Análise espacial e temporal da transmissão da dengue e caracterização do processo endêmico no município de São José do Rio Preto, SP.

Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 adriano mondini_dissert.pdf: 3033302 bytes, checksum: 9710dd822dc859570da326193bf341f4 (MD5) Previous issue date: 2005-12-03 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The use of spatial analysis...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Mondini, Adriano
Other Authors: Chiaravalloti Neto, Francisco
Format: Others
Language:Portuguese
Published: Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto 2016
Subjects:
Online Access:http://bdtd.famerp.br/handle/tede/225
Description
Summary:Made available in DSpace on 2016-01-26T12:51:52Z (GMT). No. of bitstreams: 1 adriano mondini_dissert.pdf: 3033302 bytes, checksum: 9710dd822dc859570da326193bf341f4 (MD5) Previous issue date: 2005-12-03 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === The use of spatial analysis tools is an important instrument to understanding dengue incidences in different areas of the municipality and providing important information for the risk stratification and the optimization of control and vigilance tools. This study aimed at performing a spatial and a temporal analysis on dengue transmission in a medium-sized city in the interior of the State of Sao Paulo, Brazil, covering the period from September 1994 to August 2002. Autochthonous cases with confirmation by laboratory tests were utilized. Population data on the city of Sao Jose do Rio Preto were obtained from the Brazilian Institute for Geography and Statistics and the municipal authorities. The cases were georeferenced according to street addresses and clustered according to the 432 census tracts in the municipality, thus resulting in thematic maps. The analysis of main components generated a factor which was used to divide the municipality in four distinct groups, according to socioeconomic level. Moran Index was calculated through multiple regressions of socioeconomic variables. Georeferencing, spatial analysis and the confection of maps were performed through ArcGis tools. A rising trend in annual incidence was noted, with a peak in 2000/2001. From 1990 to 1994 the length of the transmission period reached a maximum of five months per year. This period increased in length over subsequent years. In the final year investigated, transmission occurred in all twelve months, without interruptions. In the period of study 94-95, the socioeconomic component was relevant in dengue incidences. The risk of getting infected in class-4 sites was 2,7 times bigger than in class-1 areas in this period. Not only socioeconomic variables were responsible for dengue incidences in the municipality, but also demographic and environmental characteristics. The endemic pattern of the transmission and the differentiated occurrence according to areas need to be taken into account when developing strategies for dengue control. It is important to stand out that spatial patterns are very important in the risk of dengue transmission. However, several variables are intimately linked with the modulation of disease dynamics, such as circulating serotypes in the municipality and the immunity level of resident population, socioeconomic factors, mosquito infestation, among others, demonstrating that dengue incidences cannot be interpreted in an unilateral form, but contemplated in an holistic way. === O uso de ferramentas de análise espacial é um importante instrumento para o entendimento do comportamento das incidências de dengue em diferentes áreas que compõem o município, além de fornecer subsídios importantes para a estratificação do risco e otimização das medidas de vigilância e controle. O principal objetivo do estudo é a análise espacial e temporal da transmissão de dengue em São José do Rio Preto, SP, entre setembro de 1994 e agosto de 2002. Foram agrupados em um banco de dados 14.431 casos autóctones da área urbana confirmados laboratorialmente, juntamente com dados populacionais e vetoriais da Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e da Prefeitura Municipal. Os coeficientes de incidências foram calculados considerando-se períodos entre setembro de um ano a agosto do ano seguinte. Os meses de setembro e agosto foram escolhidos por apresentarem menores valores de incidência em relação aos demais meses do ano e possibilitarem uma boa representação da sazonalidade da doença. Os casos foram geocodificados a partir do eixo de logradouros e agrupados segundo os 432 setores censitários do município o que permitiu a produção de mapas temáticos. A análise de componentes principais gerou um fator utilizado para dividir o município em quatro agrupamentos distintos segundo nível socioeconômico. O índice de Moran foi calculado utilizando-se regressões múltiplas de variáveis socioeconômicas. O georreferenciamento, a análise espacial e a confecção de mapas foram realizados através de ferramentas do programa ArcGis. Com a análise das séries históricas notou-se um aumento progressivo das incidências anuais com pico em 2000/2001. Entre 1990 e 1994 a duração da transmissão atingiu, no máximo, 5 meses em cada período, com aumento nos anos seguintes. No último período, ocorreu nos doze meses, sem interrupção. No período de 94/95, a componente sócio-econômica foi relevante nas incidências de dengue em diversos setores censitários do município. Neste período, o risco de adoecer nos locais de classe 4 foi aproximadamente 2,7 vezes maior do que naqueles de classe 1. Não apenas variáveis socioeconômicas foram responsáveis pelas incidências de dengue no município, mas também características demográficas e ambientais. A característica endêmica da transmissão e a ocorrência diferenciada segundo áreas devem ser levadas em conta na estruturação de estratégias para o controle de dengue e na otimização de recursos. É importante ressaltar que padrões espaciais são muito importantes no risco de transmissão de dengue. No entanto, diversas outras variáveis estão intimamente relacionadas com a modulação da dinâmica da doença, dentre elas, os sorotipos circulantes no município e o grau de imunidade da população em relação a eles, os fatores socioeconômicos, a infestação pelo vetor, dentre outros, demonstrando que as incidências de dengue não podem ser interpretadas de forma unilateral e, sim, contempladas de maneira holística.