Associação entre esquistossomose mansônica e infecções microbianas: estudo da translocação microbiana em camundongos na fase crônica, submetidos à esplenectomia
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:31:56Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8464_1.pdf: 2678452 bytes, checksum: 1410db9c3ff1f7a57cf5a0cb9a2a5a7e (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2011 === Coordenação de Aperfeiçoamento de...
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Universidade Federal de Pernambuco
2014
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Esquistossomose Esplenectomia Translocação bacteriana Sepse Linfonodos mesentéricos |
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Esquistossomose Esplenectomia Translocação bacteriana Sepse Linfonodos mesentéricos de Magalhães Lima, Kedma Associação entre esquistossomose mansônica e infecções microbianas: estudo da translocação microbiana em camundongos na fase crônica, submetidos à esplenectomia |
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Previous issue date: 2011 === Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior === Translocação bacteriana (TB) é a passagem de micro-organismos
viáveis ou endotoxinas através da mucosa e lamina própria do trato digestório para os
linfonodos mesentéricos e outros órgãos. Para que TB ocorra há necessidade da existência
isolada ou em conjunto de fatores como queda da imunidade, alteração da microbiota e
quebra da barreira defensiva da mucosa intestinal. Apesar dos inúmeros relatos sobre
doenças bacterianas em esquistossomóticos, não foram encontrados trabalhos que
elucidem a presença da TB, consequentemente, infecção e sepse na doença crônica,
mesmo após esplenectomia. A esquistossomose pode provocar, além de alterações no
sistema imunológico, dano ao intestino, sistema porta e linfonodos mesentéricos. Sexo e
redução na evolução ponderal podem influenciar na resposta inflamatória contra
Schistosoma mansoni e favorecer infecções secundárias. OBJETIVOS: Compreender as
causas das coinfecções, considerando a TB e a influência da doença crônica na resistência
ou susceptibilidade as infecções secundárias por componentes da microbiota intestinal, em
camundongos esquistossomóticos machos e fêmeas, submetidos ou não a esplenectomia.
MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos Swiss webster (Mus musculus)
(40fêmeas/40machos) com 35 dias de nascidos foram divididos em dois grupos:
esquistossomóticos (20machos/20fêmeas) e controles (20machos/20fêmeas). Noventa dias
após a exposição cercariana, 20 camundongos esquistossomóticos (10machos/10fêmeas) e
20 controles (10machos/10fêmeas) foram submetidos à esplenectomia total convencional.
Os animais foram pesados após 35, 80 e de 125 a 132 dias de nascidos, quando foram
eutanasiados para estudo da translocação bacteriana, análises da microbiota e morfometria
intestinal. Para estudo da TB, foram coletados sangue periférico e da veia porta,
fragmentos de órgãos e linfonodos mesentéricos. Para a microbiota, as fezes foram
coletadas da região média do intestino delgado. Segmentos desta região foram seccionados
transversalmente e longitudinalmente para análise morfométrica. RESULTADOS: Na
comparação entre camundongos esquistossomóticos e controles, as fêmeas infectadas
apresentaram maior carga parasitária e índice esplênico. Ocorreu diminuição da evolução
ponderal nos esquistossomóticos (p<0,05), que apresentaram maior variedade e
quantidade de colônias bacterianas nas coproculturas. Houve redução na altura e área das
vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa no grupo esquistossomose (p=0,004,
0,003 e <0,001, respectivamente). Nas culturas, o controle apresentou negatividade em
sangue, fígado e baço, e 30% (20%fêmeas/10%machos) positividade em linfonodos
mesentéricos. Todas as fêmeas esquistossomóticas apresentaram bactérias em linfonodos
mesentéricos, 60% em sangue porta, 50% em fígado/baço, e 30% em sangue periférico.
Os linfonodos mesentéricos de 70% dos machos esquistossomóticos apresentaram
positividade, sangue porta (30%), fígado/baço (20%) e nenhuma em sangue periférico.Em relação aos camundongos esplenectomizados, machos e fêmeas apresentaram
redução da evolução ponderal, do 125º ao 132º dia de nascidos (p<0,0001); apresentaram
maior prevalência de coproculturas positivas, tanto com relação à densidade bacteriana por
espécies, quanto ao número de unidades formadoras de colônias (UFC). A análise
morfométrica duodenal revelou redução na altura e área das vilosidades de machos e
fêmeas esplenectomizados, quando comparado aos respectivos controles (p<0,0001). Os
machos esplenectomizados apresentaram maiores taxas de TB. Na comparação entre os
camundongos esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados,
ocorreu maior redução de peso nos esquistossomóticos esplenectomizados (p<0,0001). No
estudo da microbiota intestinal, foi observado aproximadamente as mesmas quantidades
de colônias quando comparamos estes grupos, com diferença apenas para Staphylococcus
aureus, Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae. Não houve redução na altura e
área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa entre esquistossomóticos
esplenectomizados e não-esplenectomizados. Os camundongos esquistossomóticos
esplenectomizados apresentavam-se bastante debilitados, e com maiores taxas de TB e
sepse, inclusive por duas espécies bacterianas, gram-positivas e gram-negativas.
CONCLUSÕES: Esquistossomose crônica modifica a evolução ponderal, morfometria e
microbiota intestinal de camundongos e podem favorecer translocação, migração e sepse,
principalmente em fêmeas, podendo estar relacionada ao maior parasitismo e alterações
imunológicas. Além disso, a asplênia aumenta a suscetibilidade a TB, e
consequentemente, doenças de origem séptica. Peso, sexo, microbiota intestinal e
alterações da morfometria duodenal podem influenciar na ocorrência deste fenômeno |
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Maria Machado Barbosa de Castro, Celia |
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Para que TB ocorra há necessidade da existência isolada ou em conjunto de fatores como queda da imunidade, alteração da microbiota e quebra da barreira defensiva da mucosa intestinal. Apesar dos inúmeros relatos sobre doenças bacterianas em esquistossomóticos, não foram encontrados trabalhos que elucidem a presença da TB, consequentemente, infecção e sepse na doença crônica, mesmo após esplenectomia. A esquistossomose pode provocar, além de alterações no sistema imunológico, dano ao intestino, sistema porta e linfonodos mesentéricos. Sexo e redução na evolução ponderal podem influenciar na resposta inflamatória contra Schistosoma mansoni e favorecer infecções secundárias. OBJETIVOS: Compreender as causas das coinfecções, considerando a TB e a influência da doença crônica na resistência ou susceptibilidade as infecções secundárias por componentes da microbiota intestinal, em camundongos esquistossomóticos machos e fêmeas, submetidos ou não a esplenectomia. MATERIAIS E MÉTODOS: Camundongos Swiss webster (Mus musculus) (40fêmeas/40machos) com 35 dias de nascidos foram divididos em dois grupos: esquistossomóticos (20machos/20fêmeas) e controles (20machos/20fêmeas). Noventa dias após a exposição cercariana, 20 camundongos esquistossomóticos (10machos/10fêmeas) e 20 controles (10machos/10fêmeas) foram submetidos à esplenectomia total convencional. Os animais foram pesados após 35, 80 e de 125 a 132 dias de nascidos, quando foram eutanasiados para estudo da translocação bacteriana, análises da microbiota e morfometria intestinal. Para estudo da TB, foram coletados sangue periférico e da veia porta, fragmentos de órgãos e linfonodos mesentéricos. Para a microbiota, as fezes foram coletadas da região média do intestino delgado. Segmentos desta região foram seccionados transversalmente e longitudinalmente para análise morfométrica. RESULTADOS: Na comparação entre camundongos esquistossomóticos e controles, as fêmeas infectadas apresentaram maior carga parasitária e índice esplênico. Ocorreu diminuição da evolução ponderal nos esquistossomóticos (p<0,05), que apresentaram maior variedade e quantidade de colônias bacterianas nas coproculturas. Houve redução na altura e área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa no grupo esquistossomose (p=0,004, 0,003 e <0,001, respectivamente). Nas culturas, o controle apresentou negatividade em sangue, fígado e baço, e 30% (20%fêmeas/10%machos) positividade em linfonodos mesentéricos. Todas as fêmeas esquistossomóticas apresentaram bactérias em linfonodos mesentéricos, 60% em sangue porta, 50% em fígado/baço, e 30% em sangue periférico. Os linfonodos mesentéricos de 70% dos machos esquistossomóticos apresentaram positividade, sangue porta (30%), fígado/baço (20%) e nenhuma em sangue periférico.Em relação aos camundongos esplenectomizados, machos e fêmeas apresentaram redução da evolução ponderal, do 125º ao 132º dia de nascidos (p<0,0001); apresentaram maior prevalência de coproculturas positivas, tanto com relação à densidade bacteriana por espécies, quanto ao número de unidades formadoras de colônias (UFC). A análise morfométrica duodenal revelou redução na altura e área das vilosidades de machos e fêmeas esplenectomizados, quando comparado aos respectivos controles (p<0,0001). Os machos esplenectomizados apresentaram maiores taxas de TB. Na comparação entre os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados, ocorreu maior redução de peso nos esquistossomóticos esplenectomizados (p<0,0001). No estudo da microbiota intestinal, foi observado aproximadamente as mesmas quantidades de colônias quando comparamos estes grupos, com diferença apenas para Staphylococcus aureus, Enterococcus faecalis e Klebsiella pneumoniae. Não houve redução na altura e área das vilosidades e do perímetro da superfície da mucosa entre esquistossomóticos esplenectomizados e não-esplenectomizados. Os camundongos esquistossomóticos esplenectomizados apresentavam-se bastante debilitados, e com maiores taxas de TB e sepse, inclusive por duas espécies bacterianas, gram-positivas e gram-negativas. CONCLUSÕES: Esquistossomose crônica modifica a evolução ponderal, morfometria e microbiota intestinal de camundongos e podem favorecer translocação, migração e sepse, principalmente em fêmeas, podendo estar relacionada ao maior parasitismo e alterações imunológicas. Além disso, a asplênia aumenta a suscetibilidade a TB, e consequentemente, doenças de origem séptica. 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