A manipulação no discurso jornalístico: as múltiplas faces da língua
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:30:08Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo2472_1.pdf: 19924382 bytes, checksum: a6200b52e0a55c5f8c28e877ab8d050c (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 === Conselho Nacional de Desenvolvime...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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Manipulação ACD Discurso jornalístico. Cristina de Andrade, Juliana A manipulação no discurso jornalístico: as múltiplas faces da língua |
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Previous issue date: 2011 === Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico === A atividade jornalística tem sido alvo de críticas sobre sua objetividade na
reportabilidade dos acontecimentos de interesse público, pois, sob a falsa aparência
de portadoras da verdade, as instituições jornalísticas, de fato, elaboram versões
desses eventos de acordo com seu posicionamento sócio-político. Na falta da
informação devida, ou seja, equilibrada, relativamente completa, imparcial,
relevante (van Dijk, 2008, 239), a qualidade do conhecimento construído por boa
parte dos leitores fica bem comprometida e/ou deformada. Diante disso, enquanto
uma pesquisa engajada, este trabalho pretende ser uma contribuição para a
democratização do conhecimento. Principalmente a partir dos estudos
desenvolvidos por Fairclough (2001, 2003) e van Dijk (2008) na Análise Crítica do
Discurso, o objetivo da presente pesquisa é investigar a qualidade do acesso da
maioria dos leitores aos eventos sócio-políticos reportados pela mídia em termos de
manipulação, ou seja, o abuso discursivo e ilegítimo de poder que leva parte dos
leitores a aderir à opinião do texto mesmo contra seus próprios interesses. A
manipulação é investigada por meio de 43 textos publicados por duas revistas
semanais de alcance nacional a Veja e a Carta Capital. As revistas foram eleitas
por estarem diacronicamente ligadas, respectivamente, à campanha de oposição e
de favorecimento ao governo do PT representado pela figura do presidente Lula
(anos 2009 e 2010). Como sugere Fairclough (2001) em sua concepção
tridimensional do discurso, a análise se deu na identificação das estratégias
linguístico-discursivas (características do gênero textual, intertextualidade,
título/subtítulo, texto não verbal, adjetivação, modalizador, nomeação, agência,
analogia e expressões com função de ênfase e vagueza) para a interpretação de
práticas discursivas (favorecimento ou desfavorecimento ao Lula e seu governo) e
de práticas sociais (campanha a favor e contra o governo do PT para as eleições de
2010). De fato, as mesmas estratégias linguístico-discursivas contribuíram,
igualmente, para o favorecimento (Carta Capital) e oposição (Veja) ao Lula e ao PT.
Assim, os resultados apontam para o contexto de base sociológica, como defende
Meurer (2004), para que as mesmas estratégias linguístico-discursivas utilizadas
para a reportabilidade dos acontecimentos sócio-políticos operem na construção de
discursos diferenciados. A análise também confirma o potencial ideológico das
palavras. A principal consideração é que, dentre várias maneiras possíveis de se
tratar um determinado assunto, a escolha por um viés não é aleatória nem natural,
como os textos aparentam ser. Por trás das escolhas dessas instituições, há
interesses sócio-políticos fortes. E fazer com que os leitores adotem o
posicionamento delas pode significar a legitimação e naturalização de muitas
práticas sociais que atendam aos interesses políticos dessas instituições. Outra
consideração são as conseqüências sociais mais imediatas da manipulação (1) a
manutenção de uma determinada ordem social em favor dos que controlam a mídia
e (2) uma tomada de posição, por parte da maioria dos leitores, contra seus próprios
interesses |
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