A reprodução da violência doméstica e suas interfaces com a lógica da dominação

• Main Author: Melatti, Kelly Rodrigues
• Other Authors: Martinelli, Maria Lúcia
• Format: Others
• Language: Portuguese
• Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016
• Subjects: Violência doméstica; Dominação; Cotidiano; Ética; Domestic assault; Domination; Quotidian; Ethic; CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::SERVICO SOCIAL
• Online Access: https://tede2.pucsp.br/handle/handle/17504

Made available in DSpace on 2016-04-29T14:15:59Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Kelly Rodrigues Melatti.pdf: 468105 bytes, checksum: 69f032076cccea0426e4d776bdeb07a2 (MD5) Previous issue date: 2011-05-10 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === This current essay presents a systematization of our studies and researches about the reproduction of domestic violence perpetrated by mothers, from popular sections, against their children and the interfaces of this question with the logic of domination. Focusing efforts in the attempt to identify the reasons that lead mothers, in the condition of caretakers, to commit violence against their children., based in yours narratives and memories, permeated by the meanings that they attributed to their own experiences, they contributed to the qualitative analysis of the this research. The categories identified by the transcriptions pointed out the specificity of the social class in the context of domestic assault reproduction, the logic of capitalism reproduction and the patriarch thought schemes were emphasized as a remarkable characteristic in the context of these women s life. Beginning with the presuppose that the reproduction of the domestic assault has a function in the production and in the reproduction of the capitalism productive way, in the ideology of maintenance and ratification of the dominant class interests, we identify that the violence is part of the capitalist society structure, a expression of the social matter and assaults, in a ethic disrespect, all social beings that, reduced to the condition of objects in their relationships, reproduce the violence immediately and superficially in the quotidian. In this way, there is a stress to the need of mediation that promotes general reflection in our society in the pursuit of acknowledge the individual as a social being, free for their own choices === A presente dissertação apresenta uma sistematização de nossos estudos e pesquisa sobre a reprodução da violência doméstica perpetrada por mães, de segmentos populares, contra seus filhos e as interfaces dessa questão com a lógica da dominação. Centra esforços no sentido de identificar os motivos que levam mães, na condição de cuidadoras, a cometerem violência contra seus filhos. Adotando a metodologia de história oral, a pesquisa de campo realizou-se com duas mães que foram notificadas como autoras da agressão física contra seus filhos e que puderam, a partir de suas narrativas e memórias, permeadas pelos significados que elas atribuíam às suas vivências, colaborar com a análise qualitativa da pesquisa em questão. As categorias identificadas a partir das transcrições destacaram a especificidade da classe social no contexto da reprodução da violência doméstica, ressaltaram a reprodução da lógica capitalista e dos esquemas patriarcais de pensamento como características marcantes no contexto de vida dessas mulheres. Partindo do pressuposto de que a reprodução da violência doméstica possui uma função na produção e na reprodução do modo de produção capitalista, numa ideologia de manutenção e cristalização de interesses da classe dominante, identificamos que a violência é estruturante da sociedade capitalista, é expressão da questão social e acomete, num desrespeito ético, todos os sujeitos sociais que, reduzidos à condição de objeto em suas relações, reproduzem a violência no imediatismo e superficialidade do cotidiano. Dessa forma, há um destaque para a necessidade de mediações que promovam reflexões coletivas em nossa sociedade na busca do reconhecimento dos indivíduos como sujeitos sociais, livres para suas escolhas