Summary: | A copresença corresponde ao conjunto de pessoas que compartilham um espaço comum - não necessariamente interagindo entre si - e o seu estudo procura entender como o espaço que as permeia interfere na maneira como elas se movem, param, encontram outras pessoas e tem seu comportamento regulado pela presença de outros. O objetivo geral desta pesquisa foi, portanto, explicar os padrões da copresença em ruas a partir de seus atributos espaciais, buscando, especificamente, identificá-los e hierarquizá-los. Para isso, o fenômeno foi abordado a partir da análise dos padrões espaciais estabelecidos em segmentos de rua de loteamentos residenciais dispersos de cidades médias brasileiras, fazendo uso da análise configuracional da forma urbana – especificamente sintaxe espacial – e das diferenciações espaciais promovidas pelas atividades urbanas e pela permeabilidade física e visual entre espaços públicos e privados. Tinha-se como questão de pesquisa: quais as características espaciais influentes para a copresença em espaços públicos de loteamentos residenciais dispersos? A hipótese era que a copresença, nesse contexto sócio-espacial, seria influenciada, sobretudo, pelos atributos morfológicos configuracionais, os quais informam os potenciais de encontro social no sistema espacial da cidade Foram analisados dois loteamentos residenciais dispersos na cidade de Santa Maria (RS), com características espaciais diferenciadas e padrões de copresença próprios. A metodologia utilizada teve enfoque quantitativo, sendo utilizados modelos de regressão linear generalizados (MLGs) para inferência das relações entre as variáveis independentes e cada variável dependente, no caso, a copresença categorizada em pedestres parados e em movimento, em dias típicos (terças, quartas e quintasfeiras) e atípicos (domingos). Os atributos morfológicos configuracionais tiveram significância estatística para quase todos os modelos de regressão, validando a hipótese para o loteamento 1. No loteamento 2, a copresença foi melhor explicada pelas atividades urbanas. Os resultados referentes à permeabilidade física e visual mostraram-se inconclusivos em ambas as áreas de estudo. === Co-presence corresponds to the group of people who share a common space - not necessarily interacting with each other - and its study aims to understand how the space that permeates them interferes in the way they move, stop, find other people and have their behavior regulated by the presence of others. The main objective of this research was therefore to explain the patterns of copresence in streets from their spatial attributes, specifically seeking to identify them and to hierarchize them. The approach of the phenomenon was quantitative and based on the analysis of spatial patterns established in street segments of dispersed residential neighborhoods of Brazilian medium-sized cities, making use of configurational analysis of urban form - specifically space syntax - and spatial differentiation generated by urban activities and by physical and visual permeability between public and private spaces. The research question was: which spatial characteristics influence co-presence in public spaces of dispersed residential neighborhoods? The hypothesis was that co-presence would be influenced mainly by the configurational morphological attributes, which inform the potential of social encounter in the city's spatial system Two dispersed residential neighborhoods with different spatial characteristics and unique co-presence patterns were analyzed in Santa Maria city (RS). The methodology used generalized linear models (GLMs) to infer relations between the independent variables and each dependent variable: in this case, the co-presence categories of stationary and moving pedestrians on typical days (Tuesdays, Wednesdays and Thursdays) and atypical days (Sundays). The configurational morphological attributes had statistical significance for almost all regression models, validating the hypothesis for neighborhood 1. In neighborhood 2, co-presence was mainly explained by urban activities. The results regarding physical and visual permeability were inconclusive for both study areas.
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