Summary: | Submitted by Fabio Sobreira Campos da Costa (fabio.sobreira@ufpe.br) on 2015-05-14T13:07:31Z
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Previous issue date: 2015-02-24 === CAPES, ANA, INMET, IBGE, EMBRAPA e MP === A simulação hidrológica é uma importante ferramenta no planejamento e gestão dos
recursos hídricos em uma bacia hidrográfica, podendo ser utilizado para fazer
previsões de vazão, assim como estimativas de produção de sedimentos, além de
analisar as respostas hidrológicas da bacia em decorrência das mudanças de uso e
ocupação do solo. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo avaliar a viabilidade
do uso do modelo SWAT para vazão e estimativa da produção de sedimento na bacia
hidrográfica do rio São Francisco. Para a modelagem com o SWAT dividiu-se a bacia
em seis projetos: Três Marias, Sobradinho, Itaparica, Paulo Afonso, Xingó e Foz, onde
foi utilizado o modelo numérico do terreno, disponibilizado pelo IBGE, os dados de solo
foram fornecidos pela EMBRAPA, e os dados meteorológicos foram providos pelo
INMET e ANA que também disponibilizou as informações de uso e ocupação da bacia.
Com essas informações foram montados os bancos de dados necessários a
modelagem da bacia. A calibração do modelo foi realizada através do SWAT-CUP por
meio de uma série histórica de dados, onde o período de 1988 a 1991 foi utilizado para
o warm up “aquecimento do modelo” e calibrado para o período de 1992 a 2012,
totalizando assim 21 anos (252 meses). O tempo de retardo das águas subterrâneas -
GW_DELEY, curva número - CN2 e a constante de recessão - ALPHA_BF, foram os
parâmetros mais sensíveis para a bacia. As estatísticas utilizadas para avaliar a
precisão da calibração do modelo foram o Coeficiente de Nash e Sutcliffe – COE,
Coeficiente de Determinação – R2 e o percentual de viés das vazões simuladas em
relação as observadas – PBIAS, que apresentaram respostas significativas para a
bacia, com resultados variando entre 0.63 a 0.99 para o COE e 0.64 a 0.99 para o R2.
Esses valores apresentam-se dentro da faixa de classificação consideradas: boa e
muito boa para a calibração. Os resultados do PBIAS variaram entre ± 0.1 a ± 13.9
indicando que os processos de superestimavas e subestimativas do modelo para as
diferentes regiões da bacia são inferiores a 15%, ficando dentro da faixa de
classificação considerada boa a muito boa para a resposta da modelagem. Os
resultados para produção de sedimentos durante o período analisado apresentam uma
tendência de superestimava, apresentando maiores valores médios de produção para
os projetos Sobradinho com 9.463,13 t.km2.ano-1 e Três Marias com 9.191,18
t.km2.ano-1. Já os projetos Itaparica, Paulo Afonso e Xingó apresentaram uma produção
de sedimentos menor, com respectivamente 2.989,25 t.km2.ano-1, 459,70 t.km2.ano-1 e
348,05 t.km2.ano-1 e para o projeto Foz a estimativa média de produção de sedimento
foi de 1.284,55 t.km2.ano-1. Conclui-se que o SWAT mostrou-se um modelo robusto em
simular a perda de solo e seu transporte na bacia do São Francisco. Entretanto, existe
uma tendência do modelo em superestimar a produção de sedimentos. Com relação a
vazão as superestimavas e subestimativas apontadas pelo índice estatístico PBIAS
podem estar relacionadas com a utilização do mapa de uso e cobertura do solo. Sendo
que os projetos situados após o reservatório de Sobradinho apresentaram melhores
resultados estatísticos, com COE e R2 variando entre 0.94 e 0.99, indicando que para
essa região da bacia o controle de vazão pelo reservatório contribuiu para melhores
resultados do modelo. No geral o modelo apresentou bons resultados estatísticos.
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