As representações de poder no corpus de folhetos de 1945 a 1954 : Leituras da era vargas

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Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gomes Cabral, Geovanni
Other Authors: Weinstein Teixeira, Flávio
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2014
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7649
Description
Summary:Made available in DSpace on 2014-06-12T18:34:14Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo694_1.pdf: 1370766 bytes, checksum: 601d8a9423cd412d57a532a6de038847 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2008 === Secretaria de Educação de Pernambuco === A presente dissertação discorre sobre as representações de poder construídas pelos poetas populares nos folhetos de cordel que tematizam a personagem política do presidente Getúlio Dornelles Vargas, no período de 1945 a 1954. Através da análise do corpus de folhetos, aqui destacado, nos foi possível rastrear os fatos políticos que envolveram a sociedade brasileira; estabelecer comparações com os estudos consolidados pela historiografia que trata do período; perceber a forma como os poetas compreenderam os acontecimentos da cena política e relacionar o discurso desenvolvido pelos poetas com a leitura feita pelas classes populares a partir desses textos uma vez que é a este público a que os poetas endereçam suas produções. A literatura produzida pelos cordelistas nesse período, marcado pelo forte apelo social e trabalhista, contribui fortemente para a difusão da imagem do pai dos pobres , fortemente associada a Vargas. Esta perfilização vai ser popularizada através da circulação dos folhetos que eram vendidos, principalmente, nas feiras livres do Nordeste e nas regiões/estados de migração das populações oriundas deste cenário. Portanto, ao analisar tais folhetos, estes nos revelaram o quanto a percepção popular estava inserida em um discurso político que se fazia representar nos seus versos, aclarando, assim, o entendimento a que a pesquisa se propõe. Neste interstício de tempo, Getúlio Vargas é mitificado por uma parcela da sociedade que atribui a este dirigente a responsabilidade pela elaboração das leis trabalhistas. Por sua vez, o poeta aproveita o momento de comoção nacional, de clamores, gerados pela morte do presidente para produzir seus folhetos, transpondo para o papel fatos que ficaram na memória social. É deste ponto que surgiu nossa problemática, na medida em que adentramos neste universo poético para podermos entender o porquê de esse político ter sido tão exaltado pelas camadas populares e recitado nos folhetos