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Previous issue date: 2014 === CNPq; PROPESQ; Fundação o Boticário de proteção à natureza === Introdução: O presente estudo tem por objetivos testar a influência de fatores ambientais,
da produtividade do ambiente e da heterogeneidade ambiental, sobre a diversidade e
abundância de mamíferos, bem como testar a relação massa corpórea x abundância,
verificando os fatores que a influencia na região da bacia do Rio Negro.
Métodos: Avaliamos a comunidade de mamíferos de médio e grande em porte em cinco
áreas na bacia do Rio Negro, utilizando o método de transecto linear, através do qual
obtivemos variáveis dependentes, as quais: (1) densidade de grupo, (2) densidade
individual, (3) biomassa, (4) tamanho médio de grupo e (5) índices de diversidade.
Através de técnicas de sensoriamento remoto obtivemos índices de vegetação de
diferença normalizada (NDVI), índice de área foliar (LAI), Declividade do ambiente e
heterogeneidade. Utilizamos o Modelo Linear Generalizado (GLM), baseado no Critério
de informação de Akaike (AIC), para determinar quais das variáveis preditivas
explicariam essa relação para os primatas das áreas estudadas. Para isso, utilizamos o
modelo de regressão linear simples para relacionar massa corpórea com os diversos
parâmetros de abundância de toda comunidade de mamíferos. Utilizamos a correlação
produto-momento Pearson, para testar a influência da diversidade e NDVI sobre o
coeficiente de regressão.
Resultados: Houve uma correlação entre NDVI e tamanho médio de grupo (R= -0,65;
p=0,015), LAI e tamanho médio de grupo de primatas (R= -0,64; p=0,017), declividade
e tamanho médio de grupo (R= -0,67; p=0,008) e heterogeneidade e tamanho médio de
grupo (R= -0,67; p=0,008). O GLM baseado no AIC, mostrou NDVI e declividade como
a melhor variável explicativa para tamanho médio de grupo. Para toda a comunidade de
mamíferos as relações significativas entre massa corpórea e abundância variaram
consideravelmente, com valores entre -0,76 a 0,75, o que dependeu do parâmetro de
abundância avaliado, da categoria trófica e do hábito das espécies. As correlações
apontaram para uma influência da diversidade de mamíferos sobre as inclinações das
retas.
Discussão: Os índices de vegetação, declividade do terreno e heterogeneidade não
explicaram a diversidade de primatas. A relação inversa entre tamanho médio de grupo e
NDVI, LAI e declividade mostrou que nos ambientes menos produtivos os primatas
tendem a formar grupos maiores como uma estratégia para aumentar a defesa contra
predadores e a eficiência de forrageamento. As relações massa corpórea x abundância
mostraram que em ambientes mais equilibrados os recursos estariam melhor partilhados
e a inclinação da reta seria mais negativa, o que estaria mais de acordo com a regra da
equivalência energética. Análises de acordo com o hábito terrestre mostraram correlação
com a produtividade das florestas e, de acordo com a dieta, verificamos relações
significativas para a categoria dos frugívoros, a qual possui maior amplitude de massa
corpórea.
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