Paul Harro-Harring: visualidade melancólica da escravidão no Rio de Janeiro - 1840

Made available in DSpace on 2016-04-27T19:30:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rafael Gonzaga de Macedo.pdf: 3194045 bytes, checksum: 194da81c2fb39b2567c36755e9f3764b (MD5) Previous issue date: 2014-02-25 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === This dissertation had as...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Macedo, Rafael Gonzaga de
Other Authors: Antonacci, Maria Antonieta Martinez
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
Subjects:
Online Access:https://tede2.pucsp.br/handle/handle/12820
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-04-27T19:30:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rafael Gonzaga de Macedo.pdf: 3194045 bytes, checksum: 194da81c2fb39b2567c36755e9f3764b (MD5) Previous issue date: 2014-02-25 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === This dissertation had as its aim to build a visual history from the images produced by the Teutonic Danish traveler Paul Harro-Harring, who came to Brazil in 1840. Through a series of drawings and watercolor paintings, this traveler and artist portrayed landscapes and scenes from slave-related daily life in Rio de Janeiro. Our research treated such images as a visual source to a certain manner of producing and assigning meaning to the world, building our interpretation and interaction with its images in the core of a historiography tradition named Visual Studies. Visual Studies carry in their theoric outline the term visuality , which refers to the way a certain look will perceive and attribute meaning to the visible. Thus, the Visual Studies address on culture and the visual dimension in every kind of cultural production in a determined historical-cultural context. From these references, it was aimed to establish a relation between the landscape and nature conceptions in the romantic painting with the Rio de Janeiro‟s scenery created by the artist. There was a description and interpretation of images that pictured slave trade scenes and the cultural relationships between the slaves among themselves and with their landlords. To do such a study, it was considered not only the imaginary and the cultural background of the artist, but also the tension of the experience lived by him in 1840‟s Rio de Janeiro. It is concluded that his perception of the world, his political and philosophical conceptions on culture notions, nation and men and also the concrete conditions of the slaves‟ existence feeded his perception and constellated the visuality present in his images === Esta dissertação teve por objetivo construir uma história visual a partir de imagens produzidas pelo viajante teuto-dinamarquês Paul Harro-Harring, que veio ao Brasil em 1840. Por meio de uma série de desenhos e aquarelas esse viajante e artista retratou paisagens e cenas do cotidiano escravagista no Rio de Janeiro. Nossa pesquisa tratou essas imagens como fonte visual para uma dada maneira de produzir e atribuir sentido ao mundo e as diferenças culturais, construindo nossa interpretação e interação com suas imagens no interior de uma tradição historiográfica denominada Estudos Visuais. Os Estudos Visuais carregam, em seu arcabouço teórico, o termo visualidade que se refere à maneira como um determinado olhar vai perceber e atribuir significado ao visível e ao sensível. Assim, os Estudos Visuais, debruçam-se sobre as culturas e a dimensão visual contida em todos os tipos de produções culturais em um determinado contexto histórico-cultural. A partir dessas referências buscou-se estabelecer a relação entre as concepções de paisagem e natureza, no espírito da pintura romântica, com as paisagens do Rio de Janeiro elaboradas pelo artista. Foram descritas e interpretadas as imagens que retratavam cenas do tráfico negreiro e das relações culturais dos escravizados entre si e com os senhores. Para tanto, considerou-se, para além do imaginário e bagagem cultural do artista, a tensão das experiências por ele vividas naquele Rio de Janeiro de 1840. Conclui-se que a sua visão de mundo, suas concepções políticas e filosóficas acerca de noções de cultura, nação e homens, bem como as condições concretas de existência dos escravizados, nutriram o seu olhar e constelaram a visualidade presente em suas imagens