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Previous issue date: 2006 === Foi abordada a biologia da polinização de aráceas cantarófilas nativas do estado de
Pernambuco e a polinização natural da gravioleira (Annona muricata L., Annonaceae),
uma frutífera largamente cultivada no estado. As áreas de estudo foram a Reserva
Ecológica da Mata da Usina São José (município de Igarassu), a Estação Experimental
de Itapirema (município de Goiana) e um terreno abandonado na estrada de Aldeia
(município de Camaragibe). Foram encontradas três espécies cantarófilas de Araceae:
Philodendron acutatum, Caladium bicolor e Taccarum ulei. Besouros do gênero
Cyclocephala (Scarabaeidae, Dynastinae) foram os polinizadores exclusivos das três
plantas. Os insetos apresentaram hábito crepuscular-noturno, intimamente relacionado
as fases da antese. Entre as adaptações mais marcantes das inflorescências estão a
emissão de odores atrativos, arcabouço floral robusto e ofertas de alimento, na forma
de tecidos nutritivos e pólen. Outro destaque foi a termogênese floral, um mecanismo
metabólico de aquecimento do espádice que facilita a volatização dos aromas atrativos
e oferece abrigo aquecido aos besouros dentro das câmaras florais. Este aquecimento
marca o início da fase feminina, que culmina em temperaturas do espádice até 14ºC
acima das do ar ambiente. A. muricata também foi polinizada por uma espécie de
Cyclocephala (C. vestita) e mostrou adaptações semelhantes às aráceas. Manutenção
de adultos de C. vestita em cativeiro resultou na obtenção de larvas viáveis de primeiro
ínstar, o que leva a crer que estratégias de manejo do polinizador são promissoras
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