Summary: | Submitted by Filipe dos Santos (fsantos@pucsp.br) on 2017-09-29T12:34:40Z
No. of bitstreams: 1
Tobias A. Rosa Faria.pdf: 674601 bytes, checksum: 1bdb0f1a1125c4b712c5d86fa192f93a (MD5) === Made available in DSpace on 2017-09-29T12:34:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Tobias A. Rosa Faria.pdf: 674601 bytes, checksum: 1bdb0f1a1125c4b712c5d86fa192f93a (MD5)
Previous issue date: 2017-09-12 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES === The philosopher Charles S. Peirce argues that chance is an objective principle, that is, it possesses reality. The necessitarians, however, are opposed to this, since they believe everything happens because of necessity. In defense of their position, they defend that necessitarianism is a postulate of scientific reasoning, an idea that Peirce refutes by questioning the very notion of postulate in sciences, in which discoveries occur through abduction, deduction and induction, not only through the second inference. Peirce, however, does not deny the reality of the law. On the contrary, he gives it the status of a cosmological principle, in the form of habit acquisition, still active, as well as the principle of chance, which has the same status. Furthermore, Peirce's criticism does not leave the a priori reasons which the necessitarians resort to unscathed, since he rejects them in the light of John Stuart Mill, though he opposes the justification of induction and the denial of universals presented by Mill. Then, once the arguments defended by the necessitarians have been questioned, Peirce can present his own positive reasons for the reality of chance. These reasons, unlike those defended by the necessitarians, are eminently phenomenological, so they cannot be considered a priori reasons. Chance, in addition, interweaves with the efficient cause and with the final cause, which configures a conception of causation opened to the novelty and spontaneity that only it can confer. Chance is also the genesis of variety, which is attested by phenomenology, though necessitarians projects try to deny it or preserve it without any growth. Peirce evidently refutes them, as he does, in particular, to philosophies for which chance is merely a measure of human ignorance of the causes of a given phenomenon and, in general, to philosophies, even those ones that are not necessitarians, which do not recognize in the idea of chance the metaphysical principle that it is === O acaso, sustenta o filósofo Charles S. Peirce, é um princípio objetivo, isto é, goza de realidade. A isso opõem-se os necessitaristas, aqueles para os quais tudo se dá por necessidade. Em defesa de sua posição, sustentam que o necessitarismo é um postulado do raciocínio científico, argumento que Peirce rebate questionando a própria noção de postulado em ciências de fato, nas quais descobertas ocorrem por meio de abdução, dedução e indução, não apenas por meio da segunda inferência. Peirce, entretanto, não nega a realidade da lei. Pelo contrário, confere a ela o estatuto de princípio cosmológico, na forma de aquisição de hábitos, ainda atuante, assim como o princípio do acaso, que tem mesmo estatuto. Tampouco as razões a priori a que recorrem os necessitaristas passam incólumes pela crítica de Peirce, que as rejeita na esteira de John Stuart Mill, muito embora dele se oponha quanto à fundamentação da indução e à realidade dos universais. Assim atacados os argumentos necessitaristas, Peirce pode apresentar suas próprias razões positivas a favor da realidade do acaso. Estas, ao contrário daqueles, são eminentemente fenomenológicas, de modo que não cabe considerá-las a priori. O acaso, ademais, entretece-se com a causa eficiente e com a causa final, o que configura uma concepção de causação aberta à novidade e à espontaneidade que apenas ele pode conferir. O acaso também é gênese da variedade, da qual presta contas a fenomenologia, em que pesem os projetos necessitaristas de negá-la ou conservá-la sem crescimento algum. Peirce evidentemente os refuta, assim como faz, em particular, com as filosofias para as quais o acaso é mera medida da ignorância humana a respeito das causas que regem determinado fenômeno e, em geral, com as filosofias, mesmo não necessitaristas, que não reconhecem no acaso o princípio metafísico que é
|