“Negras nós somo, só não temo o pé no torno”: a identidade negra e de gênero em Conceição das Crioulas, Contendas / Tamboril e Santana (Salgueiro-PE)
Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-10T11:39:37Z No. of bitstreams: 2 TESE MARIA APARECIDA.pdf: 22524528 bytes, checksum: a22da8468002bbaa65263554df4b990d (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made available in DSpace on 2015...
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufpe.br-123456789-115782019-01-21T19:15:44Z “Negras nós somo, só não temo o pé no torno”: a identidade negra e de gênero em Conceição das Crioulas, Contendas / Tamboril e Santana (Salgueiro-PE) Souza, Maria Aparecida de Oliveira Guillen, Isabel Cristina Martins Identidade Negra Quilombo Remanescente de quilombo Comunidade Gênero Submitted by Felipe Lapenda (felipe.lapenda@ufpe.br) on 2015-03-10T11:39:37Z No. of bitstreams: 2 TESE MARIA APARECIDA.pdf: 22524528 bytes, checksum: a22da8468002bbaa65263554df4b990d (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Made available in DSpace on 2015-03-10T11:39:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE MARIA APARECIDA.pdf: 22524528 bytes, checksum: a22da8468002bbaa65263554df4b990d (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2013 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico Sob o título “„Negras nós somo, só não temo o pé no torno‟: a identidade negra e de gênero em Conceição das Crioulas, Contendas/Tamboril e Santana” analisei nesta tese a ideia de que, no Brasil, o mito da democracia racial encobre o preconceito e erige, simbolicamente, fronteiras difíceis de transpor, pois ele opera no nível dos indivíduos, fazendo aparecer um arco-íris cujas cores querem se aproximar, na realidade, do modelo, da referência. A idéia do branqueamento é culturalmente significativa no processo de construção da identidade individual, pois negras e negros, imersos nesse processo, são induzidos a interiorizarem os valores estéticos do branco. A identidade quilombola na contemporaneidade surge, portanto, das lutas dos movimentos sociais, entre os quais, tem grande interferência nessa construção identitária, o movimento negro. A análise recai também na construção da identidade negra nas comunidades quilombolas, na tentativa de explicitar a partir de que momento na história dessas comunidades surge a necessidade de ―invenção‖ ou ―reinvenção‖ do conceito. História que nos levará a entender, na contemporaneidade, a construção da identidade de ―remanescente de quilombo‖. Investigar como essa identidade se constitui em elemento significante para manutenção e sustentação daqueles sujeitos naquele espaço, na defesa de sua territorialidade, na importância da afirmação da identidade quilombola no processo de defesa dos direitos constitucionais e das respectivas políticas públicas. Na construção desta tese foram utilizadas como fontes as leis que nomearam parte do povo brasileiro como quilombolas: jornais, vídeos, assim como as fontes orais (entrevistas, depoimentos e conversas, com o propósito de identificar as experiências vivenciadas por esses sujeitos em suas comunidades). Por meio de alguns instrumentais da metodologia da Análise do Discurso, procurei abordar a produção de sentidos presentes nas superfícies discursivas dos militantes e dos moradores das comunidades, suas representações e autorrepresentações no processo político de construção e de efetivação da visibilidade negra. Assim como procuro localizar os sentidos produzidos pelos discursos da utilização do gênero como categoria de análise e, com base neles, tentar perceber como essa construção é vivenciada nas comunidades de Conceição das Crioulas, Contendas e Santana. 2015-03-10T11:39:37Z 2015-03-10T11:39:37Z 2013-01-31 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/11578 br Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |
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a ideia de que, no Brasil, o mito da democracia racial encobre o preconceito e erige,
simbolicamente, fronteiras difíceis de transpor, pois ele opera no nível dos indivíduos,
fazendo aparecer um arco-íris cujas cores querem se aproximar, na realidade, do modelo, da
referência. A idéia do branqueamento é culturalmente significativa no processo de construção
da identidade individual, pois negras e negros, imersos nesse processo, são induzidos a
interiorizarem os valores estéticos do branco. A identidade quilombola na contemporaneidade
surge, portanto, das lutas dos movimentos sociais, entre os quais, tem grande interferência
nessa construção identitária, o movimento negro. A análise recai também na construção da
identidade negra nas comunidades quilombolas, na tentativa de explicitar a partir de que
momento na história dessas comunidades surge a necessidade de ―invenção‖ ou ―reinvenção‖
do conceito. História que nos levará a entender, na contemporaneidade, a construção da
identidade de ―remanescente de quilombo‖. Investigar como essa identidade se constitui em
elemento significante para manutenção e sustentação daqueles sujeitos naquele espaço, na
defesa de sua territorialidade, na importância da afirmação da identidade quilombola no
processo de defesa dos direitos constitucionais e das respectivas políticas públicas. Na
construção desta tese foram utilizadas como fontes as leis que nomearam parte do povo
brasileiro como quilombolas: jornais, vídeos, assim como as fontes orais (entrevistas,
depoimentos e conversas, com o propósito de identificar as experiências vivenciadas por esses
sujeitos em suas comunidades). Por meio de alguns instrumentais da metodologia da Análise
do Discurso, procurei abordar a produção de sentidos presentes nas superfícies discursivas dos
militantes e dos moradores das comunidades, suas representações e autorrepresentações no
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localizar os sentidos produzidos pelos discursos da utilização do gênero como categoria de
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