Summary: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Letras/Inglês e Literatura Correspondente, Florianópolis, 2012 === Made available in DSpace on 2013-07-16T04:34:20Z (GMT). No. of bitstreams: 0 === O objetivo desta pesquisa é analisar a performance de Laurence Olivier como Ricardo, Duque de Gloucester, posteriormente Rei Ricardo III, no filme Richard III de 1955 sob a ótica do momento histórico contemporâneo da performance cinematográfica do ator britânico. E por momento histórico contemporâneo refiro-me à dicotômica disputa pelo poder entre os Estados Unidos da América (EUA) e a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) na Guerra Fria como uma imagem que se alinha com a apresentação fílmica dos momentos de definição da Guerra das Rosas. Neste sentido, eu objetivo esclarecer quais afirmações políticas-ambição, ações soturnas, derrota da tirania-Olivier pode fazer com sua performance do ambicioso vilão de Shakespeare. Portanto, em minha análise, eu foco no Maquiavelismo-a abordagem estereotípica e a interpretação distorcida das orientações de Nicolau Maquiavel apresentadas em seu livro O Príncipe-como uma noção política que tende a ver a política como um campo de batalha em que homens devem empregar quaisquer meios necessários para obter seus fins ambiciosos. Considerando que as performances teatral e fílmica de Olivier não se originam em um vácuo, eu discuto brevemente quatro performances icônicas-de Richard Burbage, David Garrick, Edmund Kean e Henry Irving-que podem ser vistas como influentes para as versões de Olivier do ambicioso vilão de Shakespeare. Também, quando eu discuto a performance fílmica de Olivier, eu alinho as noções do Cinema de Narrativa Clássica de David Bordwell e de Jane Stadler-como uma base para a adaptação cinematográfica do ator britânico-com as noções e visões de Anthony Davies sobre o filme de 1955. Por isso, ao alinhar o Maquiavelismo presente nas ações do Ricardo de Olivier com o momento histórico contemporâneo de sua performance cinematográfica, a presente análise demonstra que Olivier escolhe a mídia certa e o momento certo para trazer o infame personagem de Shakespeare à tela do cinema, ilustrando como a arte pode imitar a vida. Finalmente, eu defendo que a noção estereotípica de Maquiavel adotada por Shakespeare para construir seu personagem vil e seguida pelas performances de Burbage, Garrick, Kean e Irving auxilia na criação das versões teatral e cinematográfica de Olivier de Ricardo como um homem maquiavélico buscando poder político supremo.<br> === Abstract : The aim of this research is to analyze Laurence Olivier's performance of Richard, Duke of Gloucester, later King Richard III, in the film Richard III from 1955 in the light of the contemporaneous historical moment of the British actor's cinematographic performance. And by contemporaneous historical moment I mean the dichotomist power dispute between the United States of America (USA) and the Union of Soviet Socialist Republics (USSR) in the Cold War as an image that aligns with the filmic presentation of the defining moments of the Wars of the Roses. In this sense, I aim to clarify what political statements-ambition, sullen actions, defeat of tyranny-Olivier can be seen to make with his performance of Shakespeare's ambitious villain. Therefore, in my analysis, I focus on the Machiavellianism-the stereotyped approach and the distorted interpretation of Niccolò Machiavelli's orientations presented in his book The Prince-as a political notion that tends to see politics as a battlefield in which men should employ whatever means necessary to obtain their ambitious ends. Regarding Olivier's theatrical and filmic performances do not originate in a vacuum, I briefly discuss four iconic performances-Richard Burbage's, David Garrick's, Edmund Kean's, and Henry Irving's-that can be seen to have influenced Olivier's renditions of Shakespeare's ambitious villain. Also, when I discuss Olivier's filmic performance, I align David Bordwell's and Jane Stadler's notions of Classical Narration Cinema-as a basis for the British actor's cinematographic adaptation-with Anthony Davies' notions and views on the 1955 film. Hence, by aligning the Machiavellianism present in Olivier's Richard's actions to the contemporaneous historical moment of his cinematographic performance, the present analysis demonstrates that Olivier chooses the right medium and the right moment to bring Shakespeare's villainous character to the silver screen, illustrating how art can imitate life. Ultimately, I argue that Machiavelli's stereotyped notion adopted by Shakespeare to construct his villainous character and followed by Burbage's, Garrick's, Kean's, and Irving's performances assist in the creation of Olivier's theatrical and cinematographic renditions of Richard as a Machiavellian man searching for ultimate political power.
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