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Previous issue date: 2013-08-02 === Sem bolsa === O presente estudo sustenta o potencial formativo da dialética negativa de Theodor W. Adorno, descrevendo, a partir das categorias Indústria cultural e Semiformação, o processo de mercantilização dos produtos simbólicos, cuja face subjetiva é o processo de formação interrompida, que produz um indivíduo cuja subjetividade fica formatada segundo os parâmetros de uma cultura onde o que impera é a imagem, sacralizada pela indústria na qual a experiência humana vai sendo substituída pelo consumo de mercadorias, que gera um crescente empobrecimento do potencial formativo da cultura e das próprias práticas educativas. Defende uma filosofia transformada, que acentua o poder da teoria na crítica, e possibilita a transformação no plano do social, pois se apresenta como o próprio conteúdo da filosofia, pelas categorias filosóficas, de forma que teoria do conhecimento e teoria da sociedade estão entrelaçadas em seu interior. Propõe o reconhecimento da dialética sujeito-objeto, na qual o sujeito não subordina o objeto identificando-o com um conceito universal, mas se entrega à natureza deste, salvando sua diferença, como reconhecimento da mediação entre as partes, aberto no que Adorno chama de Constelação própria do objeto, que possibilita uma dimensão formativa do sujeito no próprio processo do conhecimento, na medida em que o conhecimento passa a ser entendido como uma experiência do objeto que se realiza mediada pelo conceito. A categoria experiência torna-se essencial para que se entenda o pensamento filosófico, pois a renovação do pensamento está relacionada com a constante experiência do objeto e só nele recebe sua determinação. O pensamento não é aquiescência, mas uma tensão entre o ato ativo de experienciar, de ser afetado sempre pela própria coisa. Entende que filosofia necessita dos conceitos para relacionar-se com a realidade, tanto quanto da sensibilidade, para poder ir além de si no processo de compreensão do objeto e do próprio sujeito, que, numa perspectiva constelatória, percebe o objeto a partir das relações que estabelece com a realidade concreta, entendida em suas múltiplas relações histórica, sociais e culturais. O conhecimento, entendido como experiência humana, forma, pois permite ao sujeito pensar criticamente a realidade em que está inserido, estabelecendo relações com o mundo e também com o outro, não apenas como objeto a ser conhecido, mas como algo não-idêntico e que pode ser experienciado, não meramente decodificado, garantido a individualidade de cada um como possibilidade de, pela própria compreensão da interação do humano. === This study supports the formative potential of Theodor W. Adorno’s negative dialectics, and describes the process of commodification of symbolic products from the Cultural Industry and Semi-formation categories, whose subjective expression is the discontinued formative process which creates an individual whose subjectivity is shaped according to parameters of a culture in which the image rules, sanctified by industry, so that the human experience is being replaced by the consumption of goods, thus generating a growing impoverishment of the formative process of culture and educational practices. The study advocates a changed philosophy that emphasizes the power of theory in criticism and enables transformations in the social sphere, since it appears as the very content of philosophy through philosophical categories, in a way that both the theory of knowledge and the theory of society are intertwined within it. The paper proposes the recognition of the subject-object dialectics where the subject does not submit the object by identifying it with a universal concept, but rather surrenders to the nature of the latter, thus saving its differences in recognition of the mediation between the parties, the so-called Constellation of the subject by Adorno. This process enables a formative dimension of the subject in the process of knowledge, insofar as knowledge is understood as an experience of the object that is accomplished by the mediation of the concept. The experience category is essential for philosophical thought to be understood, once the renovation of thought is related to the constant experience of the object, and is only determined by it. Thought is not acquiescence, but rather a tension between the active act of experiencing, of always being affected by the same thing. It takes for granted that philosophy needs concepts to connect with reality, inasmuch as it needs sensitivity to be able to go beyond itself in the process of comprehending the object and even the subject which, from the constellation viewpoint, perceives the object from the relations established with concrete reality, understood in its multiple historical, social and cultural relations. Knowledge, as human experience, is formative, for it allows the subject to think about the reality in which he is inserted in a critical way, establishing bonds with the world and with each other, not only as an object to be known, but also as something unparalleled that needs to be experienced rather than decoded, ensuring each person’s individuality as a possibility of transformation through the comprehension of human interaction in the structuring of social processes.
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