Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado

Orientadores: Marilia de Moraes Castro, Luiza Sumiko Kinoshita === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia === Made available in DSpace on 2018-08-06T16:16:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rio_MariaCarolinaScatolindo_D.pdf: 12559404 bytes, checksum: b84a71691021302...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rio, Maria Carolina Scatolin do
Other Authors: UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Format: Others
Language:Portuguese
Published: [s.n.] 2006
Subjects:
Online Access:RIO, Maria Carolina Scatolin do. Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado. 2006. 201p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/315367>. Acesso em: 6 ago. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/315367
id ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-315367
record_format oai_dc
collection NDLTD
language Portuguese
format Others
sources NDLTD
topic Apocináceas
Forsteronia
Folhas - Anatomia
Ginostégio
Histoquímica
Apocynaceae
Forsteronia
Leaves - Anatomy
Gynostegium
Histochemistry
spellingShingle Apocináceas
Forsteronia
Folhas - Anatomia
Ginostégio
Histoquímica
Apocynaceae
Forsteronia
Leaves - Anatomy
Gynostegium
Histochemistry
Rio, Maria Carolina Scatolin do
Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado
description Orientadores: Marilia de Moraes Castro, Luiza Sumiko Kinoshita === Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia === Made available in DSpace on 2018-08-06T16:16:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rio_MariaCarolinaScatolindo_D.pdf: 12559404 bytes, checksum: b84a7169102130253e06c4af6c968547 (MD5) Previous issue date: 2006 === Resumo: A anatomia foliar de quatro espécies de Forsteronia que ocorrem em cerrados paulistas foi investigada com o objetivo de identificar caracteres morfo-anatômicos úteis para a identificação das espécies semelhantes em estádio vegetativo. Onze caracteres foliares foram levantados, dois macromorfológicos e nove anatômicos, permitindo diferenciar F. australis de F. glabrescens e F. pubescens de F. thyrsoidea. A anatomia das domácias e os coléteres sésseis e ramificados foram descritos pela primeira vez para órgãos vegetativos de Apocynaceae. A detecção de mucilagem na secreção dos coléteres foliares das quatro espécies confirma a identificação dessas estruturas. Os coléteres são marginais ou axilares, de acordo com a região em que se originam no primórdio foliar. Em ramos completamente desenvolvidos, os marginais são caducos e suas cicatrizes ocupam posição interpeciolar; os axilares são persistentes e posicionam-se sobre a nervura mediana na base da lâmina foliar. Em todos os tipos estruturais (padrão, séssil e ramificado), a secreção é produzida por uma epiderme em paliçada que reveste o eixo central parenquimático. Os coléteres marginais de F. glabrescens produzem inicialmente mucilagem, passando a secretar compostos fenólicos em uma segunda fase de secreção. O estudo histoquímico de ápices caulinares vegetativos de F. glabrescens indicou que as células da hipoderme secretora produzem uma mistura heterogênea de ácidos graxos e compostos fenólicos, enquanto o látex é uma emulsão de substâncias lipofílicas, incluindo lipídios neutros, ácidos graxos, compostos fenólicos e alcalóides. Provavelmente, a hipoderme e os laticíferos atuam em conjunto, protegendo o ápice vegetativo de radiação UV e do ataque de herbívoros no cerrado. As estruturas secretoras florais encontradas em F. australis, F. glabrescens, F. pubescens e F. velloziana foram: idioblastos; hipoderme e epiderme, laticíferos; apêndices apicais e epiderme da cabeça do estilete; coléteres calicinais, coléteres bracteolares (apenas em F. pubescens); e nectários. Em F. glabrescens, os idioblastos secretores, as células que constituem os apêndices da cabeça do estilete, a hipoderme de diferentes órgãos (anteras, lacínias da corola e do cálice, e ovário) e a epiderme do nectário produzem ácidos graxos e compostos fenólicos. Três tipos estruturais de coléteres (padrão, séssil ou ramificado) ocorrem indefinidamente distribuídos pela base do cálice. Os cinco nectários podem ser livres ou unidos dois a dois na base (e o quinto livre), ou uma estrutura anelar, dividida em cinco lobos apicais. O ginostégio é formado pela união dos estames com a cabeça do estilete, que é revestida por uma epiderme secretora em paliçada. Em F. glabrescens, a secreção é composta por polissacarídeos. A cabeça do estilete, 5-lobada, apresenta cinco projeções laterais adnatas ao conectivo pela cimentação das paredes das células epidérmicas de ambas as estruturas. A zona de adesão é dividida em duas partes, uma envolvida com a produção e acúmulo de secreção, e outra com o processo de adnação. Essas características do ginostégio, associadas à ocorrência de coléteres calicinais sésseis em Forsteronia, corroboram a exclusão do gênero da tribo Apocyneae e o seu reposicionamento em Mesechiteae. === Abstract: The leaf anatomy of four cerrado species of Forsteronia was investigated in order to determine characters that could help to identify individuals collected in vegetative stage. Eleven characters, two macromorphological and nine anatomical, were surveyed and are useful to differ F. australis from F. glabrescens and F. pubescens from F. thyrsoidea. Domatia and sessile and branched colleters were described for the first time in vegetative organs of species of Apocynaceae. The mucilage detection in the secretion of foliar colleters confirms the identification of these structures on the four species. The colleters are marginal or axilar, in agreement with the region of leaf primordia that they originate. In completely developed branches, the marginal colleters are deciduous and their traces are interpetiolar placed; the axilar colleters are persistent and they are placed upon the midrib, on the base of leaf blade. In all structural types (standard, sessile and branched), the secretion is produced by a secretory epidermis that surrounds the central core of parenchyma. The marginal colleters of F. glabrescens produce mucilage initially and become secretory of phenolic compounds on a second phase of secretion. The shoot apex histochemical analysis of F. glabrescents indicated that the secretory hypodermis produces a heterogeneous secretion containing fatty acids and phenolic compounds, while the latex is an emulsion of lipophilic substances including neutral lipids, fatty acids, phenolic compounds and alkaloids. Probably both the hypodermis and the laticifers protect the shoot apex from UV radiation and from herbivorous in the cerrado vegetation. The floral secretory structures found in F. australis, F. glabrescens, F. pubescens e F. velloziana were: idioblasts, hypodermis and epidermis, laticifers, style-head apical appendages and secretory epidermis; calycine colleters, bracteole colleters (only in F. pubescens); and nectaries. In F. glabrescens, the secretory idioblasts, the cells that constitute the style-head apical appendages, the hypodermis of several organs (anthers, corolla and calyx lobes, and ovary) and the nectary epidermis produce fatty acids and phenolic compouds. Three structural types of colleters (standard, sessile and branched) occur indefinitely distributed on the calyx base. The five nectaries may be free each other or united two and two (the fifth free), or an annular structure divided in five apical lobes. The gynostegium is a structure formed by the union of stamens and style-head; the last is surrounded by a palisade secretory epidermis. In F. glabrescens, the secretion is constituted by polysaccharides. The 5-lobed style-head has the five projecting ribs adnated to the connective by the cementation of the both structures epidermal cells walls. The glue zone is divided in two functional and structural parts, one of them involved in production and storage of secretion, and other involved with the adnation process. These gynostegium characters, associated to occurrence of sessile calycine colleters, support the exclusion of the genus from the tribe Apocyneae and their inclusion in Mesechiteae. === Doutorado === Biologia Vegetal === Doutor em Biologia Vegetal
author2 UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
author_facet UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
Rio, Maria Carolina Scatolin do
author Rio, Maria Carolina Scatolin do
author_sort Rio, Maria Carolina Scatolin do
title Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado
title_short Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado
title_full Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado
title_fullStr Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado
title_full_unstemmed Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado
title_sort estudos anatomicos em especies de forsteronia g.mey. (apocynaceae) de cerrado
publisher [s.n.]
publishDate 2006
url RIO, Maria Carolina Scatolin do. Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado. 2006. 201p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/315367>. Acesso em: 6 ago. 2018.
http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/315367
work_keys_str_mv AT riomariacarolinascatolindo estudosanatomicosemespeciesdeforsteroniagmeyapocynaceaedecerrado
AT riomariacarolinascatolindo anatomicalstudiesofforsteroniagmeyapocynaceaespeciesofcerrado
_version_ 1718878292237352960
spelling ndltd-IBICT-oai-repositorio.unicamp.br-REPOSIP-3153672019-01-21T20:51:28Z Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado Anatomical studies of Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) species of cerrado Rio, Maria Carolina Scatolin do UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS Kinoshita, Luiza Sumiko, 1947- Castro, Marilia de Moraes, 1953- Mazzoni-Viveiros, Solange Cristina Teixeira, Simone de Pádua Marcondes-Ferreira, Washington Carmello-Guerreiro, Sandra Maria Koch, Ingrid Tozzi, Ana Maria Goulart de Azevedo Apocináceas Forsteronia Folhas - Anatomia Ginostégio Histoquímica Apocynaceae Forsteronia Leaves - Anatomy Gynostegium Histochemistry Orientadores: Marilia de Moraes Castro, Luiza Sumiko Kinoshita Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia Made available in DSpace on 2018-08-06T16:16:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Rio_MariaCarolinaScatolindo_D.pdf: 12559404 bytes, checksum: b84a7169102130253e06c4af6c968547 (MD5) Previous issue date: 2006 Resumo: A anatomia foliar de quatro espécies de Forsteronia que ocorrem em cerrados paulistas foi investigada com o objetivo de identificar caracteres morfo-anatômicos úteis para a identificação das espécies semelhantes em estádio vegetativo. Onze caracteres foliares foram levantados, dois macromorfológicos e nove anatômicos, permitindo diferenciar F. australis de F. glabrescens e F. pubescens de F. thyrsoidea. A anatomia das domácias e os coléteres sésseis e ramificados foram descritos pela primeira vez para órgãos vegetativos de Apocynaceae. A detecção de mucilagem na secreção dos coléteres foliares das quatro espécies confirma a identificação dessas estruturas. Os coléteres são marginais ou axilares, de acordo com a região em que se originam no primórdio foliar. Em ramos completamente desenvolvidos, os marginais são caducos e suas cicatrizes ocupam posição interpeciolar; os axilares são persistentes e posicionam-se sobre a nervura mediana na base da lâmina foliar. Em todos os tipos estruturais (padrão, séssil e ramificado), a secreção é produzida por uma epiderme em paliçada que reveste o eixo central parenquimático. Os coléteres marginais de F. glabrescens produzem inicialmente mucilagem, passando a secretar compostos fenólicos em uma segunda fase de secreção. O estudo histoquímico de ápices caulinares vegetativos de F. glabrescens indicou que as células da hipoderme secretora produzem uma mistura heterogênea de ácidos graxos e compostos fenólicos, enquanto o látex é uma emulsão de substâncias lipofílicas, incluindo lipídios neutros, ácidos graxos, compostos fenólicos e alcalóides. Provavelmente, a hipoderme e os laticíferos atuam em conjunto, protegendo o ápice vegetativo de radiação UV e do ataque de herbívoros no cerrado. As estruturas secretoras florais encontradas em F. australis, F. glabrescens, F. pubescens e F. velloziana foram: idioblastos; hipoderme e epiderme, laticíferos; apêndices apicais e epiderme da cabeça do estilete; coléteres calicinais, coléteres bracteolares (apenas em F. pubescens); e nectários. Em F. glabrescens, os idioblastos secretores, as células que constituem os apêndices da cabeça do estilete, a hipoderme de diferentes órgãos (anteras, lacínias da corola e do cálice, e ovário) e a epiderme do nectário produzem ácidos graxos e compostos fenólicos. Três tipos estruturais de coléteres (padrão, séssil ou ramificado) ocorrem indefinidamente distribuídos pela base do cálice. Os cinco nectários podem ser livres ou unidos dois a dois na base (e o quinto livre), ou uma estrutura anelar, dividida em cinco lobos apicais. O ginostégio é formado pela união dos estames com a cabeça do estilete, que é revestida por uma epiderme secretora em paliçada. Em F. glabrescens, a secreção é composta por polissacarídeos. A cabeça do estilete, 5-lobada, apresenta cinco projeções laterais adnatas ao conectivo pela cimentação das paredes das células epidérmicas de ambas as estruturas. A zona de adesão é dividida em duas partes, uma envolvida com a produção e acúmulo de secreção, e outra com o processo de adnação. Essas características do ginostégio, associadas à ocorrência de coléteres calicinais sésseis em Forsteronia, corroboram a exclusão do gênero da tribo Apocyneae e o seu reposicionamento em Mesechiteae. Abstract: The leaf anatomy of four cerrado species of Forsteronia was investigated in order to determine characters that could help to identify individuals collected in vegetative stage. Eleven characters, two macromorphological and nine anatomical, were surveyed and are useful to differ F. australis from F. glabrescens and F. pubescens from F. thyrsoidea. Domatia and sessile and branched colleters were described for the first time in vegetative organs of species of Apocynaceae. The mucilage detection in the secretion of foliar colleters confirms the identification of these structures on the four species. The colleters are marginal or axilar, in agreement with the region of leaf primordia that they originate. In completely developed branches, the marginal colleters are deciduous and their traces are interpetiolar placed; the axilar colleters are persistent and they are placed upon the midrib, on the base of leaf blade. In all structural types (standard, sessile and branched), the secretion is produced by a secretory epidermis that surrounds the central core of parenchyma. The marginal colleters of F. glabrescens produce mucilage initially and become secretory of phenolic compounds on a second phase of secretion. The shoot apex histochemical analysis of F. glabrescents indicated that the secretory hypodermis produces a heterogeneous secretion containing fatty acids and phenolic compounds, while the latex is an emulsion of lipophilic substances including neutral lipids, fatty acids, phenolic compounds and alkaloids. Probably both the hypodermis and the laticifers protect the shoot apex from UV radiation and from herbivorous in the cerrado vegetation. The floral secretory structures found in F. australis, F. glabrescens, F. pubescens e F. velloziana were: idioblasts, hypodermis and epidermis, laticifers, style-head apical appendages and secretory epidermis; calycine colleters, bracteole colleters (only in F. pubescens); and nectaries. In F. glabrescens, the secretory idioblasts, the cells that constitute the style-head apical appendages, the hypodermis of several organs (anthers, corolla and calyx lobes, and ovary) and the nectary epidermis produce fatty acids and phenolic compouds. Three structural types of colleters (standard, sessile and branched) occur indefinitely distributed on the calyx base. The five nectaries may be free each other or united two and two (the fifth free), or an annular structure divided in five apical lobes. The gynostegium is a structure formed by the union of stamens and style-head; the last is surrounded by a palisade secretory epidermis. In F. glabrescens, the secretion is constituted by polysaccharides. The 5-lobed style-head has the five projecting ribs adnated to the connective by the cementation of the both structures epidermal cells walls. The glue zone is divided in two functional and structural parts, one of them involved in production and storage of secretion, and other involved with the adnation process. These gynostegium characters, associated to occurrence of sessile calycine colleters, support the exclusion of the genus from the tribe Apocyneae and their inclusion in Mesechiteae. Doutorado Biologia Vegetal Doutor em Biologia Vegetal 2006 2018-08-06T16:16:08Z 2018-08-06T16:16:08Z 2006-05-15T00:00:00Z info:eu-repo/semantics/publishedVersion info:eu-repo/semantics/doctoralThesis (Broch.) RIO, Maria Carolina Scatolin do. Estudos anatomicos em especies de Forsteronia G.Mey. (Apocynaceae) de cerrado. 2006. 201p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia, Campinas, SP. Disponível em: <http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/315367>. Acesso em: 6 ago. 2018. http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/315367 por info:eu-repo/semantics/openAccess 201p. : il. application/pdf [s.n.] Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia reponame:Repositório Institucional da Unicamp instname:Universidade Estadual de Campinas instacron:UNICAMP