Enterocolites em crianças e adolescentes com cancer : valor prognostico dos achados clinicos e de imagem
Orientador: Silvia Regina Brandalise === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas === Made available in DSpace on 2018-08-14T10:29:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rizzatti_Marcelo.pdf: 1017352 bytes, checksum: fe168887c2451c5f8aa8394d87ffa50b (MD5)...
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Oncologia Câncer Pediatria Infecção Oncology Neoplasm Pediatric Infection Rizzatti, Marcelo Enterocolites em crianças e adolescentes com cancer : valor prognostico dos achados clinicos e de imagem |
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Orientador: Silvia Regina Brandalise === Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas === Made available in DSpace on 2018-08-14T10:29:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 === Resumo: Introdução: O aumento da sobrevida dos pacientes pediátricos portadores de câncer se deve aos avanços no diagnóstico, nas técnicas cirúrgicas e radioterápicas, na terapia de suporte e, entre outros fatores, aos regimes quimioterápicos intensivos. Estes procedimentos tornam tais pacientes mais vulneráveis às intercorrências infecciosas, principalmente decorrentes de graus variáveis de mielotoxicidade. Dentre as infecções com elevada morbimortalidade se destaca a enterocolite. Além das complicações inerentes a esta patologia, interrupções e alterações do esquema quimioterápico, diferentes graus de desnutrição e óbito não raramente ocorrem. Poucas são as publicações na literatura sobre esta entidade na pediatria oncológica, principalmente com foco na complexidade da definição dos critérios diagnósticos da enterocolite e os diagnósticos diferenciais com outras patologias abdominais, que podem ocorrer ao longo da terapia do câncer. Objetivos: 1. Estudar o valor prognóstico dos sintomas e sinais clínicos em pacientes pediátricos com o diagnóstico de enterocolite, na vigência de tratamento oncológico. 2. Estudar o valor prognóstico dos achados ultrassonográficos abdominais com o quadro clínico e evolução destes pacientes. Material e Métodos: Estudo retrospectivo realizado em 188 pacientes portadores de câncer abaixo de 25 anos de idade,
consecutivamente diagnosticados e tratados no Centro Infantil Boldrini, acompanhados no período de 2003 a 2007, com o diagnóstico clínico presuntivo de colite. O diagnóstico confirmatório de enterocolite foi baseado na espessura da parede intestinal igual ou superior a 3 milímetros, verificada ao exame ultrassonográfico abdominal, dos pacientes com a queixa de um ou mais sintomas relacionados (dor ou tensão abdominal, vômitos, diarréia, associados ou não a febre). A espessura da parede intestinal foi dividida em 3 grupos: 3 a 5 mm, 5,1 a 10 mm e acima de 10 mm. Análise estratificada foi realizada de acordo com a intensidade da granulocitopenia no momento da suspeita do diagnóstico de enterocolite, idade e sexo dos pacientes, tipo histológico do câncer, número dos segmentos intestinais envolvidos, quimioterápicos utilizados, tratamento cirúrgico instituído e ocorrência de septicemia. Resultados: No período do estudo, 1159 crianças e adolescentes com idade até 25 anos e portadores de câncer, foram admitidos no Centro Infantil Boldrini. Destes, 188 pacientes (16,5%) tiveram um ou mais episódios de enterocolite, totalizando 231 eventos. 118 episódios ocorreram no sexo masculino e 113 episódios ocorreram no sexo feminino. A maior freqüência, de acordo com a faixa etária dos pacientes, foi de 120 a 240 meses (44,6%). 87% da população de estudo apresentavam, ao diagnóstico de enterocolite, granulócitos =500/mm3. Os dados demográficos (idade, sexo, peso e estatura), sinais/sintomas, tipo do câncer, terapia e achados ultrassonográficos foram retrospectivamente coletados. 27,3% dos episódios de enterocolite apresentaram espessura de alça intestinal > 3 = 5 mm, 55% de > 5 = 10 mm e 17,7% > 10 mm. 27 pacientes com enterocolite faleceram (11,7%). A espessura da parede intestinal > 10 mm e a ocorrência de mais de 4 sintomas ao diagnóstico da enterocolite, estiveram associados a maior taxa de óbito. O uso concomitante de opióides foi registrado em 101 episódios de enterocolite (43,7%). A distensão abdominal teve valor prognóstico associado ao óbito (p = 0,0018). Dentre os quimioterápicos, a citarabina teve associação significativa nos casos que evoluíram para óbito (p = 0,0261). Conclusões: A presença de 4 ou mais sinais/sintomas ao diagnóstico da enterocolite, utilização prévia do quimioterápico citarabina e a presença de distensão abdominal foram associados maior letalidade nos pacientes com enterocolite (p = 0,0255, p=0,0018 e p = 0,0195, respectivamente), sendo que as últimas duas variáveis elevaram a chance de óbito em até três vezes mais. As demais variáveis estudadas não apresentaram diferença estatisticamente significativa em associação ao óbito. === Abstract: Introduction: Increased survival rates for patients with oncological diseases are among other factors, due to intensive chemotherapy regimens, which turn such patients vulnerable to infectious complications secondary to severe myelotoxicity. Among these, it is worth to mention the necrotizing enterocolitis (or typhlitis), exposing the patient to therapy interruptions, chemotherapy regimen changes, delayed treatment, weight loss and eventually death. Few published studies and nonconsensus criteria for diagnostic confirmation of colitis, among other abdominal diseases along cancer therapy in children and adolescents, justify this study. Objectives: 1. To study the prognostic value of clinical signs and symptoms in pediatric patients with enterocolitis diagnosis. 2. To study the prognostic value of abdominal ultrasound findings, related to clinical features and survival of these patients. Methods: A retrospective study with pediatric cancer patients that clinically presented the diagnosis of colitis treated at the Centro Infantil Boldrini, from January/2003 to December/2007. Confirmatory diagnosis was defined by the bowell wall thickness equal or greater than 3 millimeters (at ultrasound), together or associated with the presence of one or more related symptoms (abdominal pain or tension pain, vomiting, diarrhea or fever). For prognostic association, the bowell wall thickness was stratified as 3 to 5 mm, 5.1 to 10 mm and above 10.1 mm. The variables granulocytopenia intensity, chemotherapy, surgical treatment and sepsis occurence were also analyzed. Results: From January/2003 to December/2007 1159 pediatric patients were admitted to Boldrini's Center with a cancer diagnosis. 188 patients had one or mor colitis episodes (incidence of 16,5%). A total of 231 episodes were retrospectively analised. 118 cases were in males and 113 cases were in females. According to the patient's age with enterocolitis, the prevalente group was with ages between 120 to 240 months (44.6%). 87% of the study population with, the diagnosis of enterocolitis, had granulocyte = 500/mm3. The demographic data (age, sex, weight and height), signs/symptoms, type of cancer, therapy and ultrasound findings were retrospectively collected for all patients. 27.3% of episodes of enterocolitis detected thickness of the intestinal wall > 3 = 5 mm, 55% of > 5 = 10 mm and 17.7% > 10 mm. 27 patients with enterocolitis died (11.7%). The thickness of the intestinal wall > 10 mm and the occurrence of more than 4 symptoms to diagnosis of enterocolitis, were associated with higher rates of death. The previous use of opioids occurred in 101 episodes of enterocolitis (43.7%). The abdominal distension had prognostic value in mortality (p = 0.0018). Among the chemotherapy, cytarabine had significant influence in the cases who died (p = 0.0261). Death rate due to enterocolitis was 11.7%. Conclusions: The presence of 4 or more signs/symptoms to the diagnosis of enterocolitis, prior use of cytarabine chemotherapy and the presence of abdominal distension were associated with higher mortality in patients with enterocolitis (p= 0.0255, p = 0.0018 and p = 0.0195, respectively), whereas the latter two variables increased the odds of death in up to three times more. The other variables showed no statistically significant difference in association with death. === Universidade Estadual de Campi === Saude da Criança e do Adolescente === Mestre em Saude da Criança e do Adolescente |
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No. of bitstreams: 1 Rizzatti_Marcelo.pdf: 1017352 bytes, checksum: fe168887c2451c5f8aa8394d87ffa50b (MD5) Previous issue date: 2009 Resumo: Introdução: O aumento da sobrevida dos pacientes pediátricos portadores de câncer se deve aos avanços no diagnóstico, nas técnicas cirúrgicas e radioterápicas, na terapia de suporte e, entre outros fatores, aos regimes quimioterápicos intensivos. Estes procedimentos tornam tais pacientes mais vulneráveis às intercorrências infecciosas, principalmente decorrentes de graus variáveis de mielotoxicidade. Dentre as infecções com elevada morbimortalidade se destaca a enterocolite. Além das complicações inerentes a esta patologia, interrupções e alterações do esquema quimioterápico, diferentes graus de desnutrição e óbito não raramente ocorrem. Poucas são as publicações na literatura sobre esta entidade na pediatria oncológica, principalmente com foco na complexidade da definição dos critérios diagnósticos da enterocolite e os diagnósticos diferenciais com outras patologias abdominais, que podem ocorrer ao longo da terapia do câncer. Objetivos: 1. Estudar o valor prognóstico dos sintomas e sinais clínicos em pacientes pediátricos com o diagnóstico de enterocolite, na vigência de tratamento oncológico. 2. Estudar o valor prognóstico dos achados ultrassonográficos abdominais com o quadro clínico e evolução destes pacientes. Material e Métodos: Estudo retrospectivo realizado em 188 pacientes portadores de câncer abaixo de 25 anos de idade, consecutivamente diagnosticados e tratados no Centro Infantil Boldrini, acompanhados no período de 2003 a 2007, com o diagnóstico clínico presuntivo de colite. O diagnóstico confirmatório de enterocolite foi baseado na espessura da parede intestinal igual ou superior a 3 milímetros, verificada ao exame ultrassonográfico abdominal, dos pacientes com a queixa de um ou mais sintomas relacionados (dor ou tensão abdominal, vômitos, diarréia, associados ou não a febre). A espessura da parede intestinal foi dividida em 3 grupos: 3 a 5 mm, 5,1 a 10 mm e acima de 10 mm. Análise estratificada foi realizada de acordo com a intensidade da granulocitopenia no momento da suspeita do diagnóstico de enterocolite, idade e sexo dos pacientes, tipo histológico do câncer, número dos segmentos intestinais envolvidos, quimioterápicos utilizados, tratamento cirúrgico instituído e ocorrência de septicemia. Resultados: No período do estudo, 1159 crianças e adolescentes com idade até 25 anos e portadores de câncer, foram admitidos no Centro Infantil Boldrini. Destes, 188 pacientes (16,5%) tiveram um ou mais episódios de enterocolite, totalizando 231 eventos. 118 episódios ocorreram no sexo masculino e 113 episódios ocorreram no sexo feminino. A maior freqüência, de acordo com a faixa etária dos pacientes, foi de 120 a 240 meses (44,6%). 87% da população de estudo apresentavam, ao diagnóstico de enterocolite, granulócitos =500/mm3. Os dados demográficos (idade, sexo, peso e estatura), sinais/sintomas, tipo do câncer, terapia e achados ultrassonográficos foram retrospectivamente coletados. 27,3% dos episódios de enterocolite apresentaram espessura de alça intestinal > 3 = 5 mm, 55% de > 5 = 10 mm e 17,7% > 10 mm. 27 pacientes com enterocolite faleceram (11,7%). A espessura da parede intestinal > 10 mm e a ocorrência de mais de 4 sintomas ao diagnóstico da enterocolite, estiveram associados a maior taxa de óbito. O uso concomitante de opióides foi registrado em 101 episódios de enterocolite (43,7%). A distensão abdominal teve valor prognóstico associado ao óbito (p = 0,0018). Dentre os quimioterápicos, a citarabina teve associação significativa nos casos que evoluíram para óbito (p = 0,0261). Conclusões: A presença de 4 ou mais sinais/sintomas ao diagnóstico da enterocolite, utilização prévia do quimioterápico citarabina e a presença de distensão abdominal foram associados maior letalidade nos pacientes com enterocolite (p = 0,0255, p=0,0018 e p = 0,0195, respectivamente), sendo que as últimas duas variáveis elevaram a chance de óbito em até três vezes mais. As demais variáveis estudadas não apresentaram diferença estatisticamente significativa em associação ao óbito. Abstract: Introduction: Increased survival rates for patients with oncological diseases are among other factors, due to intensive chemotherapy regimens, which turn such patients vulnerable to infectious complications secondary to severe myelotoxicity. 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According to the patient's age with enterocolitis, the prevalente group was with ages between 120 to 240 months (44.6%). 87% of the study population with, the diagnosis of enterocolitis, had granulocyte = 500/mm3. The demographic data (age, sex, weight and height), signs/symptoms, type of cancer, therapy and ultrasound findings were retrospectively collected for all patients. 27.3% of episodes of enterocolitis detected thickness of the intestinal wall > 3 = 5 mm, 55% of > 5 = 10 mm and 17.7% > 10 mm. 27 patients with enterocolitis died (11.7%). The thickness of the intestinal wall > 10 mm and the occurrence of more than 4 symptoms to diagnosis of enterocolitis, were associated with higher rates of death. The previous use of opioids occurred in 101 episodes of enterocolitis (43.7%). The abdominal distension had prognostic value in mortality (p = 0.0018). Among the chemotherapy, cytarabine had significant influence in the cases who died (p = 0.0261). Death rate due to enterocolitis was 11.7%. Conclusions: The presence of 4 or more signs/symptoms to the diagnosis of enterocolitis, prior use of cytarabine chemotherapy and the presence of abdominal distension were associated with higher mortality in patients with enterocolitis (p= 0.0255, p = 0.0018 and p = 0.0195, respectively), whereas the latter two variables increased the odds of death in up to three times more. The other variables showed no statistically significant difference in association with death. Universidade Estadual de Campi Saude da Criança e do Adolescente Mestre em Saude da Criança e do Adolescente 2009 2018-08-14T10:29:48Z 2018-08-14T10:29:48Z info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/masterThesis RIZZATTI, Marcelo. Enterocolites em crianças e adolescentes com cancer: valor prognostico dos achados clinicos e de imagem. 2009. 61 f. Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas, Campinas, SP. 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