Indústria cultural, subjetividade e formação danificadas na dialética do esclarecimento e nas minima moralia

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação. Programa de Pós-graduação em Educação === Made available in DSpace on 2012-10-23T01:57:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 245542.pdf: 821061 bytes, checksum: c4a19095ab9fa4f8eaa0201f1d7d9ca8 (MD5) === O pre...

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Bibliographic Details
Main Author: Petry, Franciele Bete
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Language:Portuguese
Published: Florianópolis, SC 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/89716
Description
Summary:Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação. Programa de Pós-graduação em Educação === Made available in DSpace on 2012-10-23T01:57:06Z (GMT). No. of bitstreams: 1 245542.pdf: 821061 bytes, checksum: c4a19095ab9fa4f8eaa0201f1d7d9ca8 (MD5) === O presente trabalho pretende discutir as considerações de Adorno sobre a indústria cultural e suas implicações em relação à constituição do sujeito. Em primeiro lugar, serão analisadas as observações de Adorno e Horkheimer na obra conjunta Dialética do esclarecimento, na qual são explicitadas as principais noções relativas ao processo por eles criticado, como, por exemplo, a produção de bens culturais destinada às massas, o caráter idêntico dessas mercadorias, a suposta "necessidade" dos consumidores em possuírem tais produtos, a falsa mimese realizada pela indústria cultural e, com isso, a impossibilidade de resistência frente a essa dominação. Também será objeto de discussão a idéia de uma arte baseada na utilidade em contraposição à teoria kantiana da estética como finalidade sem fim. Faz parte do primeiro capítulo, ainda, uma seção sobre a influência dos conceitos da psicanálise na explicação da influência do processo da indústria cultural sobre a constituição da subjetividade, principalmente no que se refere aos produtos culturais concebidos como entretenimento para a sublimação das pulsões dos indivíduos, mas que são, segundo Adorno e Horkheimer, repressivos, e outra seção que procura relacionar os conceitos da teoria marxista, como de forma-mercadoria e a noção de reificação da consciência, também empregada por Lukács. No segundo capítulo, discutiremos a crítica de Adorno à indústria cultural especificamente na obra Minima moralia, destacando o método empregado por ele para a apresentação do problema, a fragmentação da subjetividade da perspectiva da impossibilidade de realizar experiências e de manter uma relação mediada tanto com a realidade quanto com as obras de arte e, finalmente, como os esquemas da indústria cultural se inseriram na vida dos indivíduos de tal forma que a dominação, própria do projeto do esclarecimento em sua dimensão instrumental, passou a reger a esfera do particular e, conseqüentemente, a converter também a vida em um processo de fragmentação que corresponde à tendência objetiva da sociedade.