Escrita conventual: raízes da literatura de autoria feminina na América Hispânica

Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-04-17T12:58:37Z No. of bitstreams: 2 TESE Karine da Rocha Oliveira.pdf: 1684292 bytes, checksum: 34511e117e70172d645dbc7a626ffc85 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made available in DSpace...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, Karine da Rocha
Other Authors: Cordiviola, Alfredo Adolfo
Language:br
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2015
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/13289
Description
Summary:Submitted by Daniella Sodre (daniella.sodre@ufpe.br) on 2015-04-17T12:58:37Z No. of bitstreams: 2 TESE Karine da Rocha Oliveira.pdf: 1684292 bytes, checksum: 34511e117e70172d645dbc7a626ffc85 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) === Made available in DSpace on 2015-04-17T12:58:37Z (GMT). No. of bitstreams: 2 TESE Karine da Rocha Oliveira.pdf: 1684292 bytes, checksum: 34511e117e70172d645dbc7a626ffc85 (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2014-02-13 === O presente estudo tem como foco os escritos de freiras místicas hispano-americanas do período colonial. Escolhemos para compor o corpus da pesquisa quatro autoras que viveram entre os séculos XVII e XVIII: Josefa del Castillo, Úrsula Suárez, Gertrudes de San Idelfonso e María de San José. Estas freiras, que iniciam a genealogia de mulheres escritoras no Novo Mundo, compoem registros autobiográficos em que são descritas suas vocações religiosas, suas manifestações de elevação mística e seus vínculos com o divino. Estas memórias, cujos antecedentes podem ser encontrados em textos medievais como os de Hildegarda de Bingen, das beguinas como Margarita Porete e Catalina de Siena, constituem um subgênero da autobiografia. Não se trata, porém, de autobiografias definidas pela busca do autoconhecimento, tal como seria a característica do gênero a partir do século XVIII. O que estes textos revelam são as imposiçoes de uma figura onipresente que lê, censura e autoriza: o confessor. Marcada pela hierarquia, esta relação entre autora e confessor caracteriza o conjunto de escritos abordado nesta tese. Enclausuradas em suas celas, estas mulheres produzem obras que trazem à tona os modos em que o gênero se articula com o discurso místico, com as concepções de corpo e com os graus da experiência sagrada. Para analisar estes aspectos, neste estudo utilizamos um referencial teórico relativo à filosofia da religião, à história colonial, à história da igreja hispânica e aos estudos de gênero. Desta forma pretendemos contribuir para o resgate destas autoras que permaneceram durante muito tempo invisibilizadas e que hoje, a partir de novas perspectivas, permitem refletir sobre as singularidades da experiência feminina e sua relação com as letras e com o mundo.