Medicalização e o cuidado em saúde na estratégia de saúde da família
Orientador: Gustavo Tenório Cunha === Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-25T05:54:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Cardoso_RaquelVaz_M.pdf: 1911463 bytes, checksum: e8a59f3e73bfbaa288183dfb27d6...
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Published: |
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2014
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Online Access: | CARDOSO, Raquel Vaz. Medicalização e o cuidado em saúde na estratégia de saúde da família. 2014. 267 p. Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/312682>. Acesso em: 25 ago. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/312682 |
Summary: | Orientador: Gustavo Tenório Cunha === Dissertação (mestrado profissional) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas === Made available in DSpace on 2018-08-25T05:54:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2014 === Resumo: A medicalização é um processo social surgido com o advento da medicina moderna e que hoje encontra-se profundamente arraigado nas concepções e práticas de saúdedoença em todo o mundo, bem como em todos os níveis de atenção à saúde. Ela é um fenômeno complexo e possui múltiplos sentidos, sendo exploradas, neste estudo, a sua característica polissêmica e a sua rede de coprodução no âmbito da atenção primária à saúde. Foi realizado estudo qualitativo por meio de revisão narrativa da literatura e de um estudo de caso, para o qual foi utilizada a estratégia de observação participante (agregando técnicas de entrevistas e grupos de discussão na coleta de dados). Objetivou-se, com esta pesquisa, encontrar elementos que deem visibilidade ao processo de Medicalização, às práticas na Estratégia de Saúde da Família consoantes com este processo e, portanto: verificar aspectos do processo de trabalho da equipe de saúde da família, do contexto local das práticas clínicas e de gestão, bem como das diretrizes da Estratégia de Saúde da Família, que possam ser considerados como fatores contribuintes, efeitos ou mesmo expressões de práticas de saúde medicalizantes; analisar as divergências e as aproximações entre o cuidado produtor de saúde e autonomia e as práticas geradoras de heteronomia e iatrogenia no âmbito da atenção primária. Os resultados deste estudo estão apresentados em quatro capítulos. No primeiro, é realizado um relato da implicação da pesquisadora com o tema e de como se construiu esta questão de pesquisa. No segundo capítulo, é conceituada a medicalização, apresentando sua polissemia e complexidade, bem como são discutidos os seus efeitos, as iatrogenias. No terceiro, aborda-se como a organização da Atenção Primária à Saúde e da Estratégia de Saúde da Família pode favorecer ou dificultar o processo de medicalização, além de algumas estratégias que propõem um enfrentamento deste. Por fim, no quarto capítulo, apresenta-se a metodologia do estudo de caso, é delimitado o trabalho de campo, bem como são discutidos os resultados deste. Com este estudo, pode-se observar que a medicalização é um fenômeno universal - porém com manifestações muito singulares que necessitam de contextualização - sobre o qual seria possível apontar algumas características em comum, entre elas as decorrentes do modelo biomédico como orientador do saber-fazer hegemônico em saúde, o reducionismo biológico, a cientificização da experiência humana, o conhecimento ancorado em abstrações universalizantes acerca do processo saúde-doença e a prevalência da heteronomia nas relações profissional-usuário e sistema de saúde-usuário. A medicalização foi observada nas práticas da equipe de saúde da família, perpassando todos os núcleos profissionais e as diferentes ações de saúde, sejam práticas preventivas ou curativas, de vigilância, educação em saúde, administrativas ou clínico-assistenciais. Foram identificados como importantes atores e fatores neste processo: os profissionais e usuários do serviço, a gestão e a organização locais e da rede de saúde, a mídia, o contexto político-econômico municipal. O estudo deste fenômeno, suas particularidades e rede de determinações, pode fornecer subsídios para a reorientação das políticas sociais e de saúde e das práticas e saberes dos profissionais que o vivenciam no cotidiano === Abstract: Medicalization is a social process emerged with the advent of modern medicine, biomedicine, which today is deeply rooted in the concepts and practices of health and disease throughout the world, as well as all levels of health care. It is a complex phenomenon and has multiple meanings, being explored in this study, its polysemic feature and its network of coproduction in primary health care. Qualitative study was conducted through a narrative review of the literature and a case study, for which the methodology of participant observation was used (aggregating techniques of interviews and discussion groups to collect data). The objective of this research was to find elements that give visibility to the process of medicalization, to practices in Family Health Strategy would be consonant with this process and therefore: verify aspects of the work process of the family healthcare team, local context of clinical practice and the management, as well as the guidelines of the Family Health Strategy, which might be considered as contributing factors, effects or even expressions of medicalized health practices; analyze differences and similarities between the practices in primary health care that produce autonomy or heteronomy and iatrogenics. The results of this study are presented in four chapters: the first one is about an account of the implication of the researcher with the theme and how this research question was performed; in the second chapter, it is conceptualized medicalization, with its polysemy and complexity, as well as a discussion of its effects, iatrogenic complications; the third chapter presents how the organization of the Primary Health Care and the Health Family Strategy may promote or hinder the process of medicalization in everyday professional practice, as well as some strategies that propose a confrontation of this; the fourth chapter presents the methodology of the study, which is delimited field work as well as its results are discussed. It is observed that the medicalization is a universal phenomenon - but with very singular manifestations that require contextualization - on which it would be possible to point out some features in common, including those arising from the biomedical model as a guiding know-how hegemonic health, biological reductionism, the scientifization of human experience, knowledge anchored in universalizing abstractions about the health-disease process and the prevalence of heteronomy in the professionaluser and user - health system relationships. The medicalization was observed in family health team practices, traversing all the different nuclei and professional programs in health, whether preventive or curative practices, surveillance, health education, administrative or clinical care. There were identified as important actors and factors in this process: professionals and service users, local management and health network organization, the mass media, the municipal political-economic context. The study of this phenomenon, its peculiarities and determinations network, can provide support for the reorientation of social and health policies and practices and knowledge of the professionals who experience it in everyday life === Mestrado === Política, Planejamento e Gestão em Saúde === Mestra em Saúde Coletiva |
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