Summary: | Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, 2013. === Submitted by Albânia Cézar de Melo (albania@bce.unb.br) on 2014-01-28T11:35:25Z
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2013_InaraLinnMaracci.pdf: 4276038 bytes, checksum: 80e6577739911b42c5eb6be7156f0c48 (MD5) === A socialização e a construção identitária de gênero são processos importantes do desenvolvimento psicológico humano. Esse estudo investigou como as mulheres constroem seus papéis de gênero e vivenciam o seu processo de socialização durante o seu desenvolvimento, a partir de narrativas. Participaram da pesquisa quatro mulheres entre 37 e 55 anos de idade, servidoras de uma universidade pública do DF. Três delas com formação de nível superior e uma de nível médio. Todas eram mães (2 a 3 filhos), sendo uma casada, uma em união estável, uma divorciada e uma solteira. As participantes se consideraram pertencentes à classe baixa e média. A coleta de dados desenvolveu-se em três etapas consecutivas. Na primeira, solicitou-se uma narrativa escrita: “Minha história de vida: de menina até hoje”. Na segunda, foram propostas questões individuais elaboradas a partir das narrativas. Na terceira etapa, os temas comuns evidenciados nas narrativas foram apresentados como objeto de discussão para três sessões de grupo focal. Os dados obtidos nas duas primeiras etapas foram analisados como um texto, tomando-se a proposição como unidade de análise. As interlocuções do grupo focal foram submetidas à análise dos atos da fala. A análise dos resultados das etapas iniciais sugere que: a socialização, a construção e desempenho de papéis sociais femininos ainda fundamentam-se pelas ideologias da naturalização, do patriarcado e do mito do amor materno; os papéis femininos tradicionais, de esposa e mãe, ainda são fortemente socializados ao longo da vida e são priorizados, em detrimento de outros papéis, como os papéis de pessoa, mulher e profissional;; o foco na queixa do abandono e na ausência do apoio masculino demonstra a posição de destaque, dada à figura masculina, e a consequente dependência feminina, conforme parâmetros patriarcais. Os dados do grupo focal revelaram: a dificuldade das mulheres em adotarem ou aceitarem uma fala feminina mais assertiva e a criação de um falso self; a socialização de atitudes femininas como a dependência, o apego, o medo do abandono, a queixa, e a permanência de um padrão de feminilidade, no qual as mulheres devem ser boas, ceder, agradar e viver em função dos outros. O método adotado se revelou propício à investigação proposta neste estudo. ______________________________________________________________________________ ABSTRACT === The socialization and the development of a gender identity in our society by individuals are important processes of human psychological development based on the narratives. This study investigated how women create their female gender roles, and how they are influenced by social parameters throughout their development. Four women between the ages of thirty-seven and fifty-five participated in this study. These women are all employed at a Public University, in Brazils Federal District. Three of the women have College degrees and one holds a high school diploma. All are mothers, with two to three children. One is married, one is in a stable union, one is divorced and one is single. The participants considered themselves to be of the lower to the middle socio-economic class. Data was collected in three consecutive stages. In the first phase, we asked the participants to write a narrative: "My life story: from girl to present." In the second phase, we questioned them about issues raised in their narrative. In the third phase, we presented for discussion elements that were common in the first two phases in, for three focus group sessions. The data obtained in the first two phases was transcribed and analyzed; subsequently using it as a unit for analysis. The dialogs from the focus group were submitted to speech analysis. The resulting analysis
suggests that: the socialization process, the development and the performance of the female role in society are strongly influenced by the ideologies of naturalization, social/patriarchal concept and the misconception of maternal love. The concept of traditional female roles of wife and mother are still strongly socialized throughout life. This prioritization of the female/mother role figure appears to be to the detriment of other roles, such as individual, as woman and as professionals in this study. The frequent complaint of “abandonment” and “absence” of male support in parenting, underlines the prominent position given to the masculine figure in society and the subsequent dependence of women in accordance with existing social/patriarchal parameters. The data resulting from the study of the focus group, revealed: the difficulty women have in exercising a more assertive role and manner of speaking and the creation of a “false” self; the socialization of feminine attitudes like dependence, attachment, fear of abandonment, complaint; and the permanence of feminine ideologies in which females are portrayed as good, dependent, accommodative who function as a result of the needs of others. The methods utilized in this study revealed themselves appropriate for the proposed study.
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