Os mamíferos pleistocênicos de Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, Pernambuco: aspectos tafonômicos, taxonômicos e paleoambientais
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:05:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6783_1.pdf: 6854923 bytes, checksum: 288fa256145bc03025ac407d7f072067 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 === Conselho Nacional de Desenvolvimen...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufpe.br-123456789-64922019-01-21T19:08:51Z Os mamíferos pleistocênicos de Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, Pernambuco: aspectos tafonômicos, taxonômicos e paleoambientais da Silva Alves, Rosembergh Magnólia Franca Barreto, Alcina Mamíferos pleistocênicos Fazenda Nova Brejo da Madre de Deus Tafonomia Taxonomia geocronologia Made available in DSpace on 2014-06-12T18:05:25Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo6783_1.pdf: 6854923 bytes, checksum: 288fa256145bc03025ac407d7f072067 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2007 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico O objetivo deste trabalho é o estudo tafonômico, taxonômico e geocronológico de mamíferos pleistocênicos em depósito de tanque, para subsidiar interpretações paleoecológicas e paleoambientais. A área de estudo situa-se na Localidade Incó, Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, Pernambuco. A pesquisa envolveu levantamento bibliográfico, cartográfico, trabalhos de campo e laboratoriais. O material coletado foi incorporado à Coleção Científica de Macrofósseis da UFPE, constando de 235 exemplares de dentes, osteodermos, ossos cranianos e pós-cranianos de mamíferos pleistocênicos. O depósito de tanque teve quatro fases de preenchimento sedimentar por fluxos de detritos, estando os fósseis, principalmente, na segunda camada, um conglomerado com ossos e dentes desarticulados, inteiros e fragmentados, de disposição caótica, densamente empacotados na rocha (bone bed) com cimento calcífero (calcrete). A associação fossilífera é monotípica-poliespecífica. Houve preservação da biomineralização original da hidroxioapatita, permineralização e substituições por calcita, cloroapatita e wagnerita. Foram identificadas três ordens de mamíferos pleistocênicos -Xenarthra, Notoungulata e Proboscidea, e seis táxons - Eremotherium laurillardi, Glyptodon clavipes, Panochthus greslebini, Toxodon platensis, Stegomastodon waringi e Holmesina paulacoutoi, sendo essa última espécie, inédita para o Estado de Pernambuco. A fauna pleistocênica é representada por mamíferos predominantemente herbívoros, classificados pelos hábitos alimentares como podadores, herbívoros-onívoros e megaherbívoros. Foram obtidas idades de ressonância paramagnética eletrônica (EPR) de 63.000 ± 8.000 anos e 60.000 ± 9.000 anos para os dentes de Stegomastodon waringi da segunda camada, sugerindo que esses animais habitaram essa região durante um interestadial, fase mais quente do Pleistoceno Superior. A datação obtida por 14C do cimento calcífero da mesma camada foi de 19.400 anos AP., confirmando que a cimentação foi posterior ao soterramento dos fósseis e durante o último máximo glacial. Os dados isotópicos e geocronológicos integrados à associação faunística auxiliaram na interpretação e reconstrução do paleoambiente, sugerindo para o Pleistoceno Superior da região, quando habitavam megamamíferos de hábitos alimentares distintos, um possível ambiente de savana aberta com árvores e arbustos esparsos, predomínio de plantas C3 seguido de plantas CAM sugerindo alteração climática no paleoambiente da região de Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus. 2014-06-12T18:05:25Z 2014-06-12T18:05:25Z 2007 info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis da Silva Alves, Rosembergh; Magnólia Franca Barreto, Alcina. Os mamíferos pleistocênicos de Fazenda Nova, Brejo da Madre de Deus, Pernambuco: aspectos tafonômicos, taxonômicos e paleoambientais. 2007. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2007. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6492 por info:eu-repo/semantics/openAccess Universidade Federal de Pernambuco reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco instacron:UFPE |
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Previous issue date: 2007 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === O objetivo deste trabalho é o estudo tafonômico, taxonômico e geocronológico de mamíferos
pleistocênicos em depósito de tanque, para subsidiar interpretações paleoecológicas e
paleoambientais. A área de estudo situa-se na Localidade Incó, Fazenda Nova, Brejo da
Madre de Deus, Pernambuco. A pesquisa envolveu levantamento bibliográfico, cartográfico,
trabalhos de campo e laboratoriais. O material coletado foi incorporado à Coleção Científica
de Macrofósseis da UFPE, constando de 235 exemplares de dentes, osteodermos, ossos
cranianos e pós-cranianos de mamíferos pleistocênicos. O depósito de tanque teve quatro
fases de preenchimento sedimentar por fluxos de detritos, estando os fósseis, principalmente,
na segunda camada, um conglomerado com ossos e dentes desarticulados, inteiros e
fragmentados, de disposição caótica, densamente empacotados na rocha (bone bed) com
cimento calcífero (calcrete). A associação fossilífera é monotípica-poliespecífica. Houve
preservação da biomineralização original da hidroxioapatita, permineralização e substituições
por calcita, cloroapatita e wagnerita. Foram identificadas três ordens de mamíferos
pleistocênicos -Xenarthra, Notoungulata e Proboscidea, e seis táxons - Eremotherium
laurillardi, Glyptodon clavipes, Panochthus greslebini, Toxodon platensis, Stegomastodon
waringi e Holmesina paulacoutoi, sendo essa última espécie, inédita para o Estado de
Pernambuco. A fauna pleistocênica é representada por mamíferos predominantemente
herbívoros, classificados pelos hábitos alimentares como podadores, herbívoros-onívoros e
megaherbívoros. Foram obtidas idades de ressonância paramagnética eletrônica (EPR) de
63.000 ± 8.000 anos e 60.000 ± 9.000 anos para os dentes de Stegomastodon waringi da
segunda camada, sugerindo que esses animais habitaram essa região durante um interestadial,
fase mais quente do Pleistoceno Superior. A datação obtida por 14C do cimento calcífero da
mesma camada foi de 19.400 anos AP., confirmando que a cimentação foi posterior ao
soterramento dos fósseis e durante o último máximo glacial. Os dados isotópicos e
geocronológicos integrados à associação faunística auxiliaram na interpretação e reconstrução
do paleoambiente, sugerindo para o Pleistoceno Superior da região, quando habitavam
megamamíferos de hábitos alimentares distintos, um possível ambiente de savana aberta com
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