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Previous issue date: 2012-04-03 === CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === O objetivo desta pesquisa é compreender o papel do epistolário latino do
humanista português Damião de Góis na construção de seu prestígio social e no
fortalecimento de sua autorrepresentação para o futuro.
No primeiro capítulo, procuro situar Góis no contexto de sua atuação
diplomática a serviço de d. João III, momento que precedeu sua decisão de voltar-se aos
estudos humanistas de forma prioritária. Também tento reconstruir a genealogia de seus
primeiros contatos com humanistas como Cornelius Grapheus, seu tutor de latim, e as
fórmulas que foram importantes para sua posterior atividade epistolar. Concluo o
capítulo com a descrição e análise da Brevíssima arte de escrever cartas, de Erasmo -
possivelmente lida por Góis - observando as regras do gênero.
No segundo capítulo, observo a atuação de Góis nos círculos eruditos da
República das Letras. Relaciono a questão da República das Letras à prevalência da
retórica nos escritos de diversos personagens ligados direta e indiretamente a Góis,
tentando traçar a rede de contatos dele por meio do estudo das cartas. O pano de fundo
dessas relações é a querela ciceroniana, uma das mais importantes querelas literárias do
século, em capítulo aberto por Erasmo com a publicação do diálogo Ciceronianus, e,
ainda, as polêmicas religiosas em torno às tentativas do cardeal Jacopo Sadoleto de
reaproximar Melanchton dos católicos. Ensaio uma interpretação para as posições de
Góis em relação a essas circunstâncias, procurando refletir se elas teriam impactado em
sua produção de cartas.
No terceiro capítulo, discuto os temas das cartas latinas divididos segundo os
tópicos sugeridos por Grafton. Assim, considero a formação de amizades e de
inimizades por meio das cartas como formas de criar vínculos essenciais na República
das Letras. Também descrevo as tentativas de Góis de construir seu prestígio canônico
entre os humanistas por meio da edição das obras completas de Erasmo após sua morte.
Por fim, discuto as diversas cartas voltadas à divulgação dos textos escritos por Góis e a
coletânea de suas correspondências mais ilustres que fez publicar em 1544. Tento, com
isso, sincronizar as missivas pertinentes e a obra epistolar que produziu no sentido da
conservação de sua memória. === This research aims at understanding the epistolary written by the Portuguese
humanist Damião de Góis in the construction of his social prestige and selfrepresentation
for the future.
In the first chapter, I try to place Góis in the context of his diplomatic activities
under the service of king d. João III, moment in which he decided to initiate a
humanistic carreer. I also try to reconstruct the genealogy of his first contacts with
humanists like Grapheus Cornelius, his tutor in Latin, and formulas that were important
to his later epistolary activity. I conclude this chapter with a description and analysis of
the Brief art of letter writing, by Erasmus - possibly read by Gois - observing the rules
of the genre.
In the second chapter, the actions taken by Góis in his relationship with the
Republic of Letters are studied. I Relate the question of the Republic of Letters to the
prevalence of the rhetoric in the writings of several characters connected directly and
indirectly to Gois, trying to trace this network through the study of letters. The
background of these relations is the Ciceronian quarrel, one of the most important
literary quarrels of the century in chapter started with the publication by Erasmus of a
dialogue named Ciceronianus, and also the religious controversy surrounding the
attempts of Cardinal Jacopo Sadoleto reconnect Melanchthon to the Catholics. I analyse
Gois’ positions in relation to these circumstances, trying to say whether they would
have impacted on his production of letters.
In the third chapter, I discuss the themes of Latin letters divided according to
some topics concerning the problem of self-representation and search for the canon and
prestige. Thus, I consider the formation of friendships and enmities through the letters
as essential forms of bonding in the Republic of Letters. I also describe his attempts
regarding the making of his reputation among humanists by editing the complete works
of Erasmus after his death. Finally, I discuss the various letters focused on the
dissemination of texts written by Gois and the publication of a collection of his most
distinguished correspondence in 1544. I try to thereby synchronize the relevant letters
and this letter-writing project that was produced towards the preservation of his own
memory.
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