Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos

INTRODUÇÃO: as fraturas transtrocanterianas do fêmur são muito frequentes nos idosos, e seu tratamento é eminentemente cirúrgico. Na grande maioria dos casos há a consolidação da fratura, mas os pacientes parecem não evoluir satisfatoriamente do ponto de vista clínico. O objetivo deste estudo é aval...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rigol, Julio Paim
Other Authors: Galia, Carlos Roberto
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10183/55162
id ndltd-IBICT-oai-lume56.ufrgs.br-10183-55162
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Fraturas do fêmur
Idoso
Unstable transtrochanteric fracture
Surgical treatment
Gait quality
Elderly patients
spellingShingle Fraturas do fêmur
Idoso
Unstable transtrochanteric fracture
Surgical treatment
Gait quality
Elderly patients
Rigol, Julio Paim
Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
description INTRODUÇÃO: as fraturas transtrocanterianas do fêmur são muito frequentes nos idosos, e seu tratamento é eminentemente cirúrgico. Na grande maioria dos casos há a consolidação da fratura, mas os pacientes parecem não evoluir satisfatoriamente do ponto de vista clínico. O objetivo deste estudo é avaliar a qualidade da marcha de pacientes que foram submetidos ao tratamento cirúrgico por uma técnica de fratura transtrocanteriana instável. MATERIAL E MÉTODOS: participaram deste estudo 24 pacientes operados por fratura transtrocanteriana instável do fêmur com utilização do DHS. Os pacientes foram acompanhados prospectivamente, e foi avaliada a qualidade da marcha de pós-operatório e comparada com a de antes da cirurgia, segundo o escore de Robinson. RESULTADOS: no período pré-operatório, 14 pacientes (58,3%) eram do grupo I segundo o escore de marcha de Robinson; 4 (16,7%), do grupo II; 3 (12,5%), do grupo III; 1 (4,2%), do grupo IV; e 2 (8,3%), do grupo V. Todas as fraturas evoluíram para a consolidação, e a taxa de mortalidade foi de 25%. Todos os pacientes foram encaminhados para o mesmo protocolo de reabilitação, e após um período médio de 9,69 meses, 28,6% dos pacientes apresentavam-se no grupo I do escore de Robinson; 23,8%, no grupo II; 4,8%, no grupo III; 23,8%, no grupo IV; e 19% estavam no grupo V. Esses dados mostram que, apesar da alta taxa de consolidação das fraturas, não houve melhora sequer na manutenção da qualidade da marcha dos pacientes, sendo estatisticamente significante (p= 0,003). CONCLUSÕES: as fraturas transtrocanterianas instáveis do fêmur podem ser tratadas com o DHS, apresentando uma alta taxa de consolidação. Entretanto, parecem não evoluir bem do ponto de vista funcional. Esses achados deveriam ser confirmados por outros estudos com maior número de pacientes e avaliando outro tipo de implante. === INTRODUCTION: transtrochanteric fractures of the femur are very frequent in elderly patients, and its treatment is mainly surgical. In most cases the fracture can be consolidated, but patients seem not to have a satisfactory clinical evolution. The objective of this study is to evaluate gait quality of patients who have been submitted to surgical treatment with a technique of unstable transtrochanteric fracture. MATHERIAL AND METHODS: This study evaluated 24 patients who had been operated for unstable transtrochanteric fracture of the femur with the use of DHS. The patients were prospectively followed up, and the postoperative gait quality was evaluated and compared to preoperative gait using Robinson score. RESULTS: In preoperative period, 14 (58.3%) patients belonged to Group I according to Robinson score, 4 (16.7%) belonged to Group II, 3 (12.5%) belonged to Group III, 1 (4.2%) belonged to Group IV, and 2 (8.3%) belonged to Group V. All the fracture evolved to consolidation, and the mortality rate was 25%. All the patients were referred to the same rehabilitation protocol, and after an average period of 9.69 months, 28.6% were in Group I of Robinson score, 23.8% were in Group II, 4.8% in Group III, 23.8% in Group IV, and 19% in Group V. These data show that, despite the high rate of fracture consolidation, there was no improvement even in the maintenance of the patients’ gait quality, being it statistically significant (p= 0.003). CONCLUSIONS: Unstable transtrochanteric fractures of the femur can be treated with DHS, presenting a high consolidation rate. However, they seem not to evolve functionally. These findings should be confirmed by other studies with a higher number of patients who also use another type of implant.
author2 Galia, Carlos Roberto
author_facet Galia, Carlos Roberto
Rigol, Julio Paim
author Rigol, Julio Paim
author_sort Rigol, Julio Paim
title Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
title_short Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
title_full Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
title_fullStr Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
title_full_unstemmed Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
title_sort avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos
publishDate 2012
url http://hdl.handle.net/10183/55162
work_keys_str_mv AT rigoljuliopaim avaliacaofuncionaldefraturatranstrocanterianainstaveldofemuremidosos
AT rigoljuliopaim functionalevaluationofunstabletranstrochantericfractureofthefemurinelderlypatients
_version_ 1718750689519206400
spelling ndltd-IBICT-oai-lume56.ufrgs.br-10183-551622018-09-30T04:12:50Z Avaliação funcional de fratura transtrocanteriana instável do fêmur em idosos Functional evaluation of unstable transtrochanteric fracture of the femur in elderly patients Rigol, Julio Paim Galia, Carlos Roberto Fraturas do fêmur Idoso Unstable transtrochanteric fracture Surgical treatment Gait quality Elderly patients INTRODUÇÃO: as fraturas transtrocanterianas do fêmur são muito frequentes nos idosos, e seu tratamento é eminentemente cirúrgico. Na grande maioria dos casos há a consolidação da fratura, mas os pacientes parecem não evoluir satisfatoriamente do ponto de vista clínico. O objetivo deste estudo é avaliar a qualidade da marcha de pacientes que foram submetidos ao tratamento cirúrgico por uma técnica de fratura transtrocanteriana instável. MATERIAL E MÉTODOS: participaram deste estudo 24 pacientes operados por fratura transtrocanteriana instável do fêmur com utilização do DHS. Os pacientes foram acompanhados prospectivamente, e foi avaliada a qualidade da marcha de pós-operatório e comparada com a de antes da cirurgia, segundo o escore de Robinson. RESULTADOS: no período pré-operatório, 14 pacientes (58,3%) eram do grupo I segundo o escore de marcha de Robinson; 4 (16,7%), do grupo II; 3 (12,5%), do grupo III; 1 (4,2%), do grupo IV; e 2 (8,3%), do grupo V. Todas as fraturas evoluíram para a consolidação, e a taxa de mortalidade foi de 25%. Todos os pacientes foram encaminhados para o mesmo protocolo de reabilitação, e após um período médio de 9,69 meses, 28,6% dos pacientes apresentavam-se no grupo I do escore de Robinson; 23,8%, no grupo II; 4,8%, no grupo III; 23,8%, no grupo IV; e 19% estavam no grupo V. Esses dados mostram que, apesar da alta taxa de consolidação das fraturas, não houve melhora sequer na manutenção da qualidade da marcha dos pacientes, sendo estatisticamente significante (p= 0,003). CONCLUSÕES: as fraturas transtrocanterianas instáveis do fêmur podem ser tratadas com o DHS, apresentando uma alta taxa de consolidação. Entretanto, parecem não evoluir bem do ponto de vista funcional. Esses achados deveriam ser confirmados por outros estudos com maior número de pacientes e avaliando outro tipo de implante. INTRODUCTION: transtrochanteric fractures of the femur are very frequent in elderly patients, and its treatment is mainly surgical. In most cases the fracture can be consolidated, but patients seem not to have a satisfactory clinical evolution. The objective of this study is to evaluate gait quality of patients who have been submitted to surgical treatment with a technique of unstable transtrochanteric fracture. MATHERIAL AND METHODS: This study evaluated 24 patients who had been operated for unstable transtrochanteric fracture of the femur with the use of DHS. The patients were prospectively followed up, and the postoperative gait quality was evaluated and compared to preoperative gait using Robinson score. RESULTS: In preoperative period, 14 (58.3%) patients belonged to Group I according to Robinson score, 4 (16.7%) belonged to Group II, 3 (12.5%) belonged to Group III, 1 (4.2%) belonged to Group IV, and 2 (8.3%) belonged to Group V. All the fracture evolved to consolidation, and the mortality rate was 25%. All the patients were referred to the same rehabilitation protocol, and after an average period of 9.69 months, 28.6% were in Group I of Robinson score, 23.8% were in Group II, 4.8% in Group III, 23.8% in Group IV, and 19% in Group V. These data show that, despite the high rate of fracture consolidation, there was no improvement even in the maintenance of the patients’ gait quality, being it statistically significant (p= 0.003). CONCLUSIONS: Unstable transtrochanteric fractures of the femur can be treated with DHS, presenting a high consolidation rate. However, they seem not to evolve functionally. These findings should be confirmed by other studies with a higher number of patients who also use another type of implant. 2012-09-11T01:34:06Z 2011 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis http://hdl.handle.net/10183/55162 000855996 por info:eu-repo/semantics/openAccess application/pdf reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul instacron:UFRGS