A variabilidade da freqüência cardíaca materna, no anteparto de gestantes com pré-eclâmpsia e em gestantes normotensas, e a sua correlação com os desfechos maternos e perinatais

Introdução: A pré-eclâmpsia (PE) está associada a complicações materno-fetais e pode estar acompanhada de redução da modulação autonômica cardíaca. A Variabilidade da Freqüência cardíaca (VFC) é uma ferramenta não invasiva que permite avaliar a modulação autonômica durante a gestação. Métodos: Este...

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Main Author: Carvalho, Regina Coeli Marques de
Other Authors: Ribeiro, Jorge Pinto
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/69643
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spelling ndltd-IBICT-oai-lume.ufrgs.br-10183-696432018-10-21T17:00:46Z A variabilidade da freqüência cardíaca materna, no anteparto de gestantes com pré-eclâmpsia e em gestantes normotensas, e a sua correlação com os desfechos maternos e perinatais Carvalho, Regina Coeli Marques de Ribeiro, Jorge Pinto Moraes Filho, Ruy Silveira Frequência cardíaca Gestantes Pré-eclâmpsia Introdução: A pré-eclâmpsia (PE) está associada a complicações materno-fetais e pode estar acompanhada de redução da modulação autonômica cardíaca. A Variabilidade da Freqüência cardíaca (VFC) é uma ferramenta não invasiva que permite avaliar a modulação autonômica durante a gestação. Métodos: Este estudo transversal prospectivo avaliou a VFC de 17 gestantes com PE e 19 gestantes saudáveis, no pré-parto, através da média dos intervalos RR, do desvio padrão dos intervalos RR (SDNN), da raiz quadrada da média das diferenças sucessivas entre intervalos RR (RMSSD), dos componentes espectrais de baixa (LF) e alta freqüência (HF) e da relação LF/HF, e a sua associação com desfechos materno-fetais. Resultados: As mulheres com PE, em comparação às saudáveis, apresentaram maior pressão arterial sistólica (164,71 mm Hg vs. 104,74 mmHg, P<.001) e diastólica (109,41 mmHg vs. 67,89 mmHg, P<.001) e maior internamento em unidade de terapia intensiva. Ao nascer, os recém-nascidos de mães com PE apresentaram menor peso (2422,82 g vs 2937,89 g, p <0,05) e idade gestacional, avaliada pelo método de Capurro (37 semanas vs 39 semanas, p <0,05) e de mais internamentos em Unidade de Cuidados Intensivos Neonatal (UTIN ). Após transformação logarítmica, as gestantes com PE, comparadas às saudáveis, apresentaram redução do lnSDNN (25,93 ms VS 41,72 ms, P<,05) e do lnRMSSD (13,25 ms VS 24,76 ms, P<0,05). O lnSDNN apresentou correlação inversa com as pressões arterial sistólica (r-0,36 P<.029) e diastólica (r-0,36 P=.028). O lnSDNN, o lnRMSSD e HF apresentaram correlação direta com a idade gestacional avaliada pelo Método de Capurro (respectivamente; r 0,38 P<.021; r 0,39 P<.016; r 0,34; P<,042 ). Conclusão: As gestantes com PE têm menor modulação autonômica avaliada pela VFC, em comparação, com as mulheres grávidas normotensos. Esta redução está associada ao aumento da pressão arterial materna, a menor idade gestacional estimada, no momento da admissão, e pelas características somáticas e morfológicas, pelo Método de Capurro. 2013-03-22T01:39:17Z 2012 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/10183/69643 000874170 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS
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