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Previous issue date: 2014-08-25 === The beginning of e-books sets a challenge to all professionals that work on the traditional editorial field (which means, the field base on printed books), whether they are author, literary agents, publishers, designers, printing companies, or readers. This situation becomes heavier in countries such as Brazil, in which the editorial field is less representative and advanced in comparison to other countries considered more developed. In a similar way to subjects that concern topics around ciberculture, the approaches over digital books especially the ones that are face up to the printed books are divided between apocalyptic and integrated (taking into consideration the famous invention of Umberto Eco); this can be translated into the ones that promote the end of the printed books (the codex, as we all know it) and the ones that hold its survival. Both groups have the same initial idea: the thing we call e-book is the natural successor of the printed books. These discussions do not take into account the aspects related to the contemporary society: the fact that we live in a time ruled by transience, by innovation and by diversity; to which capitalism has advanced to a stage in which social and economic relations are intervened by images (or, in the famous Guy Debord s formulation, the society of the spectacle ) in which the concept of reading has enlarged in a significant way, orientated by that we can call post-cinema , when a countless number of small screens have become an irrevocable part of our lives, feeding a culture of audiovisual fulfillment highly hypermidiatic (and, thus, centered in the use of multiple languages and signs) the fact that the book, especially the schoolbook, became more than a product, it became a network service, offered by entrepreneurs groups capable of offering an spectacular experience. In this thesis, the development of e-books is investigated under the vision of languages and education, in order to build an analysis based on the specificity of use and fulfillment of the hypermidiatic language (that demands the control of the verbal, sonorous and visual codes). === O advento do e-book coloca um desafio para todos os profissionais que atuam no campo editorial tradicional (ou seja, baseado em livros impressos), sejam autores, agentes literários, editores, livreiros, designers, gráficas ou leitores. Essa situação se agrava em países como o Brasil, onde o mercado editorial é menos representativo e avançado que em alguns países considerados desenvolvidos. De forma similar aos assuntos que envolvem temas da cibercultura, as abordagens sobre o livro digital em especial aquelas que o confrontam ao livro impresso dividem-se entre apocalípticos e integrados (nos apropriando da célebre formulação de Umberto Eco); ou seja, entre os que advogam o fim do livro impresso (em códice, como todos o conhecemos) e os que defendem sua sobrevivência. Ambos os grupos partem de uma mesma premissa: aquilo que denominamos de e-book é um sucessor natural do livro impresso. Essas discussões desconsideram aspectos relacionados à sociedade contemporânea: o fato de vivermos em uma época pautada pela transitoriedade, pela inovação e pela diversidade; do capitalismo ter avançado para um estágio em que as relações sociais e econômicas são mediadas por imagens (ou, na famosa formulação de Guy Debord, a Sociedade do Espetáculo ); de que o conceito de leitura ampliou-se de forma significativa, orientado por aquilo que podemos chamar de pós-cinema , quando um sem-número de pequenas telas tornaram-se parte irrevogável de nossas vidas, alimentando uma cultura de fruição audiovisual eminentemente hipermidiática (e, por isso, centrada no uso de múltiplas linguagens e signos); o fato do livro, especialmente o livro didático, tornar-se mais que um produto, se transformar em um serviço em rede, ofertado por grupos empresariais capazes de fornecer uma experiência espetacular de leitura. Nesta tese, investiga-se o desenvolvimento dos e-books sob a ótica das linguagens e da educação, buscando construir uma análise pautada nas especificidades de uso e fruição da linguagem hipermidiática (que exige o domínio dos códigos verbal, sonoro e visual).
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