Violência de gênero: uma etnografia no centro de referência de atendimento as mulheres no DF

Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-05-06T12:01:21Z No. of bitstreams: 1 61200849.pdf: 722274 bytes, checksum: b235d35ff99a337b88506bdc5c421dcb (MD5) === Made available in DSpace on 2015-05-06T12:01:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61200849.pdf: 722274...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dayrell, Vívian de Moura
Other Authors: Bizerril Neto, José
Language:Portuguese
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://repositorio.uniceub.br/handle/235/6537
Description
Summary:Submitted by Haia Cristina Rebouças de Almeida (haia.almeida@uniceub.br) on 2015-05-06T12:01:21Z No. of bitstreams: 1 61200849.pdf: 722274 bytes, checksum: b235d35ff99a337b88506bdc5c421dcb (MD5) === Made available in DSpace on 2015-05-06T12:01:21Z (GMT). No. of bitstreams: 1 61200849.pdf: 722274 bytes, checksum: b235d35ff99a337b88506bdc5c421dcb (MD5) === A presente dissertação trata-se de uma etnografia no Centro de Referência de Atendimento a Mulher (CRAM), um programa da Secretaria de Estado da Mulher (SEM/DF) do governo do Distrito Federal. O CRAM é um local que presta acolhimento e atendimento social, psicológico e orientação jurídica as mulheres. O trabalho de campo consistiu em examinar o cotidiano da unidade, o acompanhamento interdisciplinar ofertado às mulheres pela equipe multiprofissional e na realização de entrevistas abertas com as mulheres atendidas com o objetivo de analisar como as mulheres narram a própria história e como nomeiam/percebem o próprio sofrimento, verificar as estratégias de enfrentamento e superação da situação de violência relatada e examinar como as mulheres percebem o acompanhamento realizado no serviço. A interlocução entre as teorias feministas de gênero, a Teoria da Subjetividade e alguns autores de teoria antropológica para definir cultura, somados à pesquisa de campo e à experiência de trabalho interdisciplinar na unidade possibilitou o desenvolvimento de recomendações sobre como promover o atendimento as mulheres em serviços dessa natureza a partir do que tem sido bem sucedido na nossa atuação. A realização da pesquisa possibilitou uma reflexão sobre os problemas da formação clássica em psicologia, as especificidades de novas formas de atuação em serviços delineados pelas políticas públicas, oferecendo um atendimento numa abordagem psicossocial e de forma interdisciplinar. Há diversas circunstâncias de violência vivenciadas por diferentes mulheres, o acompanhamento deve atender as distintas necessidades das mulheres, além de estar articulado as diretrizes da Política Nacional de Enfrentamento a Violência contra as Mulheres. A violência impacta a saúde mental das mulheres; o desenvolvimento de recursos subjetivos para o enfrentamento das situações de violência de gênero depende da capacidade de gerar sentidos subjetivos que permitem se posicionar diante da situação e dar-lhe algum encaminhamento produtivo. Neste sentido, o trabalho no serviço pode ser pensado como um espaço para favorecer esta capacidade generativa da própria mulher. O atendimento multiprofissional e interdisciplinar fundamenta-se numa perspectiva de gênero e visa o fortalecimento da mulher atendida para a superação da situação de violência vivenciada.