Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem

Nesse trabalho, problematizamos as experimentações vividas com um Grupo de Dança Contemporânea, denominado de Ballet Contágio, configurado a partir de usuários de um CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Nesse sentido, traçamos uma nova vizinhança, em que a arte e também a imagem se tornam aliadas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Moehlecke, Vilene
Other Authors: Fonseca, Tania Mara Galli
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/39667
id ndltd-IBICT-oai-lume56.ufrgs.br-10183-39667
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Dança
Imagem
Subjetividade
Metodologia
Contagion ballet
Contemporary dance
Image
Clinic
Subjectivity
spellingShingle Dança
Imagem
Subjetividade
Metodologia
Contagion ballet
Contemporary dance
Image
Clinic
Subjectivity
Moehlecke, Vilene
Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
description Nesse trabalho, problematizamos as experimentações vividas com um Grupo de Dança Contemporânea, denominado de Ballet Contágio, configurado a partir de usuários de um CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Nesse sentido, traçamos uma nova vizinhança, em que a arte e também a imagem se tornam aliadas para a composição de um dispositivo tecnoestético. Em tal trama, a fotografia nos permite a passagem da imagem dançada no espaço como uma experiência estética e libertadora. Em um ballet envolvente, dentro e fora se misturam e promovem brechas na imagem dançante, no instante em que promovem uma nova textura entre um corpo que dança e a coexistência de novas formas e afecções. Desse modo, uma bailarina-psi investe em uma aposta compartilhada com uma coletividade, com o intuito de se deixar atravessar pelo desejo de estetizar o existir. Assim, no meio de um contorno e em seu contra-contorno, disparamos novas chances para a subjetivação e para a clínica, as quais operam com séries heterogêneas e dispostas a construir outras coreografias. Para compor a escrita da tese, dançamos em meio a uma gramática revolvida, permeada por conceitos e micro-acontecimentos. Cortamos o texto aos meios, para compormos pequenos fragmentos, que se transformam em girações, córeos, contágios ou vidas saltitantes. Em cada um deles, produzimos um re-começo, ou uma origem segunda, por meio de um verbante, isto é, uma espécie de verbo dançante, que tenta conectar palavra e estética. Em nosso método, buscamos as coreografias do entre, ao cartografarmos os encontros que nos fazem transformar antigas noções e produzir novos sentidos. Alteramos os modos de trabalhar com a loucura e com a pesquisa, ao propormos um olhar atravessado pela estética e pela tecnologia imagética. Portanto, lançamos a história de uma grudança e suas implicações à mais alta potência do vir a ser. Mapeamos as linhas de fuga e acompanhamos as expressões de um corpo coletivo que dança e se reinventa de um modo singular. De pacientes a bailarinos, saboreamos os efeitos dessa entrega, suportamos as dores e os silêncios, ao mesmo tempo em que fazemos girar as antigas lamentações e ressentimentos. Convidamos, pois, não só o CAPS e o SUS a dançar, mas também a imagem fotográfica, bem como a clínica e suas piruetas insólitas. Sustentamos, em tal experiência, a invenção de novas tecnologias, seja no cuidado em saúde ou nas linguagens expressivas, a fim de promover a disparação de uma clínica que insiste em desinstitucionalizar fazeres e em amar a própria destruição. === In this paper, we discuss the trials with an experienced group of Contemporary Dance, Ballet called Contagion, configured from users of a Psychosocial Attention Center - CAPS. In this sense, we draw a new neighborhood, where the art and also the image become allied to the composition of a technical aesthetic device. In this plot, the picture allows us to cross the image danced in space as an aesthetic and liberating experience. In an involving ballet, inside and outside gaps mingle and promote the dancing image in the instant that promote a new texture between a dancing body and the coexistence of new forms and conditions. Thus, a ballerina-psi invests in a shared commitment to a community in order to let the desire to cross the aestheticize existing. Thus, in the midst of a contour and its counter-contour, we shoot new opportunities for subjectivity and for the clinic, which operate with heterogeneous series and willing to build other choreographies. To compose the writing of the thesis, we danced in the midst of an upturned grammar, permeated by concepts and micro-events. We cut out the text in the middle, to compose small fragments that become gyrations, coreos, disease or leaping lives. In each one of them, we produce a re-start, or a second home through a verbante, ie a kind of dancing verb, which tries to connect word and aesthetics. In our method, we seek the choreography in between, to chart the encounters that make us turn old notions and produce new meanings. We have changed ways of working with madness and with research, by proposing a crossed eye for aesthetics and technology imagery. Therefore, we launched the story of a groupdancing and its implications to the highest power of becoming. We have mapped the gettaways and followed the terms of a collective body that dances and reinvents itself in a unique way. From dancers to patients, we have tasted the effects of such surrender, we have tolerated pain and silence at the same time, we have turned the old resentments and regrets. We invite, therefore, not only the CAPS and SUS to dance, but also the photographic image as well as the clinic and its unusual twists. We maintain, in such an experiment, inventing new technologies, whether in health care or the expressive languages, in order to promote the shooting of a clinic that deinstitutionalize doings and insists on loving their own destruction.
author2 Fonseca, Tania Mara Galli
author_facet Fonseca, Tania Mara Galli
Moehlecke, Vilene
author Moehlecke, Vilene
author_sort Moehlecke, Vilene
title Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
title_short Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
title_full Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
title_fullStr Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
title_full_unstemmed Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
title_sort ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem
publishDate 2012
url http://hdl.handle.net/10183/39667
work_keys_str_mv AT moehleckevilene balletcontagiotecnologiasdaarteedaimagem
_version_ 1718750421495840768
spelling ndltd-IBICT-oai-lume56.ufrgs.br-10183-396672018-09-30T04:12:03Z Ballet contágio : tecnologias da arte e da imagem Moehlecke, Vilene Fonseca, Tania Mara Galli Biazus, Maria Cristina Villanova Dança Imagem Subjetividade Metodologia Contagion ballet Contemporary dance Image Clinic Subjectivity Nesse trabalho, problematizamos as experimentações vividas com um Grupo de Dança Contemporânea, denominado de Ballet Contágio, configurado a partir de usuários de um CAPS – Centro de Atenção Psicossocial. Nesse sentido, traçamos uma nova vizinhança, em que a arte e também a imagem se tornam aliadas para a composição de um dispositivo tecnoestético. Em tal trama, a fotografia nos permite a passagem da imagem dançada no espaço como uma experiência estética e libertadora. Em um ballet envolvente, dentro e fora se misturam e promovem brechas na imagem dançante, no instante em que promovem uma nova textura entre um corpo que dança e a coexistência de novas formas e afecções. Desse modo, uma bailarina-psi investe em uma aposta compartilhada com uma coletividade, com o intuito de se deixar atravessar pelo desejo de estetizar o existir. Assim, no meio de um contorno e em seu contra-contorno, disparamos novas chances para a subjetivação e para a clínica, as quais operam com séries heterogêneas e dispostas a construir outras coreografias. Para compor a escrita da tese, dançamos em meio a uma gramática revolvida, permeada por conceitos e micro-acontecimentos. Cortamos o texto aos meios, para compormos pequenos fragmentos, que se transformam em girações, córeos, contágios ou vidas saltitantes. Em cada um deles, produzimos um re-começo, ou uma origem segunda, por meio de um verbante, isto é, uma espécie de verbo dançante, que tenta conectar palavra e estética. Em nosso método, buscamos as coreografias do entre, ao cartografarmos os encontros que nos fazem transformar antigas noções e produzir novos sentidos. Alteramos os modos de trabalhar com a loucura e com a pesquisa, ao propormos um olhar atravessado pela estética e pela tecnologia imagética. Portanto, lançamos a história de uma grudança e suas implicações à mais alta potência do vir a ser. Mapeamos as linhas de fuga e acompanhamos as expressões de um corpo coletivo que dança e se reinventa de um modo singular. De pacientes a bailarinos, saboreamos os efeitos dessa entrega, suportamos as dores e os silêncios, ao mesmo tempo em que fazemos girar as antigas lamentações e ressentimentos. Convidamos, pois, não só o CAPS e o SUS a dançar, mas também a imagem fotográfica, bem como a clínica e suas piruetas insólitas. Sustentamos, em tal experiência, a invenção de novas tecnologias, seja no cuidado em saúde ou nas linguagens expressivas, a fim de promover a disparação de uma clínica que insiste em desinstitucionalizar fazeres e em amar a própria destruição. In this paper, we discuss the trials with an experienced group of Contemporary Dance, Ballet called Contagion, configured from users of a Psychosocial Attention Center - CAPS. In this sense, we draw a new neighborhood, where the art and also the image become allied to the composition of a technical aesthetic device. In this plot, the picture allows us to cross the image danced in space as an aesthetic and liberating experience. In an involving ballet, inside and outside gaps mingle and promote the dancing image in the instant that promote a new texture between a dancing body and the coexistence of new forms and conditions. Thus, a ballerina-psi invests in a shared commitment to a community in order to let the desire to cross the aestheticize existing. Thus, in the midst of a contour and its counter-contour, we shoot new opportunities for subjectivity and for the clinic, which operate with heterogeneous series and willing to build other choreographies. To compose the writing of the thesis, we danced in the midst of an upturned grammar, permeated by concepts and micro-events. We cut out the text in the middle, to compose small fragments that become gyrations, coreos, disease or leaping lives. In each one of them, we produce a re-start, or a second home through a verbante, ie a kind of dancing verb, which tries to connect word and aesthetics. In our method, we seek the choreography in between, to chart the encounters that make us turn old notions and produce new meanings. We have changed ways of working with madness and with research, by proposing a crossed eye for aesthetics and technology imagery. Therefore, we launched the story of a groupdancing and its implications to the highest power of becoming. We have mapped the gettaways and followed the terms of a collective body that dances and reinvents itself in a unique way. From dancers to patients, we have tasted the effects of such surrender, we have tolerated pain and silence at the same time, we have turned the old resentments and regrets. We invite, therefore, not only the CAPS and SUS to dance, but also the photographic image as well as the clinic and its unusual twists. We maintain, in such an experiment, inventing new technologies, whether in health care or the expressive languages, in order to promote the shooting of a clinic that deinstitutionalize doings and insists on loving their own destruction. 2012-04-26T01:23:25Z 2011 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://hdl.handle.net/10183/39667 000826404 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS