Sexo, mulher e punição: a sexualidade feminina numa instituição penal

Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-31T18:22:10Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39C277s Dissertação.pdf: 8593030 bytes, checksum: f59162371709da3e6c4c8bbef2b4262c (MD5) === Made available in DSpace on 2016...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: CARIDADE, Maria do Amparo Rocha
Other Authors: SCOTT, Russel Parry
Language:br
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2016
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17029
Description
Summary:Submitted by Caroline Falcao (caroline.rfalcao@ufpe.br) on 2016-05-31T18:22:10Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39C277s Dissertação.pdf: 8593030 bytes, checksum: f59162371709da3e6c4c8bbef2b4262c (MD5) === Made available in DSpace on 2016-05-31T18:22:10Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) 39C277s Dissertação.pdf: 8593030 bytes, checksum: f59162371709da3e6c4c8bbef2b4262c (MD5) Previous issue date: 1988-08 === A sexualidade nas prisões femininas, tem sido pouco estudada no Brasil. Parece existir um pressuposto de que prisão implica negação do direito ao prazer, e o preconceito de que a satisfação sexual não é essencial para a mulher. A única penitenciaria feminina de Pernambuco, é dirigida pelas Irmãs do Bom Pastor. Nela não são permitidas as "visitas íntimas", direito já adquirido pelos presos, em todo o Brasil. Através das histórias de vida, pude constatar que a sexualidade vivida pelas detentas, antes da prisão, foi reprimida, sofrida e pouco realizadora. A repressão religiosa da instituição recai, especialmente, sobre a sexualidade das detentas, considerada como um desvio ou pecado. É estabelecido um processo de violência simbólica, visando a regeneração moral das mulheres. Esta violência, não física, destrói a identidade e culpabiliza o desejo. Apesar de todo o controle exercido pela vigilância e pelo ambiente religioso, a sexualidade é vivida intensamente pelas detentas. Estas formas de controle produzem manifestações sexuais específicas desta instituição. Embora produzidas por ela, estas formas de viver a sexualidade são recolocadas como desviantes e pecaminosas. A maneira transgressora de vivê-la é uma forma de contrapoder à ordem institucional estabelecida.