Testosterona e preferência por parceria romântica em mulheres homossexuais e heterossexuais

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: CORRÊA, Hellen Vivianni Veloso
Other Authors: SOUSA, Regina Célia Gomes de
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal do Pará 2017
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/8988
Description
Summary:Submitted by Cássio da Cruz Nogueira (cassionogueirakk@gmail.com) on 2017-08-10T12:10:13Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_TestosteronaPreferenciaParceria.pdf: 1190692 bytes, checksum: 49445876fade45e78b272ed763f884ce (MD5) === Approved for entry into archive by Irvana Coutinho (irvana@ufpa.br) on 2017-08-11T12:49:41Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Tese_TestosteronaPreferenciaParceria.pdf: 1190692 bytes, checksum: 49445876fade45e78b272ed763f884ce (MD5) === Made available in DSpace on 2017-08-11T12:49:41Z (GMT). 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Além disso, a testosterona, tanto intrauterina quanto na vida adulta, tem mostrado influenciar a preferência por parceiros (amorosos e sexuais) do mesmo sexo ou do sexo oposto, bem como a preferência por características pessoais desses parceiros, especialmente as físicas. Homens apresentam um padrão diferenciado nas preferencias por atributos na escolha de parceiros em relação às mulheres. A literatura também tem mostrado que grupos específicos de mulheres homossexuais, com estilo menos feminino (mulheres butch), apresentam características físicas, psicológicas e comportamentais semelhantes, porém não iguais, às dos homens, o que pode estar relacionado à sua biologia por meio da interferência de hormônios como a testosterona. Além disso, a literatura de seleção de parceiros tem mostrado algumas diferenças entre mulheres homossexuais e heterossexuais quanto às preferencias na seleção de parceiros, com mulheres homossexuais apresentando algumas preferências semelhantes aos padrões de escolha masculinos. Sendo assim, o objetivo do presente estudo foi verificar o quanto a testosterona, tanto intrauterina (sinalizada por meio da mensuração da razão 2D:4D) quanto na vida adulta (por meio da mensuração das concentrações na saliva), estariam relacionados às preferências por escolhas de parceiros em mulheres homossexuais de dois estilos, um mais relacionado ao masculino (butch) e outro mais relacionado ao feminino (femme), e mulheres heterossexuais. Participaram desse estudo 172 mulheres, 21 butch, 43 femme e 108 heterossexuais, todas no período reprodutivo, entre 18 e 39 anos, residentes na região Norte do Brasil. Os dados foram coletados em bares, associações LGBT e por indicação. A coleta das razões 2D:4D foi realizada por meio de paquímetros digitais; as de concentração de testosterona foram mensurados por meio da saliva e analisados com kits específicos para esse fim; foi utilizado um questionário para seleção da amostra e outro para verificar os critérios de seleção de parceiros das participantes. Os resultados indicaram que mulheres butch apresentaram diferenças em vários aspectos em relação às heterossexuais, desde as concentrações de testosterona na saliva, preferências na escolha de parceiros e no modo como a testosterona, tanto intrauterina quanto na vida adulta, se correlacionam com essas preferências. Já as mulheres femme, apresentam um padrão mais intermediário entre esses aspectos em relação a ambos os grupos. Conclui-se que há, entre as mulheres, um contínuo de expressão sexual/afetiva que vai desde um padrão biológico e comportamental heterossexual até um padrão homossexual mais próximo ao masculino, com mulheres homossexuais apresentando fenótipos comportamentais intermediários compartilhando características dos dois extremos do contínuo. Sugere-se que fatores externos relacionados ao estilo de vida (como a prática frequente de exercícios físicos), questões socioeconômicas, bem como fatores biológicos sejam responsáveis por tais diferenças, de modo que alguns desses fatores precisam ser investigados com mais profundidade por meio de análises aos hábitos quotidianos das mulheres desses grupos. === The 2D:4D ratio has been used as a marker of exposition to androgens during prenatal development, especially the organization effect of testosterone. Studies suggest that testosterone affects sexual differentiation on physical, psychological, and behavioral domains. On adulthood, testosterone has been associated with an activation effect on those domains changed prenatally. Furthermore, both organizational and activating effects of testosterone, has been suggested to affect mate preference in same and opposite-sex partners, as well as preferences for mate personal characteristics, with a particular premium on physical features. Males show a different pattern on preference of physical features of their mates when compared to females. Likewise, masculine style female homosexuals, known as butch, show a similar, but not identical to heterosexual men suggesting a relationship between hormones and mate preference. Moreover, mate choice studies indicate differences between homosexual and heterosexual women regarded to their preferences over some attributes of their partners. The aim of this study was to evaluate the influence of both prenatal (2D:4D) and adult testosterone (saliva) on mate choice preference in homosexual (butch and femme – more feminine homosexual) and heterosexual women. 172 reproductive subjects (21 butch, 43 femme, 108 straight) were sampled, aged from 18 to 39, in a Northern Brazilian large capital. Subjects were recruited on LGBT pubs, associations, or by snowball sampling. Data collection consisted of a series of protocols starting with a sample selection questionnaires distributed among women, after that, they were contacted lately for collection of 2D:4D taken by digital calipers, testosterone concentration in saliva samples, and finally they were requested to complete a questionnaire to assess their mate choice preferences. Results show that butch homosexuals do not differ from heterosexual women on mate choice criteria; all groups placed a particular premium on physical attractiveness in short-term relationships when compared to long-term, however, they differ on salivar testosterone and in the way as testosterone, both intrauterine and in adulthood, correlated with their preferences for long and short-term relationships. We concluded that women, regardless of their sexual orientation, maintain similar mate choice mechanisms of their female ancestors, although there is a biological differentiation distiguinshing these groups, and perhaps they are related to these preferences. We suggest that environmental factors such as lifestyle, physical exercises, may account for such differences, so that some of these environmental factors need more investigation.