Summary: | Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Faculdade de Ciências da Saúde, 2009. === Submitted by Suelen Silva dos Santos (suelenunb@yahoo.com.br) on 2010-12-02T16:34:12Z
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2009_LeidesBarrosoAzevedoMoura.pdf: 4399585 bytes, checksum: 6fd4b8cd5750a4255b4bd5ec377fcfcf (MD5) === A pesquisa teve como objetivo dimensionar, de maneira exploratória e descritiva, as violências praticadas por parceiros íntimos contra mulheres de 15 a 49 anos residentes numa localidade da área metropolitana de Brasília chamada Varjão, no Distrito Federal. Para isso, estimou-se a prevalência dos diferentes atos violentos e os comportamentos de controle praticados por parceiros íntimos nos últimos 12 meses e no decorrer da vida das mulheres selecionadas, bem como os comportamentos de controle baseados em gênero adotados pelos parceiros íntimos. Apresentaram-se as prevalências de violências física e sexual praticadas por outros agressores pertencentes ao entorno da história da mulher, identificaram-se os fatores presentes nas relações íntimo-afetivas de acordo com o modelo ecológico e registrou-se a fala das entrevistadas, por intermédio do Discurso do Sujeito Coletivo, e as representações sociais ancoradas nessas falas. O delineamento do estudo foi transversal, com amostragem aleatória sistemática. O instrumento de pesquisa constou de 58 perguntas de um questionário desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde. Para o levantamento de dados, foram entrevistadas, em 2007, 278 mulheres que tiveram parceiros íntimos alguma vez na vida, e foram analisadas as prevalências das violências de natureza física, psicológica, sexual e física ou sexual. As variáveis exploratórias foram agrupadas considerando o modelo ecológico proposto por Bronfenbrenner, em quatro níveis - pessoa, processo, contexto e tempo -, e utilizou-se o teste qui-quadrado com nível de significância 0,05 para verificar a relação entre as violências e as variáveis exploratórias. Além disso, uma análise múltipla de regressão logística foi efetuada para cada variável-desfecho. As narrativas das vivências de violências foram tratadas pela técnica de tabulação de depoimentos verbais denominada Discurso do Sujeito Coletivo, que possibilitou a discursividade das mulheres entrevistadas. A prevalência de violência psicológica foi a mais alta: N = 223, isto é, 80,2% das mulheres entrevistadas relataram pelo menos um ato no decorrer da vida e N = 139, 50%, nos últimos 12 meses. A violência física ao longo da vida e nos últimos 12 meses apresentou, respectivamente, N = 163, 58,6%, e N = 90, 32%, enquanto a violência sexual, N = 80, 28,8%, e N = 43, 15,5%. A violência física ou sexual ao longo da vida apresentou N = 171, ou seja, 61,5%. Os resultados são apresentados pelas associações das variáveis-desfecho e as variáveis exploratórias que se mostraram significativas. Odds- ratios simples e ajustadas são apresentadas. Variáveis que estiveram presentes para todos os quatro tipos de violência ao longo da vida ou nos últimos 12 meses foram: comportamentos de controle, relacionamento extraconjugal, uso de droga e episódios de embriaguez. Além disso, as narrativas das entrevistadas geraram 32 Discursos do Sujeito Coletivo que foram construídos a partir de 395 Expressões-Chaves agrupadas por semelhança de sentido em sete blocos temáticos: A engenharia das VPIs (8 DSCs), Histórias de estupro de vulneráveis (6 DSCs), Violências silenciosas ou silenciadas (4 DSCs), Anos potenciais de vidas sofridas ( 4 DSCs), Um novo tempo...apesar dos pesares (4 DSCs), E por falar em violências (2 DSCs) e a Violência é uma linguagem (4 DSCs). As altas prevalências das violências reveladas neste estudo mostram a magnitude da vulnerabilidade e das agressões praticadas contra mulheres nas relações com parceiros íntimos e a existência de múltiplas dinâmicas violentas. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT === This descriptive and exploratory research aimed to analyze intimate partner genderbased violence committed by intimate partners against women aged 15 to 49 years living in an economically vulnerable area. A cross-sectional study design was selected and interviews were performed with 278 women aged between 15 and 49 years, who had had at least one male intimate partner in their lives and lived in a metropolitan area of the city of Brasília, DF, Brazil, called Varjão, in 2007. Systematic random sampling process was used. The research instrument consisted of a questionnaire with 58 questions, developed by the World Health Organization. Prevalence of psychological, physical, sexual and physical or sexual violence were analyzed. Independent variables were organized by the ecological theory proposed by Bronfenbrenner and four levels were considered: Person, Process, Context, and Time. In addition, the study adopted a qualitative technique called Discourse of the Collective Subject and 195 women shared some experience of violence. Ethical measures to maintain the women safe from further abuses were taken. Initially, chi-square test with significance level of 0.05 was to test the relationship between the four types of dependent variable and the exploratory variables. Also, odds-ratio and confidence interval of 95% were used to test association between dependent and ecological variables selected from the data instrument. Results shows the highest prevalence was that of psychological violence: 80.2% (n=223) of the women interviewed reported at least one act throughout their lives and 50% (n=139) in the last 12 months. Prevalence of physical violence was 58.6% throughout life and 32% in the last 12 months, whereas those of sexual violence were 28.8% and 15.5%, respectively. The physical or sexual lifelong violence was 61.5%..Multiple levels logistic regressions show that variables form the process level were present in all final models of the analyses. Partner’s controlling behavior and infidelity were highly associated with all types of violence ( p = < 0,05 were considered). Finally, the 195 women’s narrative of violence presented 395 Key-Expressions that formed 32 Discourses of the Collective Subject. The high prevalence of violence shows the magnitude of vulnerability and aggressions committed against women in relationships with intimate partners.
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