Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade

Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-26T06:50:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 296910.pdf: 2504202 bytes, checksum: b55388e392625907e14221...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Orlandi, Renata
Other Authors: Universidade Federal de Santa Catarina
Format: Others
Language:Portuguese
Published: 2012
Subjects:
Online Access:http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95886
id ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsc.br-123456789-95886
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Psicologia
Mulheres -
Saude e higiene
HIV (Vírus)
AIDS (Doença)
spellingShingle Psicologia
Mulheres -
Saude e higiene
HIV (Vírus)
AIDS (Doença)
Orlandi, Renata
Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade
description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011 === Made available in DSpace on 2012-10-26T06:50:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 296910.pdf: 2504202 bytes, checksum: b55388e392625907e1422141a2eb2717 (MD5) === O recebimento da notícia diagnóstica, o aparecimento de sintomas e a aderência ao tratamento antirretroviral abrem precedentes para uma infinidade de mudanças no cotidiano das pessoas que vivem e convivem com o HIV. Face à revelação diagnóstica, as pessoas que vivem com o HIV podem acionar a sua rede social ou manter em segredo o seu status sorológico, tornando o enfrentamento da contaminação um processo desgastante e solitário. Haja vista a tendência mundial e também brasileira de feminização da epidemia torna-se estratégico o desenvolvimento de pesquisas voltadas para essa população. O objetivo deste estudo foi investigar como a rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV participa do enfrentamento da soropositividade. Metodologicamente, o trabalho se caracteriza como qualitativo, transversal, descritivo e exploratório. Para a coleta de dados foram empregados a entrevista semi-estruturada, o mapa de redes e o genograma, bem como foram consultados os prontuários médicos das pessoas investigadas. Participaram do estudo mulheres infectadas pelo HIV com idades compreendidas entre 20 e 59 anos que haviam recebido o diagnóstico há mais de um ano e que apresentavam condições emocionais para lidar com o procedimento de investigação. Os dados foram coletados em um hospital de referência no tratamento de doenças infecciosas, em uma cidade situada no sul do Brasil com altos índices de casos notificados. O procedimento de análise foi ancorado na Teoria Fundamentada Empiricamente. Para a organização e processamento dos dados foi utilizado o software Atlas/ti 5.0. Foram tomadas todas as medidas éticas aplicáveis à execução da investigação científica. O segredo e/ou a impossibilidade de falar abertamente sobre o vírus HIV foi mencionado pelas entrevistadas e o estigma atrelado à Aids destacou-se nos relatos. Referente aos recursos pessoais empregados na resolução de problemas relacionados ao HIV foram destacados: as medidas de auto-cuidado em saúde, o delineamento de projetos de vida, as estratégias psicológicas para ressignificar soropositividade e a atuação da rede social significativa. As participantes que apresentaram mais recursos no enfrentamento do problema, as que referiram maior bem estar, assim como melhores condições clínicas de saúde apresentaram redes sociais significativas mais eficientes e dinâmicas no que diz respeito à composição, às funções, à heterogeneidade, à freqüência de contatos, à proximidade geográfica, à intimidade e às interconexões. Ainda que isoladas, as iniciativas de profissionais de saúde no sentido de acolher membros da rede social dessas mulheres no processo de enfrentamento da soropositividade foram bem vistas e pareceram repercutir na qualidade da ajuda. Para além do mapeamento e acionamento de membros, a articulação da ajuda e o favorecimento dos processos comunicacionais entre todos estes e as pessoas que demandam o apoio parece ser um foco estratégico de atuação das equipes de saúde, as quais podem atuar tanto no envolvimento de pessoas, como no fortalecimento e na criação de conexões entre os sub-sistemas que compõem as redes sociais significativas. Enfatiza-se a relevância de pesquisas futuras dirigidas ao estudo da participação das redes sociais significativas no processo de enfrentamento da soropositividade sob a perspectiva dos membros destas mesmas redes, subsidiando políticas públicas dirigidas tanto à população que apresenta este status sorológico como às pessoas que as cercam e lhes ofertam ajuda.
author2 Universidade Federal de Santa Catarina
author_facet Universidade Federal de Santa Catarina
Orlandi, Renata
author Orlandi, Renata
author_sort Orlandi, Renata
title Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade
title_short Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade
title_full Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade
title_fullStr Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade
title_full_unstemmed Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade
title_sort participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o hiv no enfrentamento da soropositividade
publishDate 2012
url http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95886
work_keys_str_mv AT orlandirenata participacaodaredesocialsignificativademulheresquevivemeconvivemcomohivnoenfrentamentodasoropositividade
_version_ 1718822112689389568
spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.ufsc.br-123456789-958862019-01-21T16:16:56Z Participação da rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV no enfrentamento da soropositividade Orlandi, Renata Universidade Federal de Santa Catarina Moré, Carmen Leontina Ojeda Ocampo Psicologia Mulheres - Saude e higiene HIV (Vírus) AIDS (Doença) Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Florianópolis, 2011 Made available in DSpace on 2012-10-26T06:50:25Z (GMT). No. of bitstreams: 1 296910.pdf: 2504202 bytes, checksum: b55388e392625907e1422141a2eb2717 (MD5) O recebimento da notícia diagnóstica, o aparecimento de sintomas e a aderência ao tratamento antirretroviral abrem precedentes para uma infinidade de mudanças no cotidiano das pessoas que vivem e convivem com o HIV. Face à revelação diagnóstica, as pessoas que vivem com o HIV podem acionar a sua rede social ou manter em segredo o seu status sorológico, tornando o enfrentamento da contaminação um processo desgastante e solitário. Haja vista a tendência mundial e também brasileira de feminização da epidemia torna-se estratégico o desenvolvimento de pesquisas voltadas para essa população. O objetivo deste estudo foi investigar como a rede social significativa de mulheres que vivem e convivem com o HIV participa do enfrentamento da soropositividade. Metodologicamente, o trabalho se caracteriza como qualitativo, transversal, descritivo e exploratório. Para a coleta de dados foram empregados a entrevista semi-estruturada, o mapa de redes e o genograma, bem como foram consultados os prontuários médicos das pessoas investigadas. Participaram do estudo mulheres infectadas pelo HIV com idades compreendidas entre 20 e 59 anos que haviam recebido o diagnóstico há mais de um ano e que apresentavam condições emocionais para lidar com o procedimento de investigação. Os dados foram coletados em um hospital de referência no tratamento de doenças infecciosas, em uma cidade situada no sul do Brasil com altos índices de casos notificados. O procedimento de análise foi ancorado na Teoria Fundamentada Empiricamente. Para a organização e processamento dos dados foi utilizado o software Atlas/ti 5.0. Foram tomadas todas as medidas éticas aplicáveis à execução da investigação científica. O segredo e/ou a impossibilidade de falar abertamente sobre o vírus HIV foi mencionado pelas entrevistadas e o estigma atrelado à Aids destacou-se nos relatos. Referente aos recursos pessoais empregados na resolução de problemas relacionados ao HIV foram destacados: as medidas de auto-cuidado em saúde, o delineamento de projetos de vida, as estratégias psicológicas para ressignificar soropositividade e a atuação da rede social significativa. As participantes que apresentaram mais recursos no enfrentamento do problema, as que referiram maior bem estar, assim como melhores condições clínicas de saúde apresentaram redes sociais significativas mais eficientes e dinâmicas no que diz respeito à composição, às funções, à heterogeneidade, à freqüência de contatos, à proximidade geográfica, à intimidade e às interconexões. Ainda que isoladas, as iniciativas de profissionais de saúde no sentido de acolher membros da rede social dessas mulheres no processo de enfrentamento da soropositividade foram bem vistas e pareceram repercutir na qualidade da ajuda. Para além do mapeamento e acionamento de membros, a articulação da ajuda e o favorecimento dos processos comunicacionais entre todos estes e as pessoas que demandam o apoio parece ser um foco estratégico de atuação das equipes de saúde, as quais podem atuar tanto no envolvimento de pessoas, como no fortalecimento e na criação de conexões entre os sub-sistemas que compõem as redes sociais significativas. Enfatiza-se a relevância de pesquisas futuras dirigidas ao estudo da participação das redes sociais significativas no processo de enfrentamento da soropositividade sob a perspectiva dos membros destas mesmas redes, subsidiando políticas públicas dirigidas tanto à população que apresenta este status sorológico como às pessoas que as cercam e lhes ofertam ajuda. 2012-10-26T06:50:25Z 2012-10-26T06:50:25Z info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/95886 296910 por info:eu-repo/semantics/openAccess 253 p.| il., grafs., tabs. reponame:Repositório Institucional da UFSC instname:Universidade Federal de Santa Catarina instacron:UFSC