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Previous issue date: 2011 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Pseudomonas aeruginosa é um patógeno oportunista frequentemente associado a infecções
nosocomiais e resistência a diversos antimicrobianos. O surgimento de mecanismos de
resistência aos carbapenêmicos, como a produção das enzimas carbapenemases MBL (metalo-β-
lactamase) e KPC (Klebsiella pneumoniae carbapenemase), tem se destacado devido ao amplo
espectro de degradação de antibióticos, levando à redução das opções terapêuticas. Este trabalho
teve por objetivo caracterizar fenotipicamente e genotipicamente isolados nosocomiais de P.
aeruginosa procedentes de cinco hospitais públicos do Recife coletados no período de 2006 a
2010. Características fenotípicas como morfologia da colônia, produção de pigmento, gelatinase
e hemolisina, assim como o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos foram avaliados pelo
crescimento em meios específicos e pelo método de disco difusão padronizado pelo CLSI
(2008), respectivamente. Os isolados resistentes aos carbapenêmicos foram submetidos à
pesquisa de genes blaKPC, e os resistentes a ceftazidima (CAZ) e/ou imipenem (IPM) foram
investigados quanto à produção de MBL utilizando o método de disco aproximação com o ácido
2-mercaptopropiônico (2-MPA), seguido pela pesquisa de genes blaSPM-1, blaIMP, blaVIM dentre
os isolados MBL positivos no teste fenotípico. A investigação da relação clonal das amostras de
P. aeruginosa foi realizada utilizando o método de sequências consenso intergênicas repetitivas
de enterobactérias (ERIC PCR). Durante o período da pesquisa foram obtidos 61 isolados de P.
aeruginosa, dos quais 36,96% eram mucoides; 69,81% eram produtores de piocianina; 92,86%
eram gelatinase positivos e 71,70% hemolisina positivo. A sensibilidade aos antimicrobianos
variou entre 44,26% e 81,97%, para o aztreonam e polimixina B, respectivamente. Observou-se
também que 4,92% dos isolados eram panresistentes e 54,09% multirresistentes, dos quais
34,14% eram sensíveis apenas a polimixina B. Dentre os 26 isolados resistentes aos
carbapenêmicos, 7,65% foram positivos para o gene blaKPC, enquanto que dentre os 29 isolados
resistentes ao IPM e/ou CAZ, 44,83% foram positivos para pesquisa de MBL, e destes, 46,15%
foram positivos para o gene blaSPM-1, não havendo detecção dos genes blaIMP e blaVIM. A tipagem
molecular dos isolados revelou 21 perfis genéticos distintos. Os isolados KPC positivos
pertenciam a um mesmo clone e dos isolados SPM-1 positivos, três apresentaram o mesmo perfil
clonal e eram procedentes do mesmo hospital, enquanto os outros três isolados SPM-1 positivos
apresentaram perfis clonais distintos. A capacidade de produção de MBL por P. aeruginosa tem
sido detectada com elevada prevalência em hospitais da cidade do Recife nos últimos anos,
porém a detecção de P. aeruginosa KPC positivas ainda é rara em todo o um mundo, sendo esse
o primeiro relato no Brasil
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