Memoria da lingua : imigração e nacionalidade
Orientador: Eni Puccinelli Orlandi === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem === Made available in DSpace on 2018-07-25T00:28:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Payer_MariaOnice_D.pdf: 7625587 bytes, checksum: ed284ef39117421dc5a7d1e05ba0292b (MD5) Pr...
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Online Access: | PAYER, Maria Onice. Memoria da lingua: imigração e nacionalidade. 1999. 173 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, [SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/270700>. Acesso em: 24 jul. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/270700 |
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ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-2707002019-01-21T20:30:35Z Memoria da lingua : imigração e nacionalidade Payer, Maria Onice, 1964- UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Orlandi, Eni Puccinelli, 1942- Smolka, Ana Luisa Bustamante Correa, Bethania Sampaio Castro, Maria Fausta Pereira de Lara, Tiago Adão Memória Língua portuguesa - Estudo e ensino Língua materna Comunicação oral Análise do discurso Orientador: Eni Puccinelli Orlandi Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem Made available in DSpace on 2018-07-25T00:28:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Payer_MariaOnice_D.pdf: 7625587 bytes, checksum: ed284ef39117421dc5a7d1e05ba0292b (MD5) Previous issue date: 1999 Resumo: A pesquisa tem como objeto de estudo a memória discursiva oral - em que se incluia língua- de sujeitos provenientes da imigração italiana para o Brasil no contexto republicano. O processo de nacionalização desses imigrantes contou com a intervenção pontual do Estado, na década de 1930, quando foi oficialmente interditada a prática da língua materna dos imigrantes, através de campanhas de nacionalização que implantaram a língua nacional nas áreas de colonização estrangeira, sobretudo através da escola primária. Entretanto, em regiões onde a prática de linguagem é de predominância oral, a freqüência obrigatória à escola primária não alcançou apagar de todo a língua dos imigrantes, de modo que os traços de memória de sua língua (dialetositalianos)- aqui considerados como traços de sua memória discursiva- encontram-se até hoje presentes na estrutura do Português que falam. A relação do sujeito com esses traços é marcada pela imagem da língua interditada: ao mesmo tempo em que constituem o sujeito de linguagem, constam como traços a serem apagados, à medida em que o Português interpela juridicamente esse sujeito como língua apropriada ao seu estatuto de cidadão. Tal contradição, produzida no âmago da história e manifesta no sujeito do discurso, leva a um desnivelamento entre a memória discursiva dos imigrantes enquanto memória constitutiva e enquanto memória representada, na medida em que o sujeito do discurso representa como sendo do domínio do "passado" os traços de língua/discurso advindos dos imigrantes, ao mesmo tempo em que esses traços constituem a sua língua/discurso no próprio "presente", escapando assim a essa representação. Tal desnivelamento condiz com a representação linear de história que a historiografia coloca à disposição, na sociedade como na escola, ao apagar o fato de ter havido mais de uma língua (portanto de uma memória discursiva) atuando na constituição histórica desses sujeitos. Disso resulta a importância da formulação discursiva do passado através dos "textos de lado, ultrapassagens e/ou resistências vêm estabelecer entretanto rupturas na representação dos traços de memória dos imigrantescomo alteridade temporal, quando o fio da temporalidade assim organizada se rompe e o sujeito fica exposto, na própria língua, à multidimensionalidade temporal dos sentidos que habitam seu dizer Abstract: Not informed. Doutorado Doutor em Linguística 1999 2018-07-25T00:28:42Z 2018-07-25T00:28:42Z 1999-05-20T00:00:00Z info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis (Broch.) PAYER, Maria Onice. Memoria da lingua: imigração e nacionalidade. 1999. 173 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem, Campinas, [SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/270700>. Acesso em: 24 jul. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/270700 por info:eu-repo/semantics/openAccess 173 p. application/pdf [s.n.] Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem Programa de Pós-Graduação em Linguística reponame:Repositório Institucional da Unicamp instname:Universidade Estadual de Campinas instacron:UNICAMP |
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Previous issue date: 1999 === Resumo: A pesquisa tem como objeto de estudo a memória discursiva oral - em que se incluia língua- de sujeitos provenientes da imigração italiana para o Brasil no contexto republicano. O processo de nacionalização desses imigrantes contou com a intervenção pontual do Estado, na década de 1930, quando foi oficialmente interditada a prática da língua materna dos imigrantes, através de campanhas de nacionalização que implantaram a língua nacional nas áreas de
colonização estrangeira, sobretudo através da escola primária. Entretanto, em regiões onde a prática de linguagem é de predominância oral, a freqüência obrigatória à escola primária não alcançou apagar de todo a língua dos imigrantes, de modo que os traços de memória de sua língua (dialetositalianos)- aqui considerados como traços de sua memória discursiva- encontram-se até hoje presentes na estrutura do Português que falam. A relação do sujeito com esses traços é
marcada pela imagem da língua interditada: ao mesmo tempo em que constituem o sujeito de linguagem, constam como traços a serem apagados, à medida em que o Português interpela juridicamente esse sujeito como língua apropriada ao seu estatuto de cidadão. Tal contradição, produzida no âmago da história e manifesta no sujeito do discurso, leva a um desnivelamento entre a memória discursiva dos imigrantes enquanto memória constitutiva e enquanto memória
representada, na medida em que o sujeito do discurso representa como sendo do domínio do "passado" os traços de língua/discurso advindos dos imigrantes, ao mesmo tempo em que esses traços constituem a sua língua/discurso no próprio "presente", escapando assim a essa representação. Tal desnivelamento condiz com a representação linear de história que a
historiografia coloca à disposição, na sociedade como na escola, ao apagar o fato de ter havido mais de uma língua (portanto de uma memória discursiva) atuando na constituição histórica desses sujeitos. Disso resulta a importância da formulação discursiva do passado através dos "textos de lado, ultrapassagens e/ou resistências vêm estabelecer entretanto rupturas na representação dos traços de memória dos imigrantescomo alteridade temporal, quando o fio da temporalidade assim
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