AVALIAÇÃO DOS PORTADORES ASSINTOMÁTICOS DE DNA DE PLASMODIUM SP EM ÁREA ENDÊMICA DE MALÁRIA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

Made available in DSpace on 2018-08-01T21:35:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11601_Ata Defesa Filomena Alencar.pdf: 367178 bytes, checksum: 98d9dbf57524895e8047d690e2c631b2 (MD5) Previous issue date: 2017-12-11 === O comportamento da malária residual na região extra-amazônica difere daquele d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: ALENCAR, F. E. C.
Other Authors: MACIEL, E. L. N.
Format: Others
Published: Universidade Federal do Espírito Santo 2018
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufes.br/handle/10/7167
Description
Summary:Made available in DSpace on 2018-08-01T21:35:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_11601_Ata Defesa Filomena Alencar.pdf: 367178 bytes, checksum: 98d9dbf57524895e8047d690e2c631b2 (MD5) Previous issue date: 2017-12-11 === O comportamento da malária residual na região extra-amazônica difere daquele da região Amazônica, não apenas pelo reduzido número de casos registrados, mas também pela dispersão dos casos em área geográfica dentro do bioma de Mata Atlântica. Compreender o papel do portador assintomático de DNA de Plasmodium na cadeia de transmissão nessas áreas é importante para o aperfeiçoamento das políticas de eliminação e controle da endemia. Duas coortes foram conduzidas na região montanhosa do Espírito Santo. Uma para avaliar a persistência de positividade de DNA de Plasmodium em indivíduos detectados em estudo anterior e outra para calcular a incidência de DNA de Plasmodium entre moradores na vizinhança de um caso detectado. Na primeira, dos 48 portadores detectados num estudo realizado entre 2001 e 2004, 37 foram localizados e reavaliados entre 2010 e 2011, em três coletas com intervalo de três meses entre elas. Apenas dois moradores tiveram resultados de PCR positivos, revelando Plasmodium malariae como no primeiro inquérito. Na segunda coorte, após a notificação do primeiro caso de malária em 2010, os habitantes vivendo em um raio de 2 km em torno de sua casa, convidados a participar de um estudo de acompanhamento, responderam um questionário e forneceram amostras de sangue para PCR e gotas espessas e esfregaços, inicialmente e a cada visita de seguimento, em intervalos de três meses, durante 21 meses. Noventa e duas pessoas foram incluídas para acompanhamento. Na primeira coleta, todos eles eram assintomáticos. Um indivíduo foi positivo para Plasmodium vivax, um para Plasmodium malariae e um para P. vivax e P. malariae, correspondendo a uma prevalência de 3,3% (2,2% para cada espécie). Durante o seguimento, foram registrados quatro novos casos positivos na PCR (dois para cada espécie), correspondendo a uma incidência de 2,5 infecções/100 pessoas-ano ou 1,25 infecções/100 pessoas-ano para cada espécie. A análise com um modelo matemático de transmissão, utilizando uma baixa frequência de portadores humanos e a densidade vetorial na região, calculada com base em estudos anteriores na mesma localidade, cujos resultados foram submetidos a uma regressão linear, sugere que a cadeia de transmissão provavelmente não se baseia unicamente em portadores humanos, independentemente de serem sintomáticos ou não. Os achados da primeira coorte sugerem que moradores não tratados desta região extra-Amazônica inicialmente positivos para DNA de Plasmodium podem tornar-se negativos sem desenvolver sintomas aparentes da doença. Embora a possibilidade de reinfecção não possa ser descartada, a positividade para P. malariae em dois indivíduos, na primeira e na segunda pesquisas, pode ser compatível com estado de portador desta espécie em longo prazo. Sendo a maioria dos casos sintomáticos de malária na área decorrente de infecção por P. vivax, o impacto epidemiológico desse carreamento de P.malariae seria limitado. A baixa incidência de casos e a baixa frequência de portadores de malária assintomáticos tornam improvável que a cadeia de transmissão na região seja baseada unicamente em hospedeiros humanos, pois os casos são isolados uns dos outros por centenas de quilômetros e frequentemente por longos períodos de tempo, reforçando a hipótese de transmissão zoonótica.