Autodeterminação em três movimentos: a politização de diferenças sob a perspectiva da (des)naturalização da violência

Neste corpascrever, meu argumento é o de que levar a sério o problema da naturalização da violência estrutural confere uma (re)nova(da) perspectiva sobre processos de politização de diferenças. Ao inquirir acerca das precondições para a geração de enquadramentos não hegemônicos em contextos marc...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Léa Tosold
Other Authors: Rurion Soares Melo
Language:Portuguese
Published: Universidade de São Paulo 2018
Subjects:
Online Access:http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-05022019-135424/
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collection NDLTD
language Portuguese
sources NDLTD
topic (R)existência munduruku e ribeirinha
Autodeterminação
Crítica do progresso/ desenvolvimento
Epistemologias feministas e antirracistas
Frantz Fanon
Judith Butler
Maria Beatriz Nascimento
Médio Tapajós
Politização de diferenças
Relação espaço-tempo
Violência estrutural
Walter Benjamin
Critic of progress/development
Feminist and anti-racist epistemologies
Frantz Fanon
Judith Butler
Maria Beatriz Nascimento
Middle Tapajós
Munduruku and riverside peoples (r)existence
Politicization of differences
Self-determination
Space-time relation
Structural violence
Walter Benjamin
spellingShingle (R)existência munduruku e ribeirinha
Autodeterminação
Crítica do progresso/ desenvolvimento
Epistemologias feministas e antirracistas
Frantz Fanon
Judith Butler
Maria Beatriz Nascimento
Médio Tapajós
Politização de diferenças
Relação espaço-tempo
Violência estrutural
Walter Benjamin
Critic of progress/development
Feminist and anti-racist epistemologies
Frantz Fanon
Judith Butler
Maria Beatriz Nascimento
Middle Tapajós
Munduruku and riverside peoples (r)existence
Politicization of differences
Self-determination
Space-time relation
Structural violence
Walter Benjamin
Léa Tosold
Autodeterminação em três movimentos: a politização de diferenças sob a perspectiva da (des)naturalização da violência
description Neste corpascrever, meu argumento é o de que levar a sério o problema da naturalização da violência estrutural confere uma (re)nova(da) perspectiva sobre processos de politização de diferenças. Ao inquirir acerca das precondições para a geração de enquadramentos não hegemônicos em contextos marcados por violências estruturais, proponho a reconceitualização dos projetos de politização de diferenças enquanto defesa de processos de autodeterminação cole(a)tiva. Essa tese é defendida em três movimentos interdependentes: (3) por meio de reflexões filosófico-epistemológico-poéticas sobre a relevância da espacialização cole(a)tiva para a experiência da temporalidade; (2) por meio de considerações teóricopolíticas sobre a relação entre o problema do essencialismo e a possibilidade de agência cole(a)tiva subversiva; bem como (1) por meio do vislumbre da con-figur-ação do processo de (r)existência dos povos munduruku e ribeirinho à construção de barragens no Médio Tapajós. Conforme sugiro, a politização de diferenças, sob o proposto viés, apresenta-se como condição sine qua non para viabilizar a apreensão do modus operandi de violências estruturais, uma vez que apenas movimentos (pro)positivos cole(a)tivos permitem a emergência de imagens capazes de colocar a norma hegemônica fundamentalmente em xeque, de modo a transcender os limites inerentes a posturas exclusivamente reativas, co-movendo no sentido da reestruturação do mundo. === In this writingbody, I exam in depth the problem of naturalization of structural violence in order to argue for a (re)new(ed) perspective on the politicization of differences. I suggest a reconceptualization of the politicization of differences as a defense of colle(a)ctive selfdetermination processes through an investigation about the preconditions for the generation of non-hegemonic frames in contexts ruled by structural violence. This thesis is undertaken in three interdependent movements: (3) a philosophical-epistemological-poetical reflexion on the relevance of colle(a)ctive spatialization processes for the experience of temporality; (2) a political-theorical consideration on the relationship between the problem of essentialism and the possibility of subversive colle(a)ctive agency; and (1) a perspective on the con-figura( c)tion of the Munduruku and the riverside peoples (r)existence process to the construction of dams in Middle Tapajós region. I argue that the politicization of differences is conditio sine qua non in order to enable the denaturalization of structural violence, as only (pro)positional colle(a)ctive movements transcend the limits of merely reactive positions, enabling the emergency of images that can call the hegemonic rule into question and, therefore, initiate processes of structural trans-formation.
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Léa Tosold
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