Avaliação da distribuição e do fluxo logístico dos testes rápidos para diagnóstico da infecção pelo HIV após 10 anos de oferta no Sistema Único de Saúde pelo Ministério da Saúde

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2016. === Made available in DSpace on 2017-03-21T04:11:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 344153.pdf: 2407097 bytes, checksum: d6dab748b2fac99902e424368b06...

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Bibliographic Details
Main Author: Batista, Cynthia Júlia Braga
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2017
Subjects:
Online Access:https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/174135
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Farmácia, Florianópolis, 2016. === Made available in DSpace on 2017-03-21T04:11:23Z (GMT). No. of bitstreams: 1 344153.pdf: 2407097 bytes, checksum: d6dab748b2fac99902e424368b0639c1 (MD5) Previous issue date: 2016 === Desde o início da epidemia do HIV nos anos de 1980 os países vêm focando esforços para reduzir seus danos e estabelecer políticas eficientes de enfrentamento à infecção. No entanto, em 2015, o Programa Conjunto das Nações Unidas (UNAIDS) informou que, mundialmente, 36,7 milhões de pessoas estão vivendo com HIV/Aids, e cerca de 2,1 milhões de pessoas se infectaram pelo HIV naquele ano. O avanço mundial do acesso ao diagnóstico possibilitou que, até dezembro de 2015, 17 milhões de pessoas tenham tido acesso ao tratamento com medicamentos antirretrovirais. Das ações para ampliar o acesso ao diagnóstico da infecção a oferta dos Testes Rápidos, possibilitou a chegada do diagnóstico aos locais mais longínquos do país e com resultados liberados em até 30 minutos. A testagem é fundamental para a detecção dos casos e imediata oferta de tratamento, com objetivos de manter a integridade do sistema imune da pessoa infectada e interferir diretamente na cadeia de transmissão da infecção, uma vez que indivíduos com carga viral suprimida (inferior a 25 cópias de RNA/mL) têm menos chance de transmitir a infecção. O Brasil iniciou a distribuição de Testes Rápidos para diagnóstico da infecção pelo HIV em 2002 por meio de um projeto especifico em maternidades, mas ampliou esta distribuição a partir de 2005. Desde então é possível observar um crescimento significativo de aquisição e distribuição dos testes rápidos. O presente estudo teve como objetivo avaliar a distribuição dos testes rápidos pelo Ministério da Saúde, sua capilaridade (municípios que recebem TR) e suas limitações para ampliação do uso em todos os municípios brasileiros após 10 anos de oferta no Sistema Único de Saúde (SUS). Como metodologia foi realizada uma Pesquisa avaliativa do tipo análise estratégica para embasar políticas públicas de saúde. Este estudo demonstrou que a distribuição de testes rápidos pelo Ministério da Saúde cresceu mais de 1.500% nos últimos 10 anos e que o gasto com as aquisições foi reduzido desde 2014 com o novo modelo de compra. Como resultado da pesquisa foi verificado que 55% dos municípios brasileiros recebem e realizam os testes rápidos. Além disso, foram demonstradas quais as principais dificuldades para uso deste sistema e as barreiras para ampliação da testagem, sendo que a qualidade dos testes rápidos não foi questionada. Ficou evidente que 100% dos testes rápidos utilizados narede pública de saúde são fornecidos pelo Ministério da Saúde, embora não haja pactuação na Comissão Intergestora Tripartite (CIT) que estabeleça esta condição. A pesquisa demonstrou ainda as principais dificuldades para treinamento e ampliação da testagem da infecção pelo HIV o que poderá direcionar as políticas públicas.<br> === Abstract : Since the beginning of the HIV epidemic in the 1980s, countries have focused efforts to reduce its impacts and establish efficient policies to deal with the infection. However, in 2015, the Joint United Nations Programme on HIV/AIDS (UNAIDS) reported that 36.7 million people live with HIV / AIDS worldwide, and around 2.1 million people became infected with HIV that year. By December 2015, improved global access to diagnosis meant that 17 million people accessed treatment with antiretroviral drugs. Among the actions to expand access to diagnosis of the infection, the introduction of Rapid Tests (RT) made it possible to undertake diagnoses in the remotest parts of the country, with the results released in 30 minutes. Testing is vital for detecting cases and treating them immediately in order to maintain the integrity of the infected person´s immune system and interfere directly in the chain of transmission, since individuals with a suppressed viral load (less than 25 RNA copies / ml) are less likely to transmit the infection. Brazil started distributing RT for the diagnosis of HIV infection in 2002 through a project targeted at maternity wards, and expanded distribution as from 2005. The purchase and distribution of RT have increased significantly since then. This study seeks to evaluate the distribution of Rapid Tests by Brazil´s Ministry of Health (MoH), the capillarity network (cities receiving RT) and the limitations for extended use of RT in all the country´s towns and cities after 10 years of being supplied within the Unified Health System (SUS). The methodology used was a strategic (logistical) analysis type evaluation survey in support of public health policies. This study showed that the distribution of RT by the MoH expanded by over 1500% during the last 10 years, and that expenditure on acquisitions declined since 2014 with the use of the new purchasing model. The research survey revealed that 52.7% of Brazilian cities receive and perform RT and that the quality of the tests was not questioned by any of them. It also highlighted the main difficulties involved in using this system, as well as the barriers to scaling up HIV testing. The survey also found that 100% of the RT used in the public health system are supplied by the MoH, although there is no government directive that gives the MoH exclusive handling. Finally, the survey alsodrew attention to the main issues concerned with training in, and expansion of, HIV testing. All the information collected in this study can be useful for future public policies planning in this area.