações estabelecidas nos serviços. A resistência, assim como descrita por Foucault, é uma das formas que a população encontra para participar e interferir nos serviços de saúde. Esses modos de participação foram denominas nesta dissertação de Participação Rizomática. A partir disso, propusemo-nos a mapear as formas nas quais esta emerge no cotidiano de Unidades de Saúde. O cenário eleito para a realização da pesquisa foram as seis Unidades que compõem a Região de Maruípe, no município de Vitória-ES. Para tanto, foi utilizada a abordagem qualitativa. Para que se pudessem acompanhar os movimentos de Participação Rizomática, adotou-se a postura cartográfica. Esta se relaciona com a postura política que se assume perante os encontros, com a forma como se estabelecem as relações e como se entende o exercício das as relações de poder. Os movimentos captados foram registrados no diário de ocorrências e a análise desses se fez utilizando a Análise de Implicação. A análise da implicação pressupõe evidenciar os jogos de interesse e poder encontrados no campo da pesquisa. Os movimentos captados no cotidiano das Unidades pesquisadas foram percebidos como fazendo parte de três tipos de analisadores: os Ditos, os Não ditos e os Mal ditos. Destes, os Ditos correspondem aos movimentos de Participação Rizomática. Percebe-se que esses movimentos causam incômodos, pois forçam os profissionais de saúde a lidarem com o imprevisível e com os afetos. Na verdade, este talvez seja o grande nó do SUS: não saber lidar com os afetos e com aquilo que afeta. Compreendemos que os movimentos de Participação Rizomática devem ser entendidos como pontos de análise ao que está ocorrendo nos serviços de saúde, o que possibilita repensar as práticas instituídas no sistema de saúde 2016-08-30T10:50:11Z 2016-07-11 2016-08-30T10:50:11Z 2012-02-16 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis QUINTANILHA, B. C., Participação rizomática: um modo de participação social no Sistema Único de Saúde http://repositorio.ufes.br/handle/10/5472 info:eu-repo/semantics/openAccess text Universidade Federal do Espírito Santo Mestrado em Saúde Coletiva Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva UFES BR reponame:Repositório Institucional da UFES instname:Universidade Federal do Espírito Santo instacron:UFES |
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8.142/90, que estabelece os Conselhos e as Conferências de Saúde como espaços
institucionalizados para sua efetivação. Com esta lei afirma-se que a interferência do
usuário no SUS é fundamental para sua construção. Porém, percebem-se outras
formas de manifestação da participação; como quando os usuários reclamam dos
serviços, participam da solução dos problemas ou oferecem sugestões. Pode-se
afirmar que estas formas de participação são movimentos de resistência. Resistir é
criar, inventar, produzir novos modos de existência, novas normas para a vida.
Dessa forma, esses movimentos engendram processos de ruptura no modo préestabelecido
de organização e questionam as relações estabelecidas nos serviços.
A resistência, assim como descrita por Foucault, é uma das formas que a população
encontra para participar e interferir nos serviços de saúde. Esses modos de
participação foram denominas nesta dissertação de Participação Rizomática. A partir
disso, propusemo-nos a mapear as formas nas quais esta emerge no cotidiano de
Unidades de Saúde. O cenário eleito para a realização da pesquisa foram as seis
Unidades que compõem a Região de Maruípe, no município de Vitória-ES. Para
tanto, foi utilizada a abordagem qualitativa. Para que se pudessem acompanhar os
movimentos de Participação Rizomática, adotou-se a postura cartográfica. Esta se
relaciona com a postura política que se assume perante os encontros, com a forma
como se estabelecem as relações e como se entende o exercício das as relações de
poder. Os movimentos captados foram registrados no diário de ocorrências e a
análise desses se fez utilizando a Análise de Implicação. A análise da implicação
pressupõe evidenciar os jogos de interesse e poder encontrados no campo da
pesquisa. Os movimentos captados no cotidiano das Unidades pesquisadas foram
percebidos como fazendo parte de três tipos de analisadores: os Ditos, os Não ditos
e os Mal ditos. Destes, os Ditos correspondem aos movimentos de Participação
Rizomática. Percebe-se que esses movimentos causam incômodos, pois forçam os
profissionais de saúde a lidarem com o imprevisível e com os afetos. Na verdade,
este talvez seja o grande nó do SUS: não saber lidar com os afetos e com aquilo
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